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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

SUPER MARIO BROS. (1993)


Antes de mais, deixem-me vos dizer que sou um gajo da geração do Game Boy. A certa altura da minha vida, este "brinquedo" era o meu maior companheiro. Como era muito totó, em criança não tinha muitos amigos. Tinha alguns. Adoptei então o Mario, o Luigi, o Megaman, o Wario, o gajo que mandava as peças do Tetris.
Mario era o tipo gorducho, de bigode..ou seja, um típico tuga. Mas ele era o nosso compincha.

Quando em 1993, cai de para-quedas uma versão de cinema do famoso jogo da Nintendo, o Super Mario, digamos que naquela altura, para um puto de 11 anos, nós tínhamos a certeza que este iria ser o maior filme da história do cinema. O Casablanca dos pequenitos. Nós não éramos assim tão exigentes. Não tínhamos assim tantas escolhas de filmes para ver. O "crítico" que existia em nós era muito pouco ecléctico. 
E o que tinha o filme para não dar certo? Nada. Era o Super Mario no cinema. Nada poderia correr mal. 
E chegou a altura de confessar: no alto dos meus 33 anos, confesso que este é um dos meus maiores guilty-pleasures de sempre. Consigo explicar porquê? Acho que não. Deve estar relacionado com o timing em que vi o filme pela primeira vez. E fui daqueles que copiou (qual pirata) a cassete VHS do filme. Vi-o inúmeras vezes quando era miúdo. E não me arrependo de nenhuma vez o ver. Tinha Mario, Luigi e a princesa Daisy. E isso bastava. E que panca eu tive pela Daisy (uma desaparecida Samantha Mathis). Eu acho que vi o filme mais vezes por causa dela. 


O filme pouco ou nada tem a ver com o universo do Mario. Mas há coisas que recordo até hoje e que achava piada quando era puto. Quando o Luigi se identifica ao chefe da polícia e fala em 3 Marios: Luigi Mario e Mario Mario. As mamas da matulona que se "apaixona" pelo Mario. Os dois "trogloditas" que andam a raptar as mulheres; etc etc.
Sim, o filme é mau. Eu tenho noção disso. Parece que os próprios actores odiaram fazer o filme. Mas também não é nenhum crime eu me divertir com o filme. E já cheguei a uma idade em que posso admitir (sem ter vergonha) que gosto do filme, mesmo sabendo o quão mau o filme é. 

(E conseguirem juntar o grande Bob Hoskins e o não menos grande Dennis Hopper no mesmo filme é obra)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

GREMLINS 2: THE NEW BATCH (1990)


Começo já por dizer que o boneco/monstrinho do Gizmo (ou Mogwai) é o "animal" mais fofinho do cinema. Se ele fosse mais fofinho, corria o risco de explodir de fofice.

Quando falamos de Gremlins, referimos sempre o primeiro filme (e justamente), mas acabamos por esquecer esta sequela. E esta sequela é tão diferente, caótica, divertida que acaba por merecer um lugar especial no meu coração. E por várias razões.
Ora, sempre vi este filme com especial atenção. Quando era um puto, tive um Game Boy. E um dos jogos que tinha era o Gremlis 2. Até hoje, foi o único filho da puta de jogo que nunca consegui acabar. Chegava ali a um nível e não conseguia avançar. Foram centenas de horas a tentar passar. Quer dizer, um gajo demora cerca de 10 minutos a concluir o Super Mario Bros, mas depois não consegue terminar o Gremlins 2. Uma pessoa pode ficar chateada com a guerra no mundo, fome em África... mas isto é de deixar uma pessoa revoltada.


O filme em si é um desfilar de cenas hilariantes, magistralmente orquestradas por um puppet-master. Goza com tudo, com todos, com o género de filme de monstrinhos assassinos. Mas principalmente, goza consigo próprio. É tão bom vê-los a brincar com o filme anterior. E basta um exemplo. Lembram-se daquela cena do primeiro filme que era meio dramática, onde a gaja contava porque não gostava do Natal? Ela conta de forma quase trágica como perdeu o pai durante um Natal. Ora, neste filme eles pegam nessa cena e "repetem-na", mas de forma tão engraçada que o actor principal se desmancha a rir. Peguem lá no DVD e ide lá confirmar isto que aqui o escriba vos diz. 
E mais outra: a cena em que gozam com o personagem principal quando ele tenta explicar as "3 regras" dos gremlins. Quando não levamos um filme deste género demasiado a sério, corremos o risco de nos entretermo-nos à brava. E é o que acontece aqui.

