sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

STREET FIGHTER (1994)


Há alguma razão para gostarmos de um filme assim tão mau? Deve haver. Não é que goste particularmente do filme. Mas consigo recordar o momento exacto em que vi o filme pela primeira vez. Corria o ano 1995, e o Caras Direitas (Buarcos, Figueira da Foz) ainda tinha uma sala de cinema enorme. Daquelas enormes com balcão e plateia. As condições não eram as melhores, mas caramba, ainda vi lá alguns filmes na minha juventude. Não muitos, pois eu era o frequentador assíduo do cinema no Casino. Lembro-me perfeitamente de o ir ver com um amigo à tarde. Antes do filme, ainda a passagem nos "carrinhos de choque" lá do sítio. Devíamos estar atrás de algumas miúdas. Ainda assim lá fomos ver "o novo filme do Van Damme". E para putos de 13 anos era o tipo de filme a não faltar. E depois era baseado num jogo de vídeo. Eu não tinha consola, por isso só conhecia o jogo de jogar em casa de amigos ou então no salão de jogos ali ao pé do casino. Muitas moedas (que não sei onde arranjava) lá deixei. O Street Fighter era um dos jogos obrigatórios. Eu jogava com o Honda. O gordo, tipo Yokozuna, que fazia um golpe com os braços super-rápido.


Por isso, era o sonho de qualquer puto: ver o Van Damme num filme baseado no Street Fighter. Confesso que me lembro mais de ir ver o filme do que a minha opinião sobre o mesmo na altura. Não me lembro se gostei. Mas devo ter gostado, porque voltei a ver o filme várias vezes em VHS. Numa de nostalgia, decidi ver o filme novamente. 
Primeira coisa que me apraz dizer: coitado do Raul Julia por este ter sido o derradeiro filme do gajo. Acontece..
De resto o filme é mau! Já vi o Van Damme fazer MUITO melhor. Aliás, não estou 100% certo, mas acho que o personagem dele nem sequer existe nos jogos. Cá para mim, ele não se "enquadrava" com nenhum personagem, então criaram um de raiz só para ele.
Pela positiva, tem uma Kylie Minogue com umas tranças do tempo em que era bem jeitosa. Falta só saber representar. Depois tem lá uns comic-relief pelo meio a mandar umas piadolas, o Raul Julia com ar de alucinado enquanto mega-vilão e o clássico golpe de rotativo para acabar em grande.
Para terminar, no combate entre adaptações de jogos de vídeo, esta época foi rica em filmes clássicos. Em 1993 saía o pioneiro Super Mario Bros (ver aqui); em 1994 este Street Fighter; e finalmente em 1995 aquele que ainda hoje é a melhor adaptação, o Mortal Kombat.

Nota final: reparar na pose final de todos os lutadores. A sério... façam pausa e vejam um a um. Vai valer a pena.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

EU JÁ FUI MUITO FELIZ EM CLUBES DE VÍDEO


 (foto para alterar pois não é do espaço em questão)

