quarta-feira, 25 de abril de 2018

FRIDAY THE 13TH PART 3 (1982)


Vamos lá continuar com a maratona de Sexta-Feira 13. Porquê? Sei lá... porque me apetece.
Chegamos ao terceiro tomo desta saga, e com ele, algo de completamente diferente e inovador. Estou a brincar. É mais do mesmo... o que não é obrigatoriamente mau. Mas vamos lá ao filme propriamente dito.
Começa com o final do filme anterior, para nos mostrar que, surpresa das surpresas, afinal o Jason não morreu. Depois começa o massacre: aparece um casal de javardos que serve só para aumentar o body-count. É então apresentado o novo grupo, ou melhor, "carne para canhão". Há o casal que vai para o acampamento para pinar, o casal de ganzados (quer dizer, são todos uns ganzados), há a gaja para comer, o puto parvo que tem uns caracóis de fazer inveja ao Marco Paulo, e a final girl do costume. O grupo vai para o acampamento, existe lá um desaguisado com uns punks (tão na moda nos anos 80), etc. Mais uma vez, servem apenas para aumentar o número de mortes no filme. 
Uma coisa que reparei, é a insistência em apanhar gajos a cagar quando o Jason está por perto... De realçar que nenhuma das vítimas apanhadas a cagar limpou o cu quando se levantou.
(Peço desculpa pelo aparte)


Voltando ao grupo: o puto parvo anda o filme todo (pelo menos até à sua hora) a fazer a brincadeira estúpida do "Pedro e o Lobo", ou seja, finge que é vítima, até ao momento em que é realmente vítima e a pessoa que o encontra não acredita. Estava-se mesmo à espera. Aliás, o realizador tomou a opção de não mostrar a morte dele, como que à espera que nós acreditássemos que ele estava a brincar. Para isso funcionar, teria de ser feito mais subtilmente. Mais um aparte: o puto parvo é importante, porque a máscara de hóquei que o Jason usa no resto da saga é dele. Acho que até foi por mero acaso que a máscara surgiu. 

Vamos lá às coisas que gostei no filme. O filme não muitas mortes memoráveis, no entanto há três que gosto bastante e que fazem uso do 3D (o filme todo tem cenas desnecessárias só para realçar o 3D). Há uma gaja que leva com um arpão no meio do olho. Bom. A outra é das mais famosas, quando o Jason aperta a cabeça ao grandalhão de serviço até lhe saltar um olho. E a minha preferida é simples e eficaz. Por alguma razão parva, há um tipo que gosta de caminhar enquanto faz o pino. Claro que isso é aproveitado e Jason dá uma catanada no meio das pernas a esse gajo. Brutal.


O filme tem um tom mais "fun", o que leva a que não se leve a sério. Aqui queremos ver Jason a chacinar pessoas. Por isso não temos grande desenvolvimento e envolvimento das personagens. Esses personagens estão no filme para serem mortos. 
Depois há pequenos detalhes que enriquecem o filme. O Jason ainda é humano. Ele grunhe muito com dores, coxeia... e de vez em quando parece que está a gozar com os personagens, não se limitando a matá-los. 
Um pormenor giro do filme foi a pequena homenagem ao Tom Savini, mestre e técnico dos efeitos especiais e caracterização do primeiro filme. O gajo é mesmo conhecido por ser o "Gothfather of gore". 

Um pequeno trivia só para acabar: este filme fica para a história por ter sido o filme que destronou, depois de meses, ET do primeiro lugar do box-office

Um filme para fãs de slasher e de Jason Voorhees.

TOP Friday the 13th (até ao momento):
1º Friday the 13 Part 2 (1981)
Friday the 13 Part 3 (1982)
2º Friday the 13th (1980)

terça-feira, 17 de abril de 2018

FRIDAY THE 13TH PART 2 (1981)


Sexta-Feira 13, o original, é um clássico. Mas os que se seguiram também, mais não seja porque nos trouxeram Jason Voorhees. E só isso, já é um "must".
Neste segundo filme a história é igual ao primeiro, sem tirar nem pôr. Mas digo desde já que é igual mas em melhor.
A história começa logo (antes do genérico) com a miúda que sobreviveu no primeiro filme. E aqui ela serve, apenas e só, para nos recordar o que se passou antes. Ela está a sonhar com os acontecimentos do filme e como matou Pamela Voorhees. Acorda e pouco depois é morta por Jason. Pumba e começa genérico do filme. Foi uma boa forma de nos recordar o argumento do primeiro e despachar logo a gaja que sobreviveu. Assim não fica ninguém como testemunha. 
Mais, este prólogo serviu para nos introduzir um cliché repetido milhares de vezes: o jump-scare com um gato. Ou seja, quando parece que vai aparecer o vilão, afinal é só um gato que fez barulho. Segundos depois, aparece realmente o vilão.