Depois temos o desfile de uma série de gremlins diferentes e para todos os gostos. O meu preferido continua a ser o monstro inteligente.

Parece que a edição em VHS foi alterada: na versão cinema, quando se dá a "interrupção" do filme temos o Hulk Hogan para resolver a situação. Ouvi falar numa versão diferente mas que não conheço.

Resumindo e concluindo: O filme tem tudo o que adorávamos no primeiro, mas completamente subvertido. Caos é a palavra certa para entender o filme. E a Phoebe Cates continua a ser a gaja mais fofinha, mas que temos vontade de saltar em cima (pancas da juventude).





quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

LAST ACTION HERO (1993)


Há filmes que por vezes são maltratados e esquecidos pela crítica e pelo público. Por vezes isso é merecido, no entanto noutras ocasiões isso é totalmente injusto. Ora, este Last Action Hero é um desses. Quando falamos de grandes filmes de acção do Schwarzenegger, quase sempre nos esquecemos dele. E é pena. Tenho sempre a impressão que este é um daqueles filmes incompreendidos. Eu próprio, tive o filme afastado da minha memória durante alguns anos. Mas foi uma fase parva da minha vida. Como sempre houve a rivalidade Schwarzzie vs Stallone, eu sempre pendi mais para o team-Stallone, então rejeitava o que vinha dos músculos do austríaco. Hoje em dia continuo a ser do team-Stallone, mas adoptei o Scharzzie como um tio que nos dá prendas boas de vez em quando. No caso dele, de vez em quando lá temos um filmaço (continuo a ser o maior "hater" dos Terminator). 

Neste filme, Schwarzenegger junta-se novamente ao mestre dos filmes de acção John McTiernan (já tinham feito juntos o Predator). E o que temos aqui? Um desfilar de gozo com o próprio género. Um filme que não se leva a sério e é puro entretenimento com cerca de duas horas. São clichés atrás de clichés, mas tratados de forma gozona. Uns dirão que poderá ser uma sátira, outros dirão que é uma paródia. O que eu sei é que nos divertimos em todos esses truques usados. Uma espécie de "meta-filme", que dificilmente arranjamos melhor. 

Ou seja, é tudo a gozar mas feito de forma séria. 

No lado negativo temos o cabelo do puto. Que raio de moda foi essa desses penteados à tigela.


Curiosidade:
Não sei se foi de propósito ou não, mas lembram-se da cena em que o puto está a tentar provar que estão dentro de um filme e vão a um clube de vídeo? Encontram lá um cartaz do Terminator mas com Stallone com protagonista. No mesmo ano, saiu um outro filme de acção/sci-fi com Stallone, o Demolition Man. E nesse filme, gozam com o facto de Schwarzenegger ser presidente dos EUA. A rivalidade chegava mesmo a estar presente dentro dos filmes que faziam. 

Para finalizar, um conselho:
Se nunca viram o filme, ide lá ver. Se já viram, mas está no vosso esquecimento, ide lá ver. Garanto-vos 2 horas de gozo, entretenimento puro. Dou-vos a minha palavra.

Nota final: e a gaja que faz de filha do Jack Slater? Tão boa que até dói. O que é feito dela?


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

TOP STALLONE

Então parece que o nosso tio Stallone tem novo filme e dizem as bocas que é uma das suas melhores interpretações. Ora, quem me conhece sabe que eu sou um adepto do Italian Stallion. Sou tão defensor do gajo, que até gosto do "Stop, Or My Mom Will Shoot!"
Os críticos odeiam-no porque sim... Os fãs adoram-no porque sim! Eu adoro porque sim. Porque vejo que há ali mais que uma action-star. Se bem que ser apenas action-star não é nada mau! Todos os gajos da minha geração cresceram a ver porrada com estas estrelas de acção. A rivalidade com o Schwarzenegger é mais que batida e reconhecida pelos dois. Eu sempre fui mais do team-Stallone, por achar que este é muito melhor actor que o Terminator
Bem, e com o Creed quase a estrear por terras lusas, cá vai o top dos tops. Os meus 15 filmes favoritos do Stallone (eu queria colocar mais, mas se assim fosse mais valia colocar quase toda a filmografia).

