segunda-feira, 23 de julho de 2018

THE TERMINATOR (1984)


Sim.. Eu, o maior "hater" da saga Terminator, estou aqui a escrever sobre isto. E pergunta o leitor, e com toda a razão: mas há alguma razão para o génio criativo da minha pessoa ser um pouco crítico em relação a estes filmes? Nem por isso... Normalmente, aqueles "ódios de estimação" costumam ser injustificados. Admitam lá! Nem sempre tem de existir uma razão para falarmos mal de alguma coisa. Ainda por cima, os filmes têm tudo para agradar aqui o escriba: são clássicos dos anos 80/90 (como eu adoro), têm Schwarzenegger, têm acção, mortes, sangue e ficção científica. Tudo coisas que eu adoro. 
Como eu sou um bocado maniento, pode estar relacionado com a minha vontade em ser do contra. Gosto de estar do lado contrário à generalidade das pessoas.  Depois a história dá-me sono, o que num filme de acção é mau. Ainda, acho honestamente que a Linda Hamilton tem o talento e carisma de um calhau. Para uma gaja que se quer bad-ass (nomeadamente no segundo), a mim não me cativou.
O que é certo é que fui alimentando este ódio ao longo dos anos pelos dois primeiros filmes da saga. Os seguintes já são assumidamente maus.  
Bem, e quando parece que já espremeram o sumo todo, calha que estão a fazer mais um (porque o último correu muito bem - ler em modo irónico esta última frase). Metem lá o nome do James Cameron no meio, voltam a juntar o Schwarzzie e a Sarah Connor original, e devem estar à espera de regressar à boa forma. Bem, mas isso já é outra conversa. 

Por uma razão que agora não interessa, lá me auto-propus a rever e a dar nova oportunidade à saga. 
O que sairá daqui? Será desta que dou a mão à palmatória?
(Esta introdução foi escrita antes de rever qualquer filme.)


107 minutos depois

Conclusões a tirar deste primeiro tomo:
- Existiam muitos punks no cinema dos anos 80. E são todos maus... Vejam o que acontece ao grupo do Bill Paxton, na cena em que o Terminator quer só uma roupinha para aquecer o pelo. Vir nu do futuro deve ser desagradável.
- A Sarah Connor é só uma péssima empregada de mesa, incapaz de lidar com a pressão de um café apinhado de gente. Só vai ser heroína porque vai ter de parir o John Connor, que no futuro é uma espécie de lenda.
- Dou um grande "like" à cena em que o Exterminador vai "comprar" armas.
- A história acaba por ser básica: uma espécie de gato e do rato.
- Aquele envolvimento "amoroso" entre a Sarah Connnor e o Kyle Reese é tão credível como qualquer declaração do Donald Trump. Que merda é aquela?
- Mais um "like" à cena em que o Exterminador está ferido de um olho. Muito cool. 
- O que mais me irritou: 95% do tempo do filme é acompanhado por uma musiquinha. Não há um silêncio! Cansa.

Infelizmente, não foi desta que me convenceu. E este era o meu preferido. Voltei a adormecer a meio do filme (acho que aconteceu em todas as vezes que tentava ver o filme). Não consigo ter algum tipo de empatia com algum personagem, com a história.