sexta-feira, 28 de abril de 2017

TITAN A.E. (2000)


Em 2000 eu era um gajo a chegar à idade adulta. 17 anos, popular na escola, miúdas aos pontapés, giraço, etc... Ou então não era bem assim. Se calhar a versão mais real seria: 17 anos, vulgaríssimo na escola, miúdas só quando o rei fazia anos, branquela e trinca-espinhas (o sonho de qualquer mulher). 
A juntar a isso, eu ia muito ao cinema. O problema é que 90% das vezes ia sozinho. E na altura papava tudo o que era filmes. Também não havia muita escolha. A Figueira tinha o Casino e os Caras Direitas para ver filmes. 3 sala no total. Já aqui o disse: os cinemas do Casino era a minha segunda casa. Grande parte da minha adolescência foi passada lá. 
E foi numa dessas idas, sozinho, que fui ver um filme de bonecos. E o que faz um gajo de 17/18 anos numa sala de cinema sozinho, a ver um filme de bonecos? Não sei... mas o que é certo é que ainda bem que o fui ver.
E o que é este Titan A.E.? Um filme de ficção-científica, um space-opera, ao género de Star Wars. Ah, e é escrito por Joss Whedon, amigo dos fãs da Marvel. Além disso, é o filme que levou à falência a Fox Animation. Depois dos problemas todos que teve na sua produção, com um budget que ultrapassou o devido, as pessoas depois acabaram por não ir ver. E é pena... Aliás, eu adoraria ver este filme em live-action (como era a intenção original). Ainda tenho essa esperança.
Revi hoje, em 2017, este filme. E devo dizer que a animação me parece datada. Mas acabo por achá-la muito cool, com um ar muito retro. 
Outra coisa que fica na memória é a filha da puta da banda-sonora. Parte dela a fazer lembrar Matrix (do ano anterior). Electrónica, punk, metal, rock... Tudo mesclado neste space-opera do caralho. A juntar a isso, um elenco de vozes 5 estrelas: Matt Damon é a estrela num papel semelhante a Luke Skywalker. A ele juntam-se Drew Barrymore, Bill Pullman, Nathan Lane, John Leguizamo, Ron Perlman


No geral, é uma história simples (num futuro, uns aliens destroem a Terra, e um puto fica com o segredo do pai que construiu uma base capaz de gerar uma nova Terra), com duração curta para não chatear muito, cenas de acção e suspense acompanhadas de uma grande banda-sonora. 
Foi e é um dos meus filmes de animação favoritos. 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Rapidinha do dia: HARRY POTTER AND THE HALF-BLOOD PRINCE (2009)


Ao sexto filme já não há muitas introduções que se possam fazer, por isso, em género de rapidinha, vamos lá ver o que tem este filme.
- Continuamos com os amores e desamores, típicos da idade. Temos ciúmes, poções de amor e de sorte. Já se percebe quem fica com quem (Ginny & Harry; Herminone & Ron).
- O Draco ganha importância extra. Deixa de ser um simples bully e passa a ter um papel fulcral. 
- Há lá uma cena completamente escusada que mete uma cave  e bicharada...
- De um lado temos pouca acção, mas que é compensada por bons diálogos e o chamado "character building". 
- Snape é sempre positivo e aqui já entendemos todas as suas acções. Ou quase tudo. E é o personagem central do filme, não fosse ele o "Príncipe" do título.

No geral, acaba por ser um pouco aborrecido mas nada que não se aguente.

TOP Harry Potter até ao momento:

segunda-feira, 24 de abril de 2017

THE FATE OF THE FURIOUS (2017)


Ou Velocidade Furiosa 8

Chegar ao oitavo filme de uma série de filmes chunga, e nunca haver um "direct to video" é obra. Chegar ao oitavo filme de uma série de filmes chunga e continuar a facturar milhões como poucos é obra. 
Chegar ao oitavo filme de uma série de filmes chunga e conseguir manter o mesmo elenco (em quase todos os filmes) é obra. 
Chegar ao oitavo filme de uma série de filmes chunga e conseguir arranjar "proezas" e stunts cada vez mais loucos é obra. Ou pelo menos é imaginativo.

Comparo estes filmes com o franchise do Sharknado. Começa com uma ideia parva, e nos filmes seguintes conseguimos sempre aumentar a idiotice. Há algum mal para isso? Por mim não. Há espaço para tudo.

Esta saga virou de "forma" ao quinto filme. Deixamos o street-racing de parte. Passamos a ter uma espécie de heist-movie. Assim ao jeito de Ocean's 11 mas para labregos, pessoal do tunning, e malta de camisola de cava (estou a habilitar-me a levar nas trombas, mas não é para ofender ninguém). O que é certo é que estamos perante um tipo de filmes em que desligamos o cérebro durante duas horas e voltamos a ligar no fim do filme. E volto a dizer, por mim não há mal nenhum nisso.