Lembram-se daqueles sítios onde uma pessoa ia e podia alugar filmes em VHS/DVD? Levávamos para casa e depois de os ver, voltávamos para os devolver. Isso hoje parece coisas tão descabidas, que se contarmos a um miúdo que estas lojas existiam, ele ainda goza connosco. 
Pois, mas na minha bela terrinha, resiste estoicamente um espaço desses. Aberto há 30 anos, foi o primeiro clube de vídeo a abrir aqui na Figueira da Foz. E parece que vai ser o último a fechar. Segundo o dono, claro que o negócio já não dá para as despesas. Mantém-se aberto por "carolice" do Sr. Cabral. 
Tenho pena que assim seja. É um espaço que me traz tantas, mas tantas memórias. Sou daqueles nerds que passou horas e horas a escolher filmes para ver em casa.  Foram horas e horas a rebobinar cassetes para as poder devolver sem correr o risco de ouvir um sermão. Afinal, devolver uma cassete por rebobinar era tão grave como assaltar velhinhas à saída da igreja. Sinceramente, nunca me esqueci de rebobinar nenhuma cassete, por isso nunca levei sermão, mas corria esse mito e eu não queria arriscar. Nunca fui rebelde ao ponto de não o fazer. Mas a magia dos clubes de vídeo era mesmo o "martírio" de passar horas a percorrer os filmes todos e escolher o filme ideal para aquele dia. Às vezes passava mais tempo a escolher do que propriamente a ver o filme. Mas era um tempo que gostava. Ver aquelas prateleiras separadas por géneros. Espreitar sorrateiramente para o género "erótico" que estava mesmo ao lado do "terror/sci-fi". Sinceramente, acho que nunca percorri os filmes do género do "drama" e "romance". Era puto, e o que eu queria era filmes de terror, acção, algumas comédia e mamas. 
Bem, a cada ida ao clube de vídeo, a missão era escolher dois filmes. Até porque alugavas uma novidade mais um filme "antigo" pelo mesmo preço. Para mim o difícil era escolher o filme antigo. A estante das novidades era, naturalmente, mais curta, pelo que se perdia apenas uns 10 minutos. E havia o problema de quase nunca estar disponível. O mais antigo era complicado de escolher. Ora, se num dia tinha alugado o Halloween 4, no dia seguinte tinha de alugar o 5. Nestes dias era fácil. O problema era escolher alguma coisa "original". E o "original" normalmente recaía em filmes "macho", ou então em comédias com mamas à mostra, tipo Porky's
Tenho pena que um dos sítios onde fui feliz na minha infância/juventude esteja para fechar. Mas a culpa é da época em que vivemos que não se coaduna com este tipo de negócio, pois se eu era o mais assíduo frequentador do espaço, já lá não ia há muito tempo. 
Ainda assim é um sítio que me traz muitas memórias, normalmente todas elas felizes. Uma pessoa não deixa de se sentir nostálgico ao passar pelo "Video Movie".

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

DEADPOOL (2016)


Já toda a gente sabe que os filmes da Marvel primam pela qualidade das suas repetições. A repetir/copiar, estes gajos são excelentes. Os filmes, nomeadamente os da Marvel Cinematic Universe, são sempre a mesma merda. Não arriscam nadinha. Mas pronto... Quando arriscam, lá fazem algo um pouco diferente e divertido. E sim, estou a falar do Guardians.

Desta vez, mandaram as fichas todas para o meio e foi um all-in que acertou na mouche.

Um filme que não se leva a sério. Tudo e todos são alvo de chacota, de gozo. E goza principalmente com o género. A começar logo no genérico e a terminar na "post-credit scene". Foi tudo a eito.
Fossem todos os filmes da Marvel (e quem diz Marvel, diz DC e outros) assim, e eu era o maior fã do universo que estão a criar. 
É que foi divertido do início ao fim. Não há propriamente momentos mortos. Não que esteja recheado de cenas de acção. Apesar de estarem boas, com sangue e tal, não é isso que queremos ver. Aqui o que interessa é divertir com o fala-barato do Deadpool. Tudo o que sai daquela boa tem piada. E é isso que queremos ver. 
Depois tem uma banda-sonora que é a antítese dos filmes de super-heróis, a culminar no Careless Whisper. Mas que funciona tão bom. Tem sexo, sangue, piadas porcas. Já faltava um filme assim dessa máquina desses estúdios para voltar a acreditar que os comic até podem dar bons filmes. 
E o Ryan Reynolds pode dedicar-se a este franchise. Neste momento não consigo imaginar outro actor a fazer o papel. 

As boas notícias: apesar do filme ser Rated-R, parece que está a fazer toneladas de dinheiro, o que faz com que os produtores repensem e arrisquem mais neste aspecto.

Nota final para os cinemas portugueses: de que vale ser um filme "rated-R" se deixam entrar toda a cachopada nos filmes. Miúdos que ainda não têm pentelhos, miúdas que nem são menstruadas??? Porque é que os deixam entrar? (tenho mesmo de passar a ir às sessões da meia-noite ao cinema)


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

TOP GUILTY PLEASURE

Todos nós temos os nossos prazeres. Todo o ser humano que vê filmes tem o seu guilty pleasure. Ou seja, aquele filme que vê e tem vergonha de dizer que gosta. São filmes que são tidos como (unanimemente) maus, mas que ainda assim nos dá um prazer ver. Ora, não querendo dizer que estou velho (porque não estou), cheguei a uma idade em que me estou a cagar para o que as outras pessoas possam julgar sobre os meus gostos. No que respeita a filmes, eu tenho muitos, mas mesmo muitos filmes que são autênticos pedaços de mau cinema (não sou ninguém para dizer o que é bom ou mau). 
Esta é a primeira parte de um top (deve ter muitas partes) de filmes que são os MEUS guilty-pleasures.