(Nota: ordem cronológica)

- ROCKY (1976), de John Avildsen


- NIGHTHAWKS (1981) - Os Falcões da Noite, de Bruce malmuth


- FIRST BLOOD (1982) - A Fúria do Herói, de Ted Kotcheff


- RAMBO: FIRST BLOOD PART II (1985) - Rambo II, de George Cosmatos


- ROCKY IV (1985), de Sylvester Stallone


- COBRA (1986) - Cobra, O Braço Forte da Lei, de George Cosmatos


- LOCK UP (1989) - Prisioneiro, de John Flynn


- TANGO & CASH (1989), de Andrey Konchalovskiy


- OSCAR (19191) - A Mala das Trapalhadas, de John Landis


- DEMOLITION MAN (1993) - O Homem Demolidor, de Marco Brambilla


- CLIFFHANGER (1993) - Assalto Infernal, de Renny Harlin


- ASSASSINS (1995) - Assassinos, de Richard Donner


- JUDGE DREDD (1995) - A Lei de Dredd, de Danny Cannon


- COP LAND (1997) - Zona Exclusiva, de James Mangold


- ROCKY BALBOA (2006), de Sylvester Stallone


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DEATH WISH (1974)


A década de 70 nunca foi a minha favorita do cinema. Mas sem nenhuma razão aparente. São desta década alguns dos meus filmes preferidos (Star Wars, Jaws, The Exorcist, Halloween, e muitos outros). Mas sempre me pareceu uma altura em que os filmes eram mais "sujos"... e uma pessoa gosta mais de coisas limpas. Por algum motivo que eu desconheço, Charles Bronson nunca me disse nada. nunca foi actor que eu ligasse. Era mais o herói da minha avó. Para um tipo que nasceu nos anos 80, o Bronson era mais o avozinho. Nós (catraios dos anos 80) queríamos era Stallone, Schwarzenegger e Van Damme
Ora, como hoje só entrava no trabalho à tarde, aproveitei o facto da esposa sair de manhã para trabalhar e ter a televisão só para mim. Já tinha ouvido falar da saga Death Wish. E tantas vezes tinha ouvido falar, que lá me decidi a ver o filme. 
Preparam-se umas tostas mistas e uns iogurtes para pequeno-almoço, carrego no play e lá entro no mundo cheio de crime da cidade. 


O filme é muito básico: um chefe de família apanha-se com a mulher morta por um gang liderado por um muito jovem Jeff Goldblum. A filha fica numa espécie de vegetal. A polícia não consegue encontrar os culpados, então o nosso avozinho Bronson desata a matar tudo o que é indivíduo com aspecto duvidoso. E pronto, é isto o filme. O gajo torna-se num "Vigilante". 
Eticamente o filme é duvidoso. Incentiva os mais fracos de mente a uma espécie de "faça você mesmo", a justiça pelas próprias mãos. Um filme da Direita norte-americana. Parece que sai em defesa do uso das armas, mas sem stress.... É SÓ UM FILME.
Vi com um deleite macabro. Mas não acabei o filme com vontade de ir dar porrada a tipos com aspecto duvidoso. 

(Parece que há mais 4 filmes desta saga... já estão na lista para os próximos dias).

Nota final: e foi impressão minha ou vi o Denzel Washington a levar um balázio, tendo uma cena com poucos segundos?


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

SIGNS (2002)


Lembram-se quando o Shyamalan (acho que é assim que se escreve e não me apetece ir ao Google) fazia bons filmes? Pois, já lá vão uns anitos. Mas sejamos sinceros, se o gajo já nos deu The Sixth Sense, Unbreakable ou o The Village (e este Signs - já lá vamos), bem pode fazer a merda que quiser actualmente. 
Era eu um caloiro em Coimbra, e numa das tarde que não me apeteceu ir à aulas, lá fui ao velhinho Avenida ver este filme. Sozinho, porque ainda era muito verde em Coimbra, e não havia muito pessoal que quisesse ir ver este filme ao cinema comigo. Copos era à noite. As manhãs para dormir. As tarde eram para ir à Faculdade passear os "apontamentos" (duas folhas em branco).