Eu sei ao que vou quando pago bilhete para ver um filme deste franchise: quero ver porrada, piadas clichés, mulas com belos rabos, carros. E é isso que tenho em cada um dos oito filmes. A partir do quinto, as coisas melhoraram bastante porque temos contado sempre com a presença do Dwayne Johnson. E ter o The Rock é sempre bom. 


Este oitavo atinge níveis quase estratosféricos de ridículo, mas who cares. É impossível uma pessoa não soltar um sorriso quando vê o The Rock como treinador da equipa feminina de soccer da filha. E ver a fazer uma espécie de "waka-waka". 
Depois é toda aquela previsibilidade que mete submarinos, tanques e carros topo de gama a perseguirem-se no gelo. É toda a previsibilidade dos discursos sobre a importância da "família".
É ver o Tyrese Gibson que só lá está para mandar umas piadas. É que não faz mais nada. Pelo menos os outros têm uma função. 

Confesso que por mim bastava ter o The Rock com o Jason Statham. Ver os dois juntos é o melhor do filme. 
E sim, é um filme vazio de conteúdo. Mas por vezes, estes filmes são bons para nos abstrairmos de tudo o resto. Se vão à procura do sentido da vida nesta saga, tirem o cavalinho da chuva. Mas se o fazem, é porque não percebem nada de cinema. 

Nota final: se há mulher de quem tenho medo (além da esposa), é de Michelle Rodriguez. Mas se tiver de levar uma carga de porrada de alguma, pois que seja dela. Consegue ser sexy de uma forma que assusta.

terça-feira, 18 de abril de 2017

ENEMY (2013)


SPOILERS

De vez em quando aparecem-nos filmes que nos fazem pensar. Eu sei que isso é uma coisa chata: ter de reflectir para tentar dar algum sentido a um filme. Foi o que aconteceu com este Enemy. Filme que não é muito fácil de apanhar à primeira. Confesso que tive de pensar bastante para ter algum tipo de teoria sobre o que acabei de ver. 
Um dos realizadores da moda em Hollywood por estes tempos, pegou há uns anos numa obra do nosso Saramago (O Homem Duplicado - que nunca li) armou-se em David Lynch misturado com Nolan dos primeiros tempos e levou-o ao grande ecrã. 
Como disse, não é um filme fácil. Há uma porrada de simbolismos que não são fáceis de apanhar, ou seja, o típico filme mindfuck. Confesso que não era isso que estava à espera. A única coisa que sabia do filme era que havia um tipo (Jake Gyllenhaal) que ao ver um filme, descobre que um dos actores é um sósia seu. 


SPOILERS

Mas o filme é MUITO mais que uma história de um sósia. Aqui jogamos com o subconsciente do Jake, e a forma como ele joga com esses dois egos (professor de História VS actor). Uma viagem ao mundo da sua mente. No geral é um filme que aborda vários temas, desde o medo do compromisso, à traição e como o Jake não consegue resistir à tentação. Depois há aranhas gigantes que vemos no subconsciente do gajo, que parecem simbolizar a mulher. 
Trata ainda o "controlo" e "ditadura" (temas que aborda nas suas aulas de História). De forma mais aprofundada até poderia relacionar esse controlo com o seu medo de assumir compromissos e daí colocar sempre à prova a sua própria fidelidade para com a mulher. 
Claro que em última análise, trata depois outra etapa, como a culpa e redenção. Mostra-se arrependido de tal forma que consegue expulsar o ego adúltero da sua mente. pelo menos de forma aparente, pois o filme termina com um daqueles finais WTF. 
A cena final assustou muita gente. Foda-se... o que era aquilo. Não tem o típico happy-ending. Apesar de ter conseguido expulsar um dos egos, à primeira tentação (a chave para o sex-club), ele tem uma "recaída". 

Eu sei que está um texto confuso, mas não consigo "endireitar" a coisa. Deverão existir outras interpretações para o filme. Esta foi a minha. E muito mais há a dizer, mas ainda estou a recuperar daquela filha da puta da aranha.

E já agora, é mais um papelaço para o Jake Gyllenhaal. O gajo só tem feito papéis dignos de todos os elogios possíveis.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Rapidinha do dia: HARRY POTTER AND THE ORDER OF THE PHOENIX (2007)


Siga a maratona, que já não tenho grande inspiração para fazer algum tipo de introdução satisfatória. Por isso, imaginemos que a frase anterior é essa introdução e passemos a alguns apontamentos rápidos sobre o quinto filme da saga.

