quinta-feira, 29 de setembro de 2016

TOP DAVID FINCHER (2016)

David Fincher: o gajo que tem acertado em cheio em muitos dos seus filmes, se bem que o início da carreira de realizador foi mais certeiro. Antes de se meter nesta coisa da realização, já tinha trabalhado em telediscos da Madonna, por exemplo. Também foi funcionário da ILM em filmes como o segundo Indiana Jones, O Regresso do Jedi ou A História Interminável. Mas o que me traz aqui hoje são os seus 10 filmes enquanto realizador. Por isso e por ordem de preferência cá vai o meu TOP Fincher 2016 (porque daqui a uns anos deve ter mais filmes que podem alterar esta tabela).

1- SE7EN (1995) - Sete Pecados Mortais 


Filme "analisado" aqui. Dificilmente fará melhor que isto no futuro.

2- ALIEN 3 (1992)


O primeiro filme do gajo é odiado por muitos, inclusive pelo próprio. Diz-se que o filme tem pouco dele. Mas para mim foi um regressar àquilo que era o primeiro Alien: um bicho vai matando toda a tripulação, um a um. (Gostava de ver uma versão em que o Fincher tivesse total liberdade dos estúdios)

3- GONE GIRL (2014), Em Parte Incerta


Uma homenagem perfeita a Hitchcock.

4- FIGHT CLUB (1999), Clube de Combate


O filme que marcou uma geração, mas que na altura se fartou de levar porrada da crítica.

5- ZODIAC (2007)


Apreciem a fotografia deste filme, as interpretações e a montagem.

6- PANIC ROOM, (2002), Sala de Pânico 


Uma lição para quem quer aprender a filmar. Um filme tenso.

7- SOCIAL NETWORK (2010), A Rede Social


O chamado "filme do Facebook". Jesse Eisenberg a fazer de Jesse Eisenberg.

8- THE GAME (1997), O Jogo


Revi-o há dias e adormeci. Tinha ideia de ser melhor.

9- THE GIRL WITH THE DRAGON TATOO (2011), Millenium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres


Uma cena de violação que é puxadinha. Comentado aqui.

10- THE CURIOUS CASE OF BENJAMIN BUTTON (2008), O Estranho Caso de Benjamin Button


O filme mais "nhec" (termo técnico para designar os filmes "esquecíveis") do realizador.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

SE7EN (1995)


É possível que revele algum spoiler, mas se ainda não viram este filmaço com mais de 20 anos, se calhar estão a ler o blog errado. No entanto, considerem-se avisados, pois poderei revelar quem é o assassino por exemplo.
Se7en ou como entrar pela porta grande em Hollywood. Sim, porque este foi o verdadeiro primeiro filme de David Fincher. O Alien 3 tem o nome dele nos créditos, mas o próprio diz (e todos sabemos) que o filme tem pouco ou nada dele.
O que é certo é que este Se7en é um filme do caraças. Desde a primeira vez que o vi, tinha eu uns 14/15 anos. E se na adolescência já achava quer era top, ainda mais agora em idade adulta. Podia ser um banal filme de caça a um serial-killer, mas é muito mais que isso. 
A história é bastante simples: um assassino em série usa como pretexto os sete pecados mortais para cometer os seus crimes. Uma dupla da detectives investiga o caso. E é isto. Uma "banal" história de caça ao homem.
E o que é bom neste filme? Sem querer armar ao pingarelho, eu acho que TUDO funciona no filme. E aqui palavra de apreço por Fincher
Comecemos no genérico inicial. Enquanto passam os créditos, temos imagens cheias de detalhe e requinte do assassino (sem se ver a cara) a preparar mais um dos seus crimes. Aqueles close-ups, as imagens hiper-nítidas. (Lembram-se do genérico da série Dexter? É mais ou menos isso mas muito mais "dark").


Depois pequenas particularidades durante o filme que o fazem distinguir-se de outros. Senão vejamos alguns exemplos de pequenas coisas que enriquecem o filme:
- o som: mesmo dentro dos edifícios é constante o ruído que vem de fora como gritos, sirenes, carros, etc. 
- a cor: sempre em tom escuro num azulado misturado com negro, mas que no final se torna mais claro. Reparem que chove durante o filme todo até à cena em que o assassino se entrega. A partir daí está sempre sol.