Deste Signs apenas uma coisa para começar: se não é o melhor, é um dos melhores filmes sobre invasões extra-terrestres.
- Banda-sonora a fazer lembrar Hitchcock;
- Elenco impecável. Os dois adultos (Mel Gibson e Joaquin Phoenix) estão sempre bem. Até os miúdos não eram irritantes como é normal. 
- Um conjunto de cenas com um suspense inacreditável: cenas no milheiral; cena na casa do veterinário com o alien preso numa das divisões; cena na cave; cena em que vêm o vídeo do alien; etc etc etc... Não há uma cena que cortasse. Os flashbacks que vão dando pistas para o final. 

Sinceramente, eu queria apontar qualquer coisa de negativo, mas não consigo. Talvez o filme do Shyamalan que mais gosto de ver e rever! Há sempre qualquer coisa, um detalhe a descobrir.

(Se Hitchcock fizesse um filme de ETs, poderia muito bem ter feito este.)

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

LETHAL WEAPON (1987)


Sabem aqueles filmes que juntam dois polícias? Dois polícias diferentes, antagonistas, que não se dão bem ao início, mas no final são os melhores amigos.. Pois... Parece que existem milhares de filmes assim. Uns melhores, outros piores. Mas para todos os géneros há um "pai". O "pai" dos chamados "buddy-cop movies" foi este Lethal Weapon. Talvez não tenha sido o primeiro, mas foi o que fez disparar o género. Ora, quase 30 anos depois do primeiro filme, Arma Mortífera continua a ser copiado, falado. E sejamos sinceros, desafio alguém a dar-me um título melhor. Não há. Podem vasculhar nas vossas memórias. Aqui sou um autoritário quando digo que NÃO HÁ. 
Riggs e Murtaugh fazem parte das nossas vidas. É como se fizessem parte da família. 
E porque é que este filme é mesmo bom? Porque é. Aqui também sou um autoritário.
Tudo funciona aqui. E atenção, o filme não é a comédia que muitos se calhar têm na memória, à custa das 3 sequelas. Primeiro, o filme começa logo ao som de uma música natalícia, o que poderia fazer antever um início relaxado, mais familiar. Acontece que que somos logo confrontados com uma moça novinha (com cerca de 18 aninhos), com a camisa aberta para se verem as maminhas bonitas, e a tomar umas drogas. Logo, algo muito natalício. A juntar às drogas, a moça de maminhas à mostra atira-se de um arranha-céus. É este o motor de arranque da suposta "comédia". 


Depois é-nos apresentado o Murtaugh, no papel da vida de Danny Glover. Um pai de família em plena crise de meia-idade cujo lema de vida é "I'm too old for this shit". Lema repetido até à exaustão ao longo dos 4 filmes da saga.
Depois de Murtaugh é a vez de conhecermos Riggs. A primeira imagem que temos de Mel Gibson no filme é do seu rabo. Um tipo à beira do abismo, que só pensa em suicídio, e que não o fez devido ao trabalho. Também um tema muito natalício: a primeira cena do gajo é só ele a acordar em pelota de cigarro na mão, a viver numa caravana, ir ao frigorífico e tomar um pequeno-almoço nutritivo que consiste numa cerveja. 


O que posso dizer deste filme é apenas isto: há poucos filmes que consigo ver vezes sem conta. Este é um deles. 
Mais um desafio: pago um doce a quem me der uma dupla que tenha tanta química como Mel Gibson e Danny Glover. É impressionante a naturalidade com que os dois contracenam. 
E o que poderia ainda tornar o filme melhor? Apenas duas palavras: Gary Busey. Qualquer filme que tenha Gary Busey como vilão fica automaticamente melhor. E que ninguém me contrarie porque esta é só uma verdade absoluta.

Por isso em vez de perderem tempo a ver estas palhaçadas de agora, ide lá rever os 4 filmes. 
As sequelas são mais viradas para a comédia, até porque juntaram ao elenco um Joe Pesci. E Pesci é sempre uma mais-valia para qualquer filme. 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

SPEED (1994)


SPOILERS, DUH!