- É giro ver o Harry Potter continuar deslumbrar-se com coisas que acontecem, mesmo depois de cinco anos de magia.
- Primeira vez que vemos o pessoal a andar de vassoura pelos céus de Londres, e isso é cool.
- A Prof. Umbridge é uma personagem tão irritante, mas tão irritante e má, que é a típica cat-lady solteirona a quem só dá vontade de lhe espetar com uma varinha no cu. 
- Continuam a existir muitas hormonas aos saltos, senão vejamos: a Cho quer comer o Harry Potter e ele não se importava nada de fazer luta greco-romana nos lençóis com ela; a Hermione e o Ron são como o gato e o rato, mas não se decidem a juntar-se; a Ginny farta-se de lançar olhares tarados ao Harry Potter mas ele não lhe liga nenhuma.
- Finalmente existem duelos de magia, nomeadamente entre Dumbledore e Voldemort;
- É bom ver o Potter a mostrar um pouco o "dark side of the force". Aqui existe um pouco isso: a luta para não cair no lado negro da força, que é o que o Voldemort quer.

No geral, é um filme que fica ali no meio da tabela geral do Harry Potter.

TOP Harry Potter até ao momento:

1º The Prisoner of Azkaban
The Goblet of Fire
3º The Order of the Phoenix

sábado, 8 de abril de 2017

HARRY POTTER AND THE GOBLET OF FIRE (2005)


HARRY POTTER 4 ou THE RISE OF VOLDEMORT

Vamos lá continuar com a maratona Potter. Uma série de filmes que comecei por não gostar muito, mas que entretanto me habituei a gostar.
Este quarto filme corresponde também ao único livro da saga que li de início ao fim. Sendo sincero, eu também não tentei ler mais nenhum (além do primeiro).

Ora, este filme é aquele que é talvez mais animado, com mais acção. Isso porque grande parte da história se centra na prova "desportiva" que envolve um aluno de cada escola. Curiosamente, e mesmo que fosse contra as regras, o Harry Potter representa Hogwarts, além do quebra-corações do Cedric Diggory (Robert Patinson antes de andar a comer meninas pálidas nos Twilights). 
Mas este quarto filme é mais que isso. É uma espécie de Harry Potter à la John Hughes. Um "coming of age movie". Começam a aparecer os primeiros amores, paixões, ciúmes. Ou seja, é um filme que trata a idade parva da adolescência. E depois há lá um búlgaro com ar de bad-boy que deixa as meninas húmidas. Lá pelo meio há ainda um baile de gala, que mais serve para a Emma Watson fazer uma espécie de casting para representar (este ano de 2017) na Bela e o Monstro. Aqui já se percebe que casalinho vai acabar junto no fim. Já o Harry Potter anda lá embeiçado pela menina com ar asiático, vai ao baile com outra que não interessa, e tem a Ginny apaixonada por ele, mas que nos entretantos anda a experimentar outros sabores. A certa altura parece que Ginny ficaria junta com o Longbottom. Estes amores e desamores davam para 5 temporadas dos Morangos Com Açúcar. Como esse não é o foco do filme, mas sim o torneio e a ascensão de Voldemort, despachamos isso em algumas cenas. 


O que realmente interessa é o torneio. E quanto a isso, devo confessar que achei as provas emocionantes. Desde andar a fugir de dragões, passando pela prova debaixo de água e terminando no labirinto, todas elas foram interessantes. 

No geral, é o filme com mais emoção, onde não damos pelo tempo passar. E está cheio de momentos de humor. Os miúdos ficam cada vez mais interessantes, e o facto de manterem sempre os mesmo actores nos papéis secundários, conseguimos criar laços com todos eles. 

TOP Harry Potter até ao momento:

1º The Prisoner of Azkaban
2º The Goblet of Fire

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Rapidinha do dia: HARRY POTTER AND THE PRISONER OF AZKABAN (2004)


A receita para fazer o melhor filme da série. História mais complexa, mas nada de complicado de perceber.

- Miúdos que já não são irritantes: check;
- Viagens no tempo: check;
- Lado mais negro de uma história juvenil: check;
- O melhor de oito filmes: check.
- Equílibrio entre gags, lado sério: check.

TOP Harry Potter até ao momento:

The Prisoner of Azkaban

terça-feira, 4 de abril de 2017

Rapidinha do dia: HARRY POTTER AND THE CHAMBER OF SECRETS (2002)


Post mais curto de sempre só para dizer: o Dobby está para o universo Harry Potter assim como o Jar Jar Binks está para Star Wars.
Talvez o filme mais fraco da saga, com os putos ainda num nível irritante.
De resto, é o mais descartável de todos.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

HARRY POTTER AND THE PHILOSOPHER'S STONE (2001)


Sempre tive uma relação esquisita com a saga de Harry Potter. Eu acho que a culpa era da minha idade. Digamos que comecei a ler o primeiro livro e parei no primeiro capítulo. Não me cativou. 
Depois foi-se ver o filme ao cinema. E o resultado é o mesmo: não me cativou. Achei fraquinho. 