Depois temos o elenco: Morgan Freeman com a subtileza que lhe é reconhecida. Brad Pitt nunca esteve tão bem. Kevin Spacey com natureza fria e sem nunca parecer um lunático. 
E finalmente a personagem principal do filme................................................................. a cidade. Primeiro, nunca nos é revelado qual o nome da cidade. E aqui voltamos ao "som". Mesmo quando não temos a cidade como cenário, conseguimos ouvir os sons da cidade. O ambiente chuvoso da cidade que nos faz não gostar dela. Os próprios personagens odeiam lá viver. Morgan Freeman quer chegar à reforma para fugir da cidade; Gwyneth Paltrow revela que odeia lá viver. Ou seja, ela está sempre presente de uma maneira ou de outra. 
Aliás, até diria que um dos temas do filme é a Apatia que se vive nas grandes cidades. É o que leva o Kevin Spacey a cometer os crimes. Quer limpar a cidade dos pecadores, que são tudo menos "inocentes".


Epa, e depois é preciso estômago para ver o filme. É que está feito de tal forma realista que as cenas dos crimes são "pesadas". O que dizer nomeadamente da cena da GULA e da PREGUIÇA? Se numa cena temos um gordo preso à mesa que comeu até rebentar, noutra temos um homem preso à cama para não fugir à preguiça. Foda-se, o raio da cena em que ele acorda ainda me atormenta o sono. Num filme normal, estas cenas seriam mais umas cenas banais. Aqui, elas elevam-se.

E os detalhes continuam no filme. A meia-hora do fim do filme há uma pequena cena que considero bem premonitória de que as coisas poderão não acabar bem. Na cena, o personagem do Brad Pitt chega a casa e vai deitar-se junto da mulher que está a dormir. Ele diz apenas que a ama muito e fim de cena. A cena só tem razão de existir se alguma coisa de mal acontecer a ele ou a ela. Senão era cortada. Acho que esta cena é fulcral para perceber que as coisas não vão acabar bem. E trata-se apenas de alguns segundos.
É este tipo de pormenores que me fazem apreciar cada vez mais o filme. Vou encontrando sempre coisas novas. E tenho a certeza que na próxima vez que revir o filme, este texto já seria maior.

E chegamos ao acto final. A famosa cena do "What's in the box". Temos Kevin Spacey ajoelhado, prestes a terminar a sua missão. Brad Pitt que lhe aponta a arma. Uma caixa de cartão com a cabeça da mulher do Pitt. E Morgan Freeman a tentar convencê-lo a não matá-lo. 
E aqui pergunto eu: quantos de nós não faríamos o mesmo que o personagem do Brad Pitt fez? Quanto de nós não se entregariam à IRA e completassem a vingança da morte da mulher? 


O filme acaba mal. O vilão consegue completar a sua missão com os 7 pecados. E é isso que o filme trata: a vulgaridade dos pecados. É tão normal hoje em dia o ser humano pecar que já é tido como natural. E é por isso que o filme é bom. Porque temos o foco nas pessoas, nos personagens, na história de cada um, e em última análise no ser-humano em geral.
Acaba mal, mas acaba por ser um tratado do comportamento humano. Porque na vida nem sempre há o happy-ending.

(Acho que este texto ficou meio confuso, mas havia tanto para comentar, que deve ter ficado uma salganhada)

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

TOP EVIL KIDS - parte I

O cinema é rico em bons vilões. O difícil é fazer um bom vilão mas criança/jovem. Muito facilmente as crianças no cinema tendem a ser personagens irritantes e mimados com os quais não se tem muita paciência. O exemplo máximo disso é o clássico de Natal com o Schwarzenegger, Jingle All the Way - O Tesouro de Natal. O filme anda todo à volta do puto que quer à força toda um boneco no Natal como se isso fosse significado de felicidade suprema. Dá vontade de dar dois pares de estalo ao miúdo. Acontece que o puto é só irritante e mimado e não tem nada de evil.
Hoje debruço-me sobre crianças e jovens que são mesmo maus, seja por estarem possuídos pelo diabo ou só porque é da natureza dessas personagens.
Para já fica uma curta primeira parte. 