Ah que saudades dos anos 90. Essa década com filmes de acção como deve ser. Se calhar ainda hoje os há. Mas a aura dos anos 90 era única, principalmente para a minha geração. Porque são os filmes que vemos na nossa infância e adolescência que ficam guardados. Por vezes podem ser um valente pedaço de bosta, mas nós não nos importamos. E o que digo da década de 90 é válido para os anos 80. No entanto os filmes eram diferentes.
Ora, ali para meados dos anos 90, um gajo estreia-se em grande na realização. Jan De Bont antes era só director de fotografia de muitos filmes. O que é certo é que o tipo arriscou e saiu-se optimamente. Speed era o seu filme. Convocou uma ainda jovem Sandra Bullock, a típica "girl next door" que qualquer macho queria levar para casa. E Keanu Reeves, que antes disto já tinha alguns sucessos (Drácula, Point Break ou o Bill & Ted). Ora Keanu Reeves era o equivalente da Bullock mas para o sexo feminino. O problema do Keanu é só um: não é grande actor. Mas isso não interessou. Este filme acaba por ser o seu grande papel na carreira. Um action-hero à anos 90! 


O filme em si, são quase duas horas de pura adrenalina. É que é de início ao fim. E enganem-se aqueles que que o filme é só "cena do autocarro". Aliás, para chegarmos ao autocarro propriamente dito, temos de passar toda um resgate de pessoas de um elevador. E até isso é cool! Ah, junta-se ali o Jeff Daniels, mas ele basicamente está lá só para dar alguns conselhos de como desarmar bombas, levar um tiro do Keanu, e depois morrer numa explosão. E a expressão dele no segundo antes da dita explosão é impagável.
Passa meia-hora de filme e entramos no autocarro. Aí encontramos um grupo de pessoas, cada uma com a sua característica. O normal neste tipo de filmes. Tudo cliché, mas nós papamos isso sem problema nenhum. E pronto, é uma cena que demora quase uma hora. Ora, aguentar um filme em que uma hora se passa dentro de um autocarro tem de ter os seus méritos. 
Acaba-se a cena do autocarro, e o filme ainda não acabou. Há mais para nos oferecer. 
Resumidamente, começamos no elevador, continuamos no autocarro e vamos terminar no metro. E no metro temos a morte do vilão. Aquele arrancar de cabeça não sei se é muito plausível, mas que é engraçado lá isso é!


E fim de filme, que mal nos deixou respirar!
Vamos entretanto esquecer que existe um Speed 2, que é das coisas mais ridículas que alguma vez se viu no cinema! Não, a sério, NÃO VEJAM! Vejam antes vídeos de gatinhos ou assim!

Nota final: se os anos 80 tiveram o Die Hard... o mais próximo que existe nos anos 90 talvez seja este Speed.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

THE LOST WORLD: JURASSIC PARK (1997)


Quem me conhece sabe que Jurassic Park é um dos filmes da minha vida. É o filme que me fez apaixonar por cinema. Por isso, tudo o que venha desse universo, para mim será especial. 
Quatro anos depois do clássico, o tio Spielberg decidiu voltar à carga com os dinossauros. Claro que desta vez em larga escala. Mais dinossauros, mais personagens, mais tudo. Só não veio mais qualidade, mas isso também era complicado e injusto para com a sequela. 
Não sei porquê mas o filme tem sido ao longo dos anos muito criticado. Para mim injustamente. 
Como vi um crítico dizer esta semana, e eu concordo a 100%, o filme envelheceu muito bem. Normalmente, este tipo de filmes fica logo datado pouco depois de sair. Aqui não foi o caso. 
Senão vejamos: de todos os personagens do primeiro filme, quem é que se foi buscar para repetir o papel? O mais cool de todos, Ian Malcolm (Jeff Goldblum). Só que desta vez como personagem principal. Aqui o personagem ganha em profundidade mas perde em "collness".


Depois temos o principal obreiro no filme que é o próprio Spielberg. Revi o filme agora, e agora, mais adulto, consigo ver coisas que antes não conseguia, e estão relacionadas com a própria realização. Há ali cenas que poderiam servir perfeitamente para dar umas aulas de "film-making".
Seja no trabalho de câmara: experimentem lá ver como foi filmada toda a cena na roulotte à beira do precipício, enquanto os T-Rex atacavam. Desculpem lá, mas não conheço muitos realizadores que conseguissem aquele nível de qualidade.