Hoje em dia já não sou tão "hater". Continuo a achar os dois primeiros filmes da saga, os mais fracotes, mas ainda assim, percebo o fascínio. Aliás, se há coisa que desejava, era que estes filmes tivessem saído quando tinha uns dez anos. Os putos de 2001 não sabem a sorte que tiveram, pois tiveram a possibilidade de crescer com os actores, em filmes com visuais muito fixes. É verdade que na minha infância também tive a minha dose de filmes clássicos de fantasia (The NeverEnding Story, Labyrinth, Dark Crystal, Goonies, ET, etc). Mas eu tenho a certeza que se tivesse visto estes filmes com 10 anos, hoje seriam dos meus filmes favoritos. Como vi numa idade em que gostava de me armar ao pingarelho (expressão bonita), de início achava os filmes secantes. E depois, sempre fui mais do team-Narnia que do team-Potter.

Como dizia, hoje em dia já aprecio mais estes filmes. Continuo a achar que este primeiro filme tem os seus problemas (os outros ficam para mais tarde). 


Este filme prejudica-se a si próprio porque acaba por ser um filme de apresentação. São mais de duas horas para ficarmos a conhecer o mundo de Hogwarts e afins. E isso percebe-se na personagem principal. O Harry Potter é como o espectador: para ele tudo é novidade, fica deslumbrado com tudo o que vai acontecendo à sua volta. Ou seja, narrativamente não há muito para contar. Bem esprimidinho e daria um episódio qualquer de uma série. 
Ah, e o Harry Potter tem uma família "adoptiva" tão má que ele prefere ir para uma escola de magia acompanhado de um velho grande e barbudo de mau aspecto. Boas lições para os meninos: se estão chateados com os vossos pais, fujam com um velho de aspecto duvidoso que diz que vos mais mostrar magia, mesmo que isso na altura vos possa parecer impossível. Os defensores poderão dizer: "mas o Hagrid tem um ar tão fofinho!!" Ao que eu respondo: o Carlos Cruz também. Enfim... Essa parte do filme custou-me a engolir (inserir aqui piada porca em torno da palavra "engolir").

É um filme em que não se passa muito. Tem lá uma tramazita só para disfarçar, mas de resto é conversa, explicações de tudo e mais alguma coisa. O trio de putos ainda é um bocado irritante, ainda assim, é dado espaço para os três brilharem. Todos têm o seu momento alto. 
Já agora, o Dumbledore é uma cópia descarada do velho que estava no Fort Boyard. É que fala como ele e tudo. 

Mas os maiores problemas do filme, além do que já referi, são duas coisas: primeiro é a conveniência com que existem feitiços e utensílios para um problema. Sempre que existe um obstáculo, basta um feitiço e/ou utensílio para resolver as coisas. Ou seja, nunca há verdadeiro perigo. 
E depois no final, na cena de entrega das taças. O Dumbledore é tão boa pessoa que primeiro anuncia uma turma como vencedora, neste caso os Slytherin. Os miúdos já festejam todos, mas depois, "convenientemente", decide que ainda há pontos a dar, tudo para que Gryffindor pudesse ganhar. Não poderia fazer essas contas antes dos outros estarem a festejar? Qual foi o intuito? E para o filme em si, qual era o problema dos outros ganharem? Esta parte irritou-me profundamente e tornou-se um grande problema para mim. Porque há um claro favorecimento dos professores em relação ao Harry Potter. E isso foi-se notando ao longo do filme, culminando nessa cena. 

Positivamente, o filme tem os actores séniores: só o Alan Rickman como Snape bastava para elevar. E Snape conrtinua a ser o meu personagem preferido de toda a saga. Depois ainda a Maggie Smith, Richard Harris, John Hurt, etc. (Acho que todos os actores britânicos devem ter feito alguma perninha durante os oito filmes).

Apesar de todos os problemas (alguns difíceis de encaixar), é uma introdução ao mundo de Potter capaz de deixar um sorriso nos lábios. 

sábado, 1 de abril de 2017

Rapidinha do dia: THE MATRIX RELOADED (2003)


Ingredientes para fazer o melhor filme de sempre:
- uma cena de uma suruba (aka orgia; bacanal);
- as MAMAS da Monica Bellucci
- acção do melhor que há;
- Hugo Weaving como Agent Smith;
- Collin Chou a fazer de "porteiro" do kung fu (Seraph)
- as MAMAS da Monica Bellucci.

Ou seja, temos grandes ingredientes, mas sobretudo um filme tão mau, mas tão mau, que nem as MAMAS da Bellucci o salva.

(Comentário válido para o The Matrix Revolutions)