Depois começa realmente o filme:novo grupo para ser trucidado é apresentado. E, em comparação, este grupo é bem melhor que o grupo do filme original: melhores actores, melhores personagens. 
Aqui a história é, outra vez, básica: grupo de jovens estão em formação para ser monitores em acampamentos. Vão para um sítio ao lado do Crystal Lake, e depois vão sendo mortos. 
O que acontece neste filme é seguido à risca pelas regras sobre filmes de terror. Aquelas regras que nos eram apresentadas no Scream. Meninas que mostrem as maminhas e pessoas que pinem são mortas. E aqui há meninas que andam com calções a mostras as abébias (gosto muito desta palavra) do rabo, há maminhas empinadas, há sexo. E todas as pessoas que se incluam nesse grupo são mortas. Aliás, até a regra clássica: a dada altura, uma gaja, antes de ir pinar o gajo da cadeira de rodas, diz a seguinte frase: "I'll be right back". O que é certo é que não voltou. E o maior ponto negativo deste filme é esse mesmo: não se vê a morte da miúda. Vemos um plano dela a gritar e foi só isso. Para um slasher, não se deveriam conter. 
Mas o filme tem muitas coisas positivas:
- existem muitos planos filmados na perspectiva do assassino. Isso coloca o espectador na primeira pessoa, ou seja, somos nós, o público, que vigia aquelas pessoas. 
- a morte do gajo de cadeira de rodas é bestial, com uma catana na cabeça/ombro.
- gosto do figurino do Jason. Ainda não tem a famosa máscara de hóquei. Aqui é mais humano, apesar de terem dito desde o início do primeiro filme que tinha morrido afogado em criança. E o saco de batatas que tem na cabeça acaba por ser giro.
- a clássica cena final, da morte do Jason. Toda a cena está bem construída e preparada desde o início. A chamada "final girl", a Ginny, é a heroína, e aqui ela é mais que a típica gaja em perigo. Tem mais "sumo". É esperta, e usa a sua inteligência e estudo em psicologia, para lutar contra o Jason, nomeadamente quando assume o papel de mãe para confundir o assassino. Ela mostra um sangue frio que não se vê muito nestes filmes.  Muito bom.

No geral, é um filme muito melhor que o primeiro: melhores actores, o que resulta em melhores intereacções entre personagens. Já temos o Jason. A Ginny é bem melhor, mais inteligente e astuta que a gaja do primeiro filme.
Basicamente, um dos melhores da saga.

TOP Friday the 13th (até ao momento):
Friday the 13 Part 2 (1981)
Friday the 13th (1980)

sábado, 14 de abril de 2018

FRIDAY THE 13TH (1980)


Ah, o bom e velho slasher.. Aquela vontade de ver putos trucidados de todas as maneiras e feitios por um assassino de máscara (ou sem ela). A fórmula é velha, e tomou em "Sexta-Feira 13" um dos seus picos. Jason Voorhees passou a ser um nome a reter e juntou-se a Michael Myers como reis dos assassinos. E sim, eu sei que Jason não é o assassino deste filme, o original. É spoiler, mas um spoiler com quase 40 anos. O Krueger alistou-se pouco depois e completou o trio maravilha do género. (Eu também sei que há mais - Leatherface, Pinhead, etc - mas estes três foram os mais populares.)

Eu sempre fui mais do team-Myers. Halloween (o do Carpenter) é ainda um dos melhores filmes de terror puro de sempre. Mas há uns anos (muitos), quando a RTP 2 passava o mítico ciclo "5 noites 5 filmes", descobri com olhos de ver alguns dos filmes desta saga de Jason. Confesso que não me lembro quais eram, até porque grande parte deles são iguais. E fiquei fã.

Mas vamos ao original. A fórmula era simples, como se quer neste tipo de filmes, e copiada até à exaustão: grupo de adolescentes, normalmente sedentos de sexo, vão para um acampamento e acontece que há lá um assassino que os vai matando um a um, até sobrar uma sobrevivente.
Aqui há todos os clichés que nos habituámos a ver neste tipo de filmes, mas foi aqui que tudo começou. Mamas, sexo, assassino de faca em punho, sangue... A juntar a isso, temos uma banda-sonora que em certas partes faz lembrar Psycho, e um tema mais conhecido que, dá pistas, quase imperceptíveis, sobre o assassino. 


Um filme para lembrar onde tudo começou, e que nos introduziu ao mundo de Jason, mesmo que ele ainda não esteja por lá. Já agora, também deu ao mundo do cinema um muito jovem Kevin Bacon, antes de se tornar a estrela que é hoje. 

Vale bem a pena, mesmo não sendo o meu preferido, pela única razão que falta Jason.