A conjugação do CGI com a animatrónica está tão boa, que 20 anos depois ainda é melhor e mais realista que a maior parte dos blockbusters actuais. Porquê?? Efeitos práticos! Há ali muitos robots que parecem animais reais.
Alguém me lembrou de uma pequena cena em particular: no início, quando a miúda é atacada por uns dinossauros pequeninos e a mãe dela grita. A passagem desse momento para o Malcolm no metro é excelente. 
A própria cena em San Diego está ótima. Uma espécie de King Kong à solta. E depois aquela cena em que um puto acorda e vê o T-Rex no jardim da casa está qualquer coisa.


Depois o suspense. Se a cena da roulotte está excelente, o que dizer da parte dos Velociraptors quando atacam nos campos de ervas altas. Ou mesmo no centro de informação abandonado.

De resto, são alguns buracos, mas nada de grave!
Agora venha o Jurassic World!



terça-feira, 26 de maio de 2015

DEMOLITION MAN (1993)


Directamente saído dos meus guilty-pleasures favoritos de todo o sempre. Um daqueles clássicos de acção que só pode ter sido feito nos anos 90. 
A minha relação com este filme vem do tempo longínquo do VHS. Este era daqueles que só devo ter alugado uma vez, porque logo a seguir consegui gravar o filme numa "lotação esgotada" da RTP. E depois foi ver e rever e rever outra vez.. Perdi a conta às vezes que vi o filme, até porque, verdade seja dita, sempre que está a dar na televisão (bendito canal Hollywood) lá o fico a ver.
O que poderia querer um puto cheio de borbulhas a meio dos anos 90. Ora, eu deveria ter uns 12/13 anos quando vi o filme pela primeira vez. E nessas idades o que gostávamos de ver no cinema?? Uma palavra: PORRADA. Ora, o tio Stallone era o maior naquele tempo. A rivalidade "Stallone/Schwarzenegger" estava ao rubro. E quem agradecia essa luta eram os putos como eu. Mesmo que os filmes venham com a famosa bolinha vermelha (só para adultos), nós papávamos tudo. 
Ora, era porrada que queríamos ver e era porrada que tínhamos. Neste caso, a porrada vinha apimentada com ficção científica, comédia e ........ Sandra Bullock ainda tenrinha.

PORRADA


A acompanhar Stallone, temos um vilão preto (ou deverei dizer "afro-americano" para não ferir susceptibilidades) interpretado por Wesley Snipes. O gajo é um daqueles bad-guys das artes marciais. Como vem das artes marciais, dizem as lendas que tiveram de abrandar os golpes, pois eram demasiado rápidos. 
A porrada neste filme é da boa. Tudo à grande. Até a explosão no início do filme é das maiores e mais espectaculares que se fizeram em cinema, sem ser na treta do digital!!

SANDRA BULLOCK


Gostamos sempre do ar de "girl next door" que a mulher tinha. Novinha, cheia de sex-appeal, mas com ar de que podia ser nossa vizinha. 

COMÉDIA


Quase que me atreveria a dizer que este filme é perfeito no que respeita a comédia. Um problema recorrente de filmes de comédia é não terem graça porque falham numa coisa básica que é o "timing". Existem tantos momentos de comédia e sempre certeira. Até o Rob Schneider consegue ter piada neste filme. E o que o Stallone consegue é gerir esses momentos todos, tendo realmente piada. Vejam a química com o vilão: 5 estrelas. As cenas de tricot. As referências a um Schwarzenegger presidente dos EUA. A cena de sexo. As "one-liners" ao pontapé ( "You're gonna regret this the rest of your life... both seconds of it"). As tentativas da personagem da Sandra Bullock com as expressões idiomáticas do séc. XX. As 3 conchas. A máquina que multa por palavrões. ETC ETC ETC


Por tudo isto e muito mais, vamos esquecer que este filme está carregado de plot-holes. Esses não interessam nada!


terça-feira, 3 de março de 2015

THE MUMMY (1999)