(Como é normal, a ordem é alfabética e não de preferência)

- AVP: ALIEN VS. PREDATOR (2004) - Alien vs. Predador, de Paul W.S. Anderson


Tanto tempo à espera para ver este dois ícones juntos deu nesta bela merda, mas uma merda que me diverte. Pelo menos não saiu aquele inenarrável segundo filme.

- ANACONDA (1997), de Luis Llosa


Uma sexy J.Lo, uma cobra com mau CGI, mas que dá para rir... e isso muitas vezes é melhor que nada.

- ARMAGEDDON (1998), de Michael Bay


O que tem para não se gostar?

- BAD BOYS II (2003), de Michael Bay


O primeiro era realmente um bom filme de acção. O segundo é todo mais exagerado, ao estilo do Bay, mas que nos diverte, mais não seja para ver a dupla Smith/Lawrence.

- DEEP BLUE SEA (1999) - Perigo no Oceano, de Renny Harlin


Tubarões inteligentes e Samuel L. Jackson numa das melhores cenas na categoria "pessoas devoradas por tubarões".

- DOA: DEAD OR ALIVE (2006) - DOA: Guerreiras Mortais, de CoreyYuen


O título em português diz tudo. São guerreiras que são mortais. E ajuda o facto da indumentária das moças ser espectacularmente sexy.

- GODZILLA (1998), de Roland Emmerich


Não tem nada a ver com o clássico monstro japonês. Parece só uma iguana gigante, mas eu divirto-me a cada vez que vejo o filme.

- HOWARD THE DUCK (1986) - Howard e o Destino do Mundo, de Willard Huyck


Um pato em vez de um humano. Uma espécie de Family Guy nos anos 80.

- JASON X (2001), de James Isaac


O que é que faltava ao décimo filme da saga Friday the 13th? Colocar o Jason no espaço. E é tão mau que é bom.

- SUPER MARIO BROS (1993), de Annabel Jankel


Ver a opinião do escriba aqui.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

ZATHURA: A SPACE ADVENTURE (2005)


Tivesse este filme sido feito nos finais dos anos 80, início dos 90, e provavelmente seria um dos filmes da minha infância. Infelizmente saiu já em 2005, ou seja, numa altura em que os putos estão a cagar-se para filmes de aventuras.
Sejamos sinceros, o raio do filme está muito bem feito. A equação é simples: vamos aos anos 80 buscar o Explorers do Joe Dante; 10 anos depois passamos pela década de 90 e juntamos Jumanji; Misturamos tudo e mais 10 anos em cima e o resultado é este Zathura.
Claro que o filme tem lá gaja do Twilight ainda novinha, mas sempre com a expressividade de uma pedra da calçada. O que vale é que ela passa mais tempo "congelada".
De resto é uma história familiar, com dois irmãos sempre à bulha, aventuras no espaço, suspense à mistura. História simples mas eficaz.

Ah, e antes que me esqueça, é o melhor filme realizado pelo Jon Favreau, antes de se meter nessa paneleirice dos Iron Man.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

TOP 16 REMAKES

Vivemos numa época onde tudo é reboot/remake. Isso e filmes de super-heróis.... Fui consultar a wikipedia uma lista de remakes. Parece que existem centenas. 50% nunca vi; 45% são caca; 5% até se vêem. São esses que servem para elaborar este magnífico TOP, como é costume aqui no estaminé. 
De notar que se trata de uma lista pessoal, e haverá alguns filmes que as pessoas (na generalidade) odeiam. Mas temos pena... o TOP é meu! E o facto de um determinado filme constar nesta lista, não quer dizer que seja melhor que o original. 
E como é hábito, a ordem é cronológica, do mais antigo ao mais recente. 

- THE MAN WHO KNEW TOO MUCH (1956) - O Homem Que Sabia Demais, de Alfred Hitchcock


Quando Hitchcock resolve fazer um remake do seu próprio filme..