- PET SEMATARY (1989) - Cemitério Vivo, de Mary Lambert


Um pai desesperado em tentar ressuscitar a vida do filho. Consegue-o mas com custos elevados. Um dos meus filmes preferidos baseados na extensa obra de Stephen King. Se não o viram, vejam. Se têm filhos, o sentimento ao ver o filme será outro.

- THE GOOD SON (1993) - O Bom Filho, de Joseph Ruben


Macaulay Culkin como puto psicopata? O que se pode pedir mais numa altura em que vivia como o menino bonito da América depois de Home Alone? Um filme cheio de cenas marcantes culminando no precipício em que a mãe tem de escolher entre salvar um filho mau ou o sobrinho bom.

- VILLAGE OF THE DAMNED (1960) - A Aldeia dos Malditos, de Wolf Rilla


Todas as mulheres, em idade fértil, de uma vila engravidam ao mesmo tempo. As crianças que nascem são todas diabólicas e com poderes. Clássico!!

- HARRY POTTER (2001-2011)


Draco Malfoy foi sempre o puto mimado mas ao serviço do mal que atormentava Harry Potter e companhia. 

- KIDS (1995) - Miúdos, de Larry Clark


O espelho de uma sociedade em decadência. Se não viram o filme, corram já a correr a ver o filme.

- THE EXORCIST (1973). O Exorcista, de William Friedkin


Uma garota possuída por um demónio. Já não há muito a dizer que não tenha sido dito sobre o filme. 

(Nota final: fico à espera de sugestões)

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

THE SHALLOWS (2016)


Tubarões. Os bons e velhos amigos tubarões. Há lá coisa mais fixe que filmes de tubarões? Tirando a saga Sharknado, que continua a inovar, é complicado ser original num filme de tubarões. Desde Jaws, muitos tentaram imitar Spielberg e ninguém conseguiu. Este ano chegou mais um filme "sério" sobre um tubarão que ataca humanos. Claro que o canal SyFy e a Asylum (entre outras companhias) continuaram a fazer filmes estapafúrdios com estes bichos, mas faltava um filme sério. E esse finalmente chegou.
Aqui temos uma boazona a surfar em praia no México. Mete-se em terreno de um tubarão. Gaja é atacada por ele e refugia-se numa mini-rocha no meio do mar. E é isto. Simples mas eficaz.
A primeira parte do filme (até ao primeiro ataque) serve para vermos a Blake Lively desfilar o seu corpo em biquíni. Boas imagens da paisagem, mar e corpo da Blake. E que corpo....
Dá-se o ataque e depois temos um filme do género do 127 Hours (aquele em que o James Franco fica preso numa rocha e tem de cortar o próprio braço). A mulher fica confinada a um espaço e o tubarão sempre a ronda.
Principal ponto positivo do filme: até certa altura mal se vê o tubarão. O que Spielberg nos ensinou com o seu Jaws foi que não é preciso mostrar o bicho para ele nos meter medo. Temos umas sombras, a barbatana e pouco mais. Como se costuma dizer: less is more. A cena do primeiro ataque enquanto a Blake está a surfar é prova disso. Vemos uma sombra na onda e só isso já assusta. Aliás, quando o tubarão ataca um gajo que anda lá no meio, o espectador não vê a cena. O realizador optou por mostrar a reacção dela enquanto o outro era morto. Depois há ali muito corte e costura de perna. Cena muito explícita.


A performance do tubarão também tem que se lhe diga. Trata-se de um inteligente, mas sobretudo paciente tubarão. Passa o filme a rondar à espera do melhor momento de atacar. E depois é de uma agilidade que não se vê muito nestes animais. Não sei o quão real é essa agilidade.
Uma palavra final para a melhor personagem do filme (além do corpo da Blake Lively) que é a gaivota ferida que acompanha a personagem principal durante quase o filme todo. Conseguiram fazer do bicho mais irritante das praias uma coisa fofa.

O que faltou ao filme? Saber o raio do nome da praia onde decorre a acção. Ela passa o filme todo a perguntar o nome e ninguém lhe respondeu.

