quinta-feira, 20 de agosto de 2015

MISSION: IMPOSSIBLE - ROGUE NATION (2015)


Começo já por dizer que a série Missão Impossível pouco me diz. Devo ter visto um ou outro episódio. Como era pequenito, quando isto passava na televisão eu queria era saber dos desenhos animados ou do KITT, ou o MacGyver. Por isso, aquelas tretas dos filmes não respeitarem a série passam-me ao lado. Pelo que sei, o personagem principal dos filmes nem sequer existe na série. Passemos então essa parte.

Outro dado curioso é o facto de ser Tom Cruise, enquanto produtor, que escolhe os realizadores dos filmes. Pelo menos é o que consta na internet, e todos sabemos que a internet é um poço de verdades absolutas. Mas se assim for, só revela inteligência da parte de Cruise. Senão vejamos: temos 5 filmes realizados por 5 realizadores diferentes. E cada um "impôs" o seu cunho a cada um dos filmes. O que torna complicado escolher o melhor. O pior, é certo e sabido que é o segundo. Tenho tanto carinho por John Woo, que não percebi como foi capaz de fazer aquela merda de filme. É daqueles que está na minha lista de "piores de sempre". Por isso, esqueçamos que existe esse segundo. Para mim, todos os outros são muito bons. 
- O primeiro, do Brian De Palma, é suspense do melhor que há; o do J.J. Abrams é adrenalina pura; o do Brad Bird é quase um cartoon impressionante.
Chegamos ao quinto filme, e o franchise continua fresco sem dar sinais de relaxamento. O Christopher McQuarrie fez um filme que é uma espécie de amálgama dos 3 anteriores (relembro que é para riscar do mapa o segundo filme).

- A cena na Ópera de Viena vai já para o top das melhores cenas do ano! 
- O equilíbrio entre o humor e a acção está muito bom. O Pegg, como gajo da comédia, tem os timings todos. 
- Pela negativa, devo dizer que queria ver mais o Jeremy Renner em acção. As cenas dele eram quase todas de fato e gravata. Opa, o gajo é um gajo de acção. Não o ponham quase o filme todo a falar e a falar e a falar. 
- Cenas de acção (com perseguições à mistura) bem filmadas, quase à moda antiga. Sem muitos tremeliques, tão em voga hoje em dia.

Resumindo, um blockbuster de acção como deve ser feito. 

Nota final: foda-se, e o camelo do Tom Cruise não envelhece???

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

LETHAL WEAPON (1987)


Sabem aqueles filmes que juntam dois polícias? Dois polícias diferentes, antagonistas, que não se dão bem ao início, mas no final são os melhores amigos.. Pois... Parece que existem milhares de filmes assim. Uns melhores, outros piores. Mas para todos os géneros há um "pai". O "pai" dos chamados "buddy-cop movies" foi este Lethal Weapon. Talvez não tenha sido o primeiro, mas foi o que fez disparar o género. Ora, quase 30 anos depois do primeiro filme, Arma Mortífera continua a ser copiado, falado. E sejamos sinceros, desafio alguém a dar-me um título melhor. Não há. Podem vasculhar nas vossas memórias. Aqui sou um autoritário quando digo que NÃO HÁ. 
Riggs e Murtaugh fazem parte das nossas vidas. É como se fizessem parte da família. 
E porque é que este filme é mesmo bom? Porque é. Aqui também sou um autoritário.
Tudo funciona aqui. E atenção, o filme não é a comédia que muitos se calhar têm na memória, à custa das 3 sequelas. Primeiro, o filme começa logo ao som de uma música natalícia, o que poderia fazer antever um início relaxado, mais familiar. Acontece que que somos logo confrontados com uma moça novinha (com cerca de 18 aninhos), com a camisa aberta para se verem as maminhas bonitas, e a tomar umas drogas. Logo, algo muito natalício. A juntar às drogas, a moça de maminhas à mostra atira-se de um arranha-céus. É este o motor de arranque da suposta "comédia". 


Depois é-nos apresentado o Murtaugh, no papel da vida de Danny Glover. Um pai de família em plena crise de meia-idade cujo lema de vida é "I'm too old for this shit". Lema repetido até à exaustão ao longo dos 4 filmes da saga.
Depois de Murtaugh é a vez de conhecermos Riggs. A primeira imagem que temos de Mel Gibson no filme é do seu rabo. Um tipo à beira do abismo, que só pensa em suicídio, e que não o fez devido ao trabalho. Também um tema muito natalício: a primeira cena do gajo é só ele a acordar em pelota de cigarro na mão, a viver numa caravana, ir ao frigorífico e tomar um pequeno-almoço nutritivo que consiste numa cerveja. 


O que posso dizer deste filme é apenas isto: há poucos filmes que consigo ver vezes sem conta. Este é um deles. 
Mais um desafio: pago um doce a quem me der uma dupla que tenha tanta química como Mel Gibson e Danny Glover. É impressionante a naturalidade com que os dois contracenam. 
E o que poderia ainda tornar o filme melhor? Apenas duas palavras: Gary Busey. Qualquer filme que tenha Gary Busey como vilão fica automaticamente melhor. E que ninguém me contrarie porque esta é só uma verdade absoluta.

Por isso em vez de perderem tempo a ver estas palhaçadas de agora, ide lá rever os 4 filmes. 
As sequelas são mais viradas para a comédia, até porque juntaram ao elenco um Joe Pesci. E Pesci é sempre uma mais-valia para qualquer filme.