segunda-feira, 30 de novembro de 2015

TOP 15 CHRISTMAS MOVIES

Estamos a entrar em espírito natalício. A Primark vai passar a ser passagem obrigatória das pessoas. Os Wham voltam a estar na moda com o Last Christmas. Passamos a ser todos muito solidários, apesar de termos sido uns racistas durante o ano todo. Ao já tradicional Natal dos Hospitais, junta-se nas televisões portuguesas o Natal dos Bombeiros, dos centros de saúde, das carmelitas descalças, etc.
E é altura dos filmes natalícios. Natal sem o Sozinho em Casa na televisão não é Natal.
Por isso vou juntar às milhões de listas que aparecem na internet com mais uma lista dos meus preferidos filmes de Natal. Originalidade não é nenhuma. Nem nos filmes escolhidos. Mas a lista é minha, por isso sou eu que mando.
(Nota 1: a ordem é apenas alfabética;
Nota 2: não me apeteceu incluir alguns dramas de guerra. Não se enquadravam no espírito da época)

- BATMAN RETURNS (1992) - Batman Regressa, de Tim Burton


Batman sempre teve os melhores filmes de super-heróis...

- CHRISTMAS VACATION (1989) - Que Paródia de Natal, de Jeremiah Chechik


Das melhores sagas de comédia de todos os tempos.

- THE CHRONICLES OF NARNIA (2005) - As Crónicas de Nárnia, de Andrew Adamson


Melhor que os Harry Potters. A literatura juvenil foi muito bem adaptada neste primeiro filme.

- DIE HARD (1988) - Assalto ao Arranha-Céus, de John McTiernan


Qualquer top tem de ter este filme. Ver aqui a opinião do escriba.

- GREMLINS (1984) - O Pequeno Monstro, de Joe Dante


O animal mais fofo do cinema afinal não é real.

- THE HOLIDAY (2006) - O Amor Não Tira Férias, de Nancy Meyers


Porque Kate Winslet é uma senhora. E Jack Black nunca esteve tão bem como aqui. Um filme de gaja mas que gosto muito.

- HOME ALONE (1990) - Sozinho Em Casa, de Chris Columbus


O filme de Natal. Visto cerca de 1500 vezes e em todas me rio!

- HOW THE GRINCH STOLE THE CHRISTMAS (2000) - Grinch, de Ron Howard


Odiado por muitos, este filme marcou-me. Ainda hoje me lembro do dia em que o fui ver ao cinema no Casino da Figueira.

- IT'S A WONDERFUL LIFE (1946) - Do Céu Caiu Uma Estrela, de Frank Capra


Só há uns 5 anos é que vi o filme e entrou directamente para aqueles filmes de uma vida. James Stewart is the man.

- LETHAL WEAPON (1987) - Arma Mortífera, de Richard Donner


O melhor buddy-cop movie de sempre. Ver aqui a opinião do escriba.

- LOVE ACTUALLY (2003) - O Amor Acontece, de Richard Curtis


Richard Curtis é um óptimo contador de histórias.

- MIRACLE ON 34th STREET (1947) - De Ilusão Também Se Vive, de George Seaton


O filme que toda a criança deveria ver nesta época.

- PLANES, TRAINS & AUTOMOBILES (1987) - Antes Só Que Mal Acompanhado, de John Hughes


Steve Martin e John Candy numa das melhores comédias dos anos 80.

- RARE EXPORTS (2010), de Jalmari Helander


A época natalícia não seria a mesma sem uma boa matança.

- SCROOGED (1988) - SOS Fantasmas, de Richard Donner


Bill Murray na melhor adaptação do Conto de Natal. Tão bom!


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

KNOCK KNOCK (2015)


Então seus tarados? 90% das pessoas que viram este filme eram homens com sede de ver um quarentão num ménage com duas jovens roliças, sendentas de uma boa berlaitada.
Os outros 10% são as quarentonas que vêem no Keanu Reeves aquilo que os pançudos dos maridos não têm.
Contextualizando: o filme basicamente é isto. O Keanu é um homem de família. Feliz. Num fim de semana sem a mulher e filhos em casa, o senhor Keanu arma-se em bom samaritano e ajuda duas jovens que lhe aparecem à porta. Enrolam-se nessa noite. Na manhã seguinte, tudo muda. Parece que as duas jovens são duas jovens jeitosas, mas completamente chalupas. Fazem a vida negra ao homem, numa espécie de tortura física e mental.