No geral temos aqui um bom filme do género.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

INDEPENDENCE DAY (1996)


O ano era 1996. um gajo estava ali a fazer os 14 anos.Voz a mudar. Um buço que faz favor. Um trinca espinhas. Era realmente o sonho de qualquer miúda daquela idade. Como não era o puto mais confiante do mundo junto das meninas, refugiava-me com o cinema. A acrescentar a isso, vivia num país que não era o meu. Era o ano em que me tinha tornado emigrante. Ora, num país que não é o meu, onde os filmes se viam dobrados (é bom que o filho da puta que se lembrou de dobrar os filmes pela primeira vez tenha morrido com uma doença venérea e devagar). Ainda estava numa fase em que estava a aprender a língua do país onde estava. É este o contexto da altura em que vi o filme Independence Day pela primeira vez. Na televisão já passavam os trailers que mostravam explosões e destruição: os ingredientes necessários para chamar ao cinema putos como eu. Bem, não só como eu, pois acho que toda a gente deve ter ido ver o filme ao cinema.


O filme é básico na história (a Terra é invadida por aliens) mas rica em tudo o resto. E não estou a exagerar.
Despacho já os efeitos especiais. Tirando o Parque Jurássico, nunca tinha visto nada assim no cinema. Aquelas explosões era hiper-realistas para a altura. E por que razão são tão realistas? Ora, parece que são reais. Há ali miniaturas e maquetes a serem explodidas a sério. Hoje isso era despachado a computador. E por muito avançado que seja o CGI, nada é mais realista que o real. A cena do Empire State Building a ser explodido ficou gravada na minha memória até hoje. 
Depois temos um conjunto de personagens cheios de carisma, algo que dificilmente veríamos hoje em dia. A prova disso é a sequela deste filme. O Will Smith deixava de ser definitivamente o Prince of Bel Air (o Bad Boys é do ano anterior mas na altura não me deixaram ver o filme no cinema pois não tinha idade... WTF). Era o tipo mais cool, que tinha as deixas mais altamente (Welcome to earth) e que andava com uma stripper (ou dançarina exótica como ela dizia). O Jeff Goldblum era o nerd. Antes da malta do The Big Bang Theory, já ele andava a mostrar que o nerd is the new sexy. Toda a gente gosta do Jeff Goldblum. O velho que fazia de pai dele também era engraçado. E depois temos o Bill Pullman, ou Mr. President. Era o presidente americano que queria era andar de caças. A avaliar pelos presidentes retratados nos filmes americanos, são todos pessoas idóneas e íntegras. Mas caramba, o gajo tem a melhor cena do filme com o seu famoso discurso de levantar a moral a todos.
We will not go quietly into the night!
We will not vanish without a fight!
We're going to live on!
We're going to survive.
TODAY, WE CELEBRATE OUR INDEPENDENCE DAY!


E depois um conjunto de personagens secundários que acabamos por nos importar. Todos menos aquele tipo que trabalha com o Jeff Goldblum e que tem uma voz irritante a quem parece que se arrancou umas cordas vocais.

Confesso que o filme foi para mim perfeito na altura em que o vi. Fiz a colecção de cromos da Panini (na Suíça, onde vivia, não sei se era Panini), mas sem a completar. Aliás, nunca consegui completar uma colecção de cromos. E nos anos seguintes revi o filme vezes sem conta. Seja na televisão, cassete VHS ou DVD, todos os formatos são válidos para ver o filme. 

Sim, o filme é ultra patriota, militarista, etc. Mas caramba, ninguém quer saber disso quando temos um bêbedo num avião a sacrificar-se frente à nave-mãe  e mandar para o caralho todos os aliens. Hello boys! I'm back!

Por estas e por muitas outras razões, este acaba por ser um dos filmes da minha vida. Acaba por não ser um guilty-pleasure porque acho, sinceramente, que é um bom filme dentro do género.

