segunda-feira, 31 de julho de 2017

NOTORIOUS (1946)


Ninguém duvida que Alfred Hitchcock foi um génio. Cada filme que fez é uma obra que merece ser analisada ao detalhe. Eu sou fã dele, mas curiosamente nunca tinha visto este Difamação
E para que serviu este filme? Em primeiro lugar, para me lembrar de como sou apaixonado por Ingrid Bergman. Meu Deus.... que mulher, que elegância, que beleza, que actriz. Tenho para mim, que entre ela e a Grace Kelly, são as duas mulheres mais completas de Hollywood de sempre.
Mas sobre o filme. Há quem o defina como uma "estória romântica de espiões", e é isso que temos aqui. Cary Grant contrata a Ingrid Bergman para se infiltrar e meter com um homem. Esse homem é Claude Rains, um nazi com planos. No meio disto tudo, a Ingrid apaixona-se pelo Cary Grant, mas casa com o Rains. A mãe de Rains é uma maquiavélica que faz a vida negra à mulher. Aliás, a relação mãe/filho faz lembrar em muito Psycho, em que Norman Bates é tormentado pela sua mãe. A diferença é que neste a mãe está viva. 
O filme mostra toda a mestria de Hitchcock, desde os ângulos, o uso de McGuffin (neste caso a chave da adega), o suspense em cada cena. Um exemplo disso é toda a sequência na festa. A forma como o realizador vai conduzindo a cena, com a falta de bebida, o uso da chave, a cena do beijo (que na altura se prolongou mais que a lei). Aparentemente, nesta altura os beijos do cinema não poderiam exceder os 3 segundos. Para contornar isso, Hitchcock fez os actores beijarem-se longamente mas com algumas interrupções com as reacções dos actores. 
Mas não é só Hitchcock que brilha neste filme. Os quatro actores principais estão óptimos. A Ingrid principalmente porque consegue representar sem falar. Todas as expressões e mudanças destas em segundos são de quem sabe o que está a fazer. 
Para mim o único ponto negativo está relacionado com a relação amorosa. Não fiquei convencido que ela se apaixonasse logo ao fim de uns minutos pelo personagem de Cary Grant. Foi muito súbito, o que para mim, aos olhos de hoje, não encaixou muito bem.
Mas depois aquela cena final.... ninguém fala muito daquela cena e é pena. Não vou ser spoiler, mas ide lá ver este filme. Deixem lá os super-heróis de parte por uns momentos e apreciem cinema.

sábado, 8 de julho de 2017

Rapidinha do dia: RESCUE DAWN (2006)


Alguma coisa vai mal quando tens 34 anos em 2017, dizes-te cinéfilo, e só agora é que vês um filme de Werner Herzog. E só digo que ainda é possível fazer bons filmes sobre a Guerra do Vietnam. Ajuda a ter prestações notáveis de Christian Bale, Steve Zahn e Jeremy Davies e o seu total compromisso à Arte.