Eli Roth está de volta. Depois de na semana passada ter feito a vida negra a um grupo de jovens na Amazónia (The Green Inferno), torna aqui a vida do Keanu num inferno. 

Dos leitores masculinos e heterossexuais, quantos não têm a fantasia de estar no forrobodó com duas "malucas", uma loura e outra morena? Pois, TODOS, né? O filme é mesmo para todos aqueles homens que pensam em "mijar fora do penico". Pois, se as mocinhas conseguiram dar a volta a um homem que parecia ser 100% fiel, não deveria ser complicado dar a volta àqueles mais "ingénuos". 

O filme é mesmo aquilo que se pode esperar com esta premissa. No entanto, mais uma vez, o Eli Roth teve medo de arriscar, de chocar mais. No entanto o final é tão parvo que acaba por ser perfeito, numa daquelas ironias da vida, que é o reflexo desta vida ligada por redes sociais. 

Resumidamente, vê-se bem, mas falta o elemento de choque, dar o passo seguinte. Mas também não é um filme que ofende ninguém.

(Nota final: o título português bem poderia ser "Truz Truz")

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

THE GREEN INFERNO (2015)


Eli Roth é um gajo "doente". Um gajo que gajo que tem uma mente alucinada. Basta ver a sua filmografia (apenas dos filmes realizados) e vemos Hostel, Cabin Fever e um segmento do do filme do Tarantino dos Inglorious Basterds. Sangue e mais sangue. Sem um pingo do terror (aquilo que nos faz medo). O gajo está ali para mostrar uns tipos a serem mortos, e com sangue, muito sangue.
(Nota à parte: o seu nível de demência é muito diferente do tipo do Human Centipede. O Tom Six é mesmo apenas doente e acho que deveria ser acompanhado por uma equipa de psiquiatras.)

Mas eu sou fã (ou um mero seguidor) do Eli Roth. Gosto daquilo. Porque nos faz puxar pelo nosso nível de psicopata, mas só até a um nível "aceitável".

Por gostar dos filmes do gajo, estava ansioso pela chegada deste novo filme, o The Green Inferno.

A história é básica: um grupo de activistas segue num avião. Avião despenha-se no meio da Amazónia. Grupo de activistas serve de refeição a grupo de canibais.
A melhor maneira de definir este filme é necessária apenas uma frase: é o Cannibal Holocaust (CH) para meninos betinhos. Aliás, apenas os comparo por terem uma premissa semelhante.
Tudo o que o CH teve a mais, este teve a menos.
O gajo teve aqui uma oportunidade de poder ser polémico, de chocar as mentes de meninas virgens em busca de sensações. O que é que ele conseguiu? Pouco mais que uma cena interessante.  Ver um dos tipos servir de banquete a um grupo de canibais. A cena em que uma miúda canibal pega numa perna do moço e com um sorriso na cara vai-se embora vai para as melhores cenas do ano. Mas é só isso que este filme tem para oferecer.

Os actores são péssimos. Aliás, já vi filmes "homemade" no youporn com melhores desempenhos.
As melhores performances vão para os canibais. Segundo consta, trata-se mesmo de uma tribo da Amazónia. O look do filme é também bom com umas caracterizações medonhas.

Resumindo, o pior filme do Roth, quando tinha tudo para ser o melhor.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

SPECTRE (2015)


24 filmes e 6 actores depois, a saga de James Bond continua fresca. Claro que há filmes merdosos lá pelo meio. O Roger Moore tem uns quantos. O Pierce Brosnan fez uma rasia quase completa. Tirando o excelente Goldeneye, todos os outros são uma bosta. É preferível levar com um barrote nos cornos do que rever aquele que tem a Halle Berry.
Não sou daqueles que tem um Bond preferido. Em 50 anos não podemos comparar o Dr. No com o Skyfall. Épocas diferentes. Estilos diferentes. Preocupações diferentes.
Claro que gosto de Sir Sean Connery que trouxe o charme ao personagem. O George Lazenby trouxe aquele que é talvez o melhor filme da saga. O Timothy Dalton, com dois bons filmes, é o gajo que mais se aproxima daquilo que o Fleming escreveu. O Brosnan teve azar com os filmes, mas enquanto Bond também está bem. O Craig é o durão de serviço e o que vai contra tudo o que estávamos habituados com os outros. Começou ao melhor nível com o Casino Royal. Teve o acidente grave com o Quantum of Solace. E recuperou com o Skyfall.
Chegamos então a este Spectre.