- INVASION OF THE BODY SNATCHERS (1978) - A Invasão dos Violadores, de Philip Kaufman


Aquele final ainda hoje me arrepia. Original de 1956.

- THE THING (1982) - Veio Do Outro Mundo, de John Carpenter

Original de 1951. John Carpenter melhorou-o!

- SCARFACE (1983) - A Força do Poder, de Brian de Palma


Original de 1932, mas que ninguém se lembra. "Say hello to my little friend!"

- THE FLY (1986) - A Mosca, de David Cronenberg


Se o original de 1958 tinha o grande Vincent Price, o remake é deliciosamente mais nojento.

- THE BLOB (1988) - Outra Forma de Terror, de Chuck Russell


Chuck Russell é mais conhecido pelo hilariante The Mask ou um dos melhores Pesadelo em Elm Street. Mas também deve ser lembrado por este remake.

- CAPE FEAR (1991) - O Cabo do Medo, de Martin Scorsese


Quando o original e o remake são clássicos do cinema.

- TRUE LIES (1994) - A Verdade da Mentira, de James Cameron


Ninguém conhece o original. É um filme francês. Para mim bastou uma cena de Jamie Lee Curtis para se tornar num clássico.

- HEAT (1995) - Cidade Sob Pressão, de Michael Mann


Um dos meus filmes preferidos (ver mais aqui). Mais um daqueles casos que ninguém se lembra do original do próprio Mann.

- THE MUMMY (1999) - A Múmia, de Stephen Sommers


Um guilty-pleasure. Um dos melhores filmes de aventura pura depois de Indiana Jones (ver mais aqui).

- OCEAN'S ELEVEN (2001) - Façam as Vossas Apostas, de Steven Soderbergh


O filme mais cool deste século. Descrevo o filme numa palavra: "estilo".

- THE TEXAS CHAINSAW MASSACRE (2003) - Massacre no Texas, de Marcus Nispel


O original é o clássico que se conhece. Um dos melhores no género do terror. O remake, feito naquela vaga de remakes dos clássicos de terror, é um guilty-pleasure. Acho mesmo que dentro do género, e do que se tem feito ultimamente, é realmente bom.

- KING KONG (2005), de Peter Jackson


Peter Jackson era a pessoa indicada para refazer King Kong. E fê-lo brilhantemente, depois daquele fraquinho de 1976.

- HALLOWEEN (2007), de Rob Zombie



Odiado por 99% dos amantes de cinema. Eu acho que é muito bom. Completamente diferente do clássico de John Carpenter, que continua a ser um dos melhores do género. O original ainda hoje me faz borrar a cueca. Mas gostei da abordagem do Rob Zombie a dar ênfase à juventude de Michael Myers.

- THE LAST HOUSE ON THE LEFT (2009) - A Última Casa À Esquerda, de Dennis Iliadis


Remake de um filme de 1972 de Wes Craven, que por sua vez era um remake de um filme do Ingmar Bergman (The Virgin Spring).

- EVIL DEAD (2013) - A Noite dos Mortos-Vivos, de Fede Alvarez


O último filme que me fez saltar da cadeira do cinema. Abordagem diferente da do clássico de Sam Raimi, com menos comédia e mais gore.



terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

SUPER MARIO BROS. (1993)


Antes de mais, deixem-me vos dizer que sou um gajo da geração do Game Boy. A certa altura da minha vida, este "brinquedo" era o meu maior companheiro. Como era muito totó, em criança não tinha muitos amigos. Tinha alguns. Adoptei então o Mario, o Luigi, o Megaman, o Wario, o gajo que mandava as peças do Tetris.
Mario era o tipo gorducho, de bigode..ou seja, um típico tuga. Mas ele era o nosso compincha.

