sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

TRAIN TO BUSAN (BU-SAN-HAENG) 2016


Antes de mais, um agradecimento à comunidade da internet. Uma pessoa acompanha outras que nem conhece e aceita sugestões. Ou seja, graças ao youtube e podcasts emitidos aí emitidos, um gajo toma conhecimento de coisas, que de outra forma nunca ouviria falar. Há uns meses tinha ouvido falar de um filme coreano de zombies. Fiquei de pé atrás, pois se há género do qual estou saturado é o de zombies. Na altura, deixei passar. Acontece que esse hype foi aumentando. Toda a gente andava a falar deste Train to Busan, e então lá me deixei convencer a pegar nisto. E ainda bem que sou uma pessoa influenciável. E este ano peguei em dois filmes de mortos-vivos. Um deles foi das piores coisas que vi este ano (Cell, de Tod Williams). Já este Train to Busan, que nem título português (de Portugal) tem, está no pólo oposto. É claramente o melhor filme de terror do ano, e um dos melhores filmes. 

A primeira cena dá logo um sinal de que as coisas não vão mesmo correr bem. Um tipo atropela "mortalmente" um animal. Quando o animal acorda, este está alterado e com olhos de quem fumou umas coisas que não devia.
Não vale a pena entrar em grandes pormenores da história porque esta é simples. Um pai viaja com a filha de comboio. Nesse comboio entra uma pessoa infectada com um vírus esquisito e começa a atacar as pessoas, que se tornam automaticamente em zombies. E pronto, é isto. Não podem fazer muitas paragens pois as cidades também estão todas infectadas. Por isso, Busan é o destino, pois pensa-se que está livre da "doença". 
E se o filme começa como um drama familiar, pois o personagem principal é um pai que está afastado da filha, rapidamente se torna num filme de acção. Os zombies são do melhor que já vi no cinema: rápidos, contorcem-se todos, o que dá imagens muito boas. Também são burros porque não sabem abrir portas e no escuro são cegos. 
Epa, e as cenas dos ataques, seja no comboio, seja na estação em que param pela primeira vez são do melhor que já vi. Os americanos poderiam aprender umas coisitas. Um filme que custou menos de 10 milhões de dólares (valor que deve dar para uma cena num blockbuster americano) e tem cenas eficazes, realistas (o realismo possível num filme de zombies). 
E depois os personagens são cativantes. E aqui destaco o gajo mais bad-ass mas com aspecto gordinho. O gajo, à pancada, deu cabo de uns quantos zombies. Teve infelizmente um final inglório mas que resultou numa cena de sacrifício muito boa. 


Parece que Hollywood se prepara para fazer um remake. Em vez de exibirem este em milhares de salas, vão fazer um pedaço de bosta à americana. E sim, estou a julgar o filme que ainda não fizeram. Pois eu dou um dos meus três testículos se o remake for minimamente bom. 
Sinceramente não percebo essa tendência (além do negócio). 
Tirando um ou outro exemplo, quantos remakes de filmes asiáticos correram bem? E não me refiro a bilheteira mas qualidade. Uns poderão falar, por exemplo, no The Departed. Duvido que vão buscar o Scorsese para realizar este.

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