O filme começa logo com uma cena espectacular. Não sei o termo técnico, mas é uma longa cena num só take. 
Sem querer revelar muito do filme, basicamente é um gajo que quer acabar com o MI6, criando uma agência universal. Ao mesmo tempo que é "criada" a famosa agência de vilões, usada em muitos outros filmes da saga: a Spectre

Coisas a apontar sobre o filme:

- É demasiado longo e vai acabar por ser mais "esquecível" que por exemplo o Skyfall.
- Gosto deste Q. Não é o velho dos filmes antigos. É um puto com ar de nerd. E com ele trouxe os momentos mais bem humorados do filme. E andou aquele gajo a matar meninas virgens no Perfume.
- Sou daqueles que acha que quando temos actores do calibre do Christoph Walz, então temos de fazer uso dele. Foi pouco aproveitado. Se bem que, e sejamos sinceros, o tipo de vilão dele é sempre o mesmo. O registo já o conhecemos. Culto e com o dom da eloquência. Mas gostamos e por isso deveria ter havido mais "Blofeld". Suponho que seja para utilizar em mais filmes do Bond.
- Finalmente temos um vilão secundário que é durão. Daqueles que só aparecem nos filmes do Bond. Lembram-se do gajo que atirava chapéus para matar, ou o tipo com dentes dourados. Dave Bautista é esse tipo de vilão. Durante o filme todo ele diz, literalmente, uma palavra. E é precisamente antes de morrer. Um seco "Shit". 


- Uma Bond girl que tem obrigatoriamente de ser para o olho. E quando aparece naquele vestido no comboio, um gajo fica abananado. Mais sensual que por exemplo a saída do mar da Halle Berry em biquíni. A Monica Bellucci está lá só para encher.

E basicamente é isto. Tem os seus defeitos. Quando estava no cinema, a certa altura estava sempre a olhar para o relógio, e isso não é bom. Mas é um filme que se vê muito bem.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

AVENGERS: AGE OF ULTRON (2015)


Como fazer a "crítica" mais curta e grossa de sempre a um filme:

Comecei a ver este filme cheio de esperanças (estou a gozar... o primeiro já tinha sido uma merda). Sou masoquista e lá dei hipóteses ao filme.
Comecei a ver, e 10 minutos depois estava a dormir.

PS: a cena de acção antes dos créditos está tão má a nível de efeitos especiais. Tudo soava a falso!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

PREDATOR (1987)


«If it bleeds, we can kill it

Alturas houve em que ter Schwarzenegger no cartaz era sinal de sucesso garantido. Alturas em que íamos ao cinema só para ver o actor. A prova disso é que filmes como Twins (Gémeos) ou Kindergarten Cop (Um Polícia no Jardim Escola) foram enormes sucessos de bilheteira. 
Apesar de Terminator preceder este Predator, foi este filme que foi a prova de que era uma mega-estrela de Hollywood
E que filmaço temos aqui. Senão vejamos: é um dos melhores filmes de ficção-científica, um dos melhores filmes de acção, um dos melhores filmes de terror/suspense. Isto tudo num só filme. Tanto faz em que género o queiram colocar, que temos um clássico destes géneros. 
Preconceitos à parte, é um filme macho. Tem lá uma gaja no meio, mas está lá só para não ser uma festa da mangueira a 100%.
Mas o que faz deste filme um clássico intemporal, que 30 anos depois de sair, continuemos a ver e a falar dele? Epa, muito. Há ali pouca coisa a falhar. Mesmo numa altura em que eu não era fã do velho tio Schwarzzie, este era o meu preferido.  Ora, numa destas manhãs em que só trabalhava à tarde, apanhei o filme no melhor canal de cinema da televisão portuguesa (o Canal Hollywood, para quem tem dúvidas). E talvez seja a melhor altura do dia para ver o filme. Há lá melhor acordar que ver um monstro a arrancar a espinha a militares? Ou para ver todas as one-liners do filme? 


«You're one ugly motherfucker!»

E o que é que eu gosto neste filme? Bem, quase tudo.

- Antes de mais a banda-sonora. Aqueles instrumentais no meio da selva.... ainda hoje dão arrepios. O tipo que compôs aqueles sons animados no Back to the Future, faz aqui algo completamente oposto. Mais subtil. Um espectáculo. 