Todos nós, seres sexuais, que gostam de um bom forrobodó (termo técnico para designar uma boa queca), temos as nossas fantasias e fetiches sexuais. Eu confesso aqui a minha: quem me tira uma menina com fatinho de colegial, ou seja, camisinha branca, saia de pregas, meiinha até ao joelho, tira-me tudo. Estão a ver a Britney Spears no "Baby, One More Time"? É exactamente isso. Esta sempre foi a minha fantasia, e vai continuar a ser. Só que em 1999, conheci Rachel Weisz. E a primeira imagem que tive dela foi a de uma sexy bibliotecária. E essa foi uma bela introdução à actriz, que já por si é boa que dói, mas que com aquele outfit ainda fica melhor. 


Ora, em 1999 eu tinha já uns belos 17 anos. Já sabia o que era o mundo (mais ou menos). Já fazia a barba. Já tinha tido "namoradas". Continuava a ser um totó, mas era um totó não totalmente burro. Isto tudo para dizer, que com 17 anos, eu sei bem o que fazia à bibliotecária Rachel Weisz. Se hoje a considero uma senhora, uma lady, na altura eu fazia dela tudo menos uma lady!


Ah, esperem, eu iniciei o post porque queria falar do filme em que ela surge assim. O filme é The Mummy. E sem problemas em assumir, é um filmaço (seja guilty-pleasure ou não). Foi o mais próximo de Indiana Jones que Hollywood conseguiu parir nos últimos 20 anos. Sim, eu sei que Brendan Fraser não é nenhum Harrison Ford, mas não deixa de estar bem no registo. E dentro destes filmes de pura aventura, conseguiu equilibrar a comédia com a aventura e algum suspense. 
O segundo filme, apesar de tudo, também o consegue de certa maneira. O terceiro, vamos esquecer que esse "filme" existiu.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

DIE HARD (1988)


Há filmes que gostamos de ver sempre que passam. Eu tenho muitos exemplos.
Ora, o Canal Hollywood (o melhor canal de cinema português) vai passando clássicos que são obrigatórios a qualquer amante de filmes bons. Os restantes canais de cinema vão repetindo a merda que sai recentemente nas salas.
Ontem, quando chego a casa do trabalho, estava a dar Die Hard. E gajo que é gajo (expressão esquisita esta) tem de ficar a ver sempre que está a passar na televisão.
Críticas a este filme não vale a pena fazer. Tudo o que se precisa saber anda por essa net fora e é do senso comum.


- Bruce Willis, por mais papéis que faça na sua vida, será sempre o John McLane. Apaguemos da nossa memória o 4º e 5º filme da saga. A sério, quem nunca viu esses dois, nem sabe a sorte que tem. Aquela merda nunca aconteceu!
- Alan Rickman é dos melhores atores britânicos. Pode já ter feito inúmeros papéis memoráveis. O primeiro filme que fui ver ao cinema tinha Rickman como vilão, em Robin Hood (o do Kevin Costner). Para os mais novos será sempre o Prof. Snape do Harry Potter. Para mim e para a minha geração, Alan Rickman é Hans Gruber. Que vilão, que estilo! Aliás, todos os vilões são mesmo "bad-ass", ainda que saibamos que são todos carne para canhão. 
- Depois é um buddy-cop perfeito. Mesmo sabendo que McLane está sozinho no Nakatomi (o prédio), tem cá fora o parceiro com quem cria uma ligação como poucas. Reginald VelJohnson (que só o vi a fazer papel de polícia bonzinho) é o Al - que no final salva McLane.


Cenas memoráveis: quase todas. Todas as piadas em situações extremas. O morto no elevador com o famoso "Now I have a machine gun". A cena do "perú no forno" - na conduta. O "shoot the glass". Quando McLane encontra Gruber e este se faz passar por vítima. O enforcamento com correntes do gajo louro. O soco da gaja ao jornalista. E podia continuar aqui a enumerar todas as cenas do filme.


Depois veio Die Hard 2 e Die Hard: With a Vengeance. Ambos clássicos dos anos 90!


A cereja no topo do bolo: depois de acabar este Die Hard (e com um intervalo de um filme) apanhamos o Robocop. Como posso ir dormir quando estão a dar estes filmes???