Quando em 1993, cai de para-quedas uma versão de cinema do famoso jogo da Nintendo, o Super Mario, digamos que naquela altura, para um puto de 11 anos, nós tínhamos a certeza que este iria ser o maior filme da história do cinema. O Casablanca dos pequenitos. Nós não éramos assim tão exigentes. Não tínhamos assim tantas escolhas de filmes para ver. O "crítico" que existia em nós era muito pouco ecléctico. 
E o que tinha o filme para não dar certo? Nada. Era o Super Mario no cinema. Nada poderia correr mal. 
E chegou a altura de confessar: no alto dos meus 33 anos, confesso que este é um dos meus maiores guilty-pleasures de sempre. Consigo explicar porquê? Acho que não. Deve estar relacionado com o timing em que vi o filme pela primeira vez. E fui daqueles que copiou (qual pirata) a cassete VHS do filme. Vi-o inúmeras vezes quando era miúdo. E não me arrependo de nenhuma vez o ver. Tinha Mario, Luigi e a princesa Daisy. E isso bastava. E que panca eu tive pela Daisy (uma desaparecida Samantha Mathis). Eu acho que vi o filme mais vezes por causa dela. 


O filme pouco ou nada tem a ver com o universo do Mario. Mas há coisas que recordo até hoje e que achava piada quando era puto. Quando o Luigi se identifica ao chefe da polícia e fala em 3 Marios: Luigi Mario e Mario Mario. As mamas da matulona que se "apaixona" pelo Mario. Os dois "trogloditas" que andam a raptar as mulheres; etc etc.
Sim, o filme é mau. Eu tenho noção disso. Parece que os próprios actores odiaram fazer o filme. Mas também não é nenhum crime eu me divertir com o filme. E já cheguei a uma idade em que posso admitir (sem ter vergonha) que gosto do filme, mesmo sabendo o quão mau o filme é. 

(E conseguirem juntar o grande Bob Hoskins e o não menos grande Dennis Hopper no mesmo filme é obra)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

GREMLINS 2: THE NEW BATCH (1990)


Começo já por dizer que o boneco/monstrinho do Gizmo (ou Mogwai) é o "animal" mais fofinho do cinema. Se ele fosse mais fofinho, corria o risco de explodir de fofice.

Quando falamos de Gremlins, referimos sempre o primeiro filme (e justamente), mas acabamos por esquecer esta sequela. E esta sequela é tão diferente, caótica, divertida que acaba por merecer um lugar especial no meu coração. E por várias razões.
Ora, sempre vi este filme com especial atenção. Quando era um puto, tive um Game Boy. E um dos jogos que tinha era o Gremlis 2. Até hoje, foi o único filho da puta de jogo que nunca consegui acabar. Chegava ali a um nível e não conseguia avançar. Foram centenas de horas a tentar passar. Quer dizer, um gajo demora cerca de 10 minutos a concluir o Super Mario Bros, mas depois não consegue terminar o Gremlins 2. Uma pessoa pode ficar chateada com a guerra no mundo, fome em África... mas isto é de deixar uma pessoa revoltada.


O filme em si é um desfilar de cenas hilariantes, magistralmente orquestradas por um puppet-master. Goza com tudo, com todos, com o género de filme de monstrinhos assassinos. Mas principalmente, goza consigo próprio. É tão bom vê-los a brincar com o filme anterior. E basta um exemplo. Lembram-se daquela cena do primeiro filme que era meio dramática, onde a gaja contava porque não gostava do Natal? Ela conta de forma quase trágica como perdeu o pai durante um Natal. Ora, neste filme eles pegam nessa cena e "repetem-na", mas de forma tão engraçada que o actor principal se desmancha a rir. Peguem lá no DVD e ide lá confirmar isto que aqui o escriba vos diz. 
E mais outra: a cena em que gozam com o personagem principal quando ele tenta explicar as "3 regras" dos gremlins. Quando não levamos um filme deste género demasiado a sério, corremos o risco de nos entretermo-nos à brava. E é o que acontece aqui.

Depois temos o desfile de uma série de gremlins diferentes e para todos os gostos. O meu preferido continua a ser o monstro inteligente.

Parece que a edição em VHS foi alterada: na versão cinema, quando se dá a "interrupção" do filme temos o Hulk Hogan para resolver a situação. Ouvi falar numa versão diferente mas que não conheço.

Resumindo e concluindo: O filme tem tudo o que adorávamos no primeiro, mas completamente subvertido. Caos é a palavra certa para entender o filme. E a Phoebe Cates continua a ser a gaja mais fofinha, mas que temos vontade de saltar em cima (pancas da juventude).