- Quase todas as cenas são dignas de registo. Destaco apenas uma ou outra:
> a cena do helicóptero ao som do rock 'n roll;
> a primeira imagem de Schwarzenegger a fumar o seu charuto;
> a metralhadora do Blain (Jesse Ventura) capaz de trucidar árvores;
> a morte do Dillon (Carl Weathers) com o braço, que depois de arrancado, continua a segurar e disparar a arma que tinha na mão;
etc etc etc...

«I ain't got time to bleed!»


Depois há detalhes que ainda melhoram mais o filme:
> só vemos  realmente o monstro lá para meio do filme, numa cena em que se opera a si próprio. Até aí apenas tínhamos tido vislumbres da sua visão;
> o personagem Billy (Sonny Landham) é dos melhores do filme. Com uma morte digna de quase auto-sacrifício. De notar que apenas temos o som dele a gritar e não a cena em si.
> aquelas armadilhas todas que o Schwarzzie constrói são dignas de Rambo
> todos os personagens/ actores são carismáticos e chegamos a preocuparmo-nos com eles (até o tipo das anedotas secas).

Resumindo: o melhor filme do Schwarzzie. Vamos entretanto esquecer as sequelas/reboots/spinoffs/crossovers


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

THE VISIT (2015)


SPOILERS

Há uma música do José Cid que começa assim: "Há muito muito tempo, era eu uma criança...". Pois este texto bem poderia começar assim. Em finais do século passado, um filme caiu que nem um estrondo nos cinemas de todo o mundo. Um gajo, que nunca ninguém tinha ouvido falar realizava um filme que ficou nas bocas do mundo por uma razão específica. Os twists voltaram a ser cool. O Sexto Sentido fez com que M. Night Shyamalan fosse um realizador a ter em conta. Shyamalan era o gajo da moda. "O novo Spielberg" era mesmo o seu nick-name. E o que é certo é que ainda esteve na ribalta com o próximo filme, o Unbreakable. Para mim ainda manteve o factor X no Signs e um bocado no The Village. A partir daí parece que o gajo foi substituído por uma pessoa com o mesmo nome. É que os filmes são uma merda a partir desses. Talvez se tenha vendido ao mercado. Há quem diga que nem foi ele que realizou (na prática) o After Earth
Enfim, tudo isto para chegar a este novo projecto. Shyamalan agarrou nos trocos que ganhou a fazer esses filmes de merda e criou de raiz um filme mais pessoal. Foi buscar actores desconhecidos do grande público e fez uma história mais pessoal sem as influências dos grandes estúdios. 


A história é tão simples: dois irmãos vão visitar os avós que nunca tinham conhecido. Acontece que os avós são um pouco marados. E é isto. Claro que uma pessoa fica de pé atrás quando vê que o filme é em found-footage E sabemos que este estilo está actualmente em coma. Uma pessoa vê a merda que são todos os Paranormal Activity e fica com receio. Acontece que este The Visit é a prova que se pode fazer um filme neste estilo. Neste filme há uma razão específica para ser em found-footage. E temos a sensação que é mesmo a miúda que está a filmar. Não há banda-sonora a atrapalhar. Aquilo que se ouve é aquilo que se passa no filme.

SPOILERS
Voltando à história: dois irmãos vão visitar os avós. Durante a visita, a irmã quer filmar um documentário sobre essa visita. Quando conhecem os avós, estes têm apenas uma regra: uma espécie de recolher obrigatório às 21:30. Durante as noites coisas estranhas vão acontecendo. Os cotas desculpam-se com algum tipo de "disorder". Numa das noites, as coisas aquecem e os putos ficam com medo. Pedem à mãe para os ir buscar, quando durante a chamada por vídeo a mãe lhes diz que os velhos não são os avós. Quem serão aqueles psicopatas. Chegamos ao último acto, e quando parecia que as coisas poderiam ir para o sobrenatural (demónios na casa ou possuidores), eis que os velhos são mesmo só psicopatas e tentam matar os miúdos. Os putos safam-se. Fim de história.


Este filme é uma mistura de comédia com algum suspense. Em boa verdade nem sei em que género posso incluir o filme. Por um lado tem o miúdo que é uma espécie de comic-relief. E sejamos sinceros, o puto está impecável. Mas depois essa comédia é conjugada com o suspense que em tempos o Shyamalan nos habituou. 
O que temos aqui são 4 óptimos actores. E não é fácil pôr dois adolescentes a levar o filme às costas. Os velhos são mesmo "creepy". Muito bem filmado. História simples mas eficaz. 
Não será propriamente uma obra-prima, mas carago, para mim é caso para dizer: "Welcome back Mr Shyamalan".