Nota final: era para escrever sobre a sequela que saiu este ano, que acabei de ver, mas acho que esse filme não merece mais o meu tempo.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

STAR TREK IV: THE VOYAGE HOME (1986)


Era minha ideia, quando comecei a ver os 395 filmes de Star Trek, fazer um comentário individual de cada um deles ("comentário individual de cada um" parece-me uma expressão redundante). Só que depois comecei a pensar e ia acabar por ser um bocado repetitivo e sem muito para dizer. Assim sendo, e depois de comparar o primeiro filme a Manoel d'Oliveira e Stanley Kubrick (podem ler aqui a magnífica crítica), decidi saltar directamente para o quarto filme da série. E porque faço isso? Porque este quarto filme é o raio do melhor filme de todos. Estou a exagerar?? Claro que não. Dizem que o segundo é o melhor. Pois temos pena. Para mim não é.
Sobre o The Wrath of Khan (o segundo), confesso que esperava bem melhor. Toda a gente diz ser o melhor e tal. Eu gostei do filme mas não me convenceu na totalidade. Tirando o actor que faz de Khan, um tal de Ricardo Montalban (confesso que tive de ir ao imdb ver quem era o senhor), o filme passa-me ao lado. Mas o vilão está demais. E é mesmo o melhor vilão de todos os filmes.
Já o The Search for Spock (o terceiro) é mais do mesmo. Um Christopher Lloyd a fazer de klingon. Mas temos o prazer de ver a Enterprise explodir no final do filme.

Chegamos então ao quarto filme. Este é conhecido pelo "filme das baleias".
Este é o típico filme de "peixe fora de água". De modo a salvar a humanidade, a equipa da Enterprise tem como missão viajar no tempo, até aos anos 80. Vir à Terra, resgatar (ou melhor, raptar) duas baleias, porque de alguma forma elas são a salvação da humanidade no futuro. O bom do filme é ver a equipa tentar integrar-se no planeta Terra numa época que não conhecem. Uma espécie de Terceiro Calhau a Contar do Sol.
É, aparentemente, o mais atípico filme da saga, mas ao mesmo tempo o mais divertido, relaxado, sem se levar demasiado a sério. 
O melhor continua a ser a química entre a equipa toda. Depois a forma como vão tentando entender todas as idiossincrasias da época. Uma equipa que está habituada a percorrer o desconhecido (sempre foi a missão da frota), vê-se a cabo para se integrar no seu próprio planeta. Aqui a Terra é o desconhecido. 
Na série não sei, mas no cinema foi a primeira vez que Star Trek tem como tema a viagem no tempo, o que acabaria por ser recorrente. 


Resumindo, a premissa pode ser um bocado parva (viajar no tempo para ir buscar umas baleias que salvarão a humanidade). Mas acaba por resultar muito bem. E lá no meio ainda tem uma mensagem mais ambientalista.

Nota final: a Enterprise tinha explodido no final do terceiro filme, e aqui aparece como se nada tivesse acontecido. Como?

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

TOP M. NIGHT SHYAMALAN

Havia um gajo a quem uma revista apelidou de "novo Spielberg". Isto ao final de um filme realizado. Não sei se essa mesma revista se arrependeu anos mais tarde disso. O que é certo é que, actualmente, é fácil e parece bem falar mal do gajo. Eu não sou desses. Um gajo que já me ofereceu horas de arrepios na espinha com bom cinema merece o meu respeito. E por isso, e por culpa dos gajos do podcast VHS (que fizeram um episódio dedicado ao verdadeiro Avatar), segue o top dedicado ao realizador. 
Ao contrário da maioria das minhas listas, esta é por ordem de preferência (do pior para o melhor).

AFTER EARTH (2013), Depois da Terra


O único filme realmente mau do gajo. 

LADY IN THE WATER (2006), A Senhora da Água


Devia ser tão bom que não me lembro de nada do filme (a rever).

THE LAST AIRBENDER (2010), O Último Airbender


Não tão mau como o pintam. Não tão bom como poderia ser.

THE HAPPENING (2008), O Acontecimento


Poderia estar mais abaixo na lista mas é tão divertido. Mas daqueles divertidos involuntariamente. Poderia ser um filme do Hitchcock se ele substituirmos as árvores por pássaros.

THE VILLAGE (2004), A Vila


O trailer promete um filme de monstros e temos apenas um drama. Apesar de criticado, eu gostei do twist e do filme.

THE VISIT (2015), A Visita


Uma surpresa de filme que mistura comédia (aqui voluntária) com algum suspense. O comeback do gajo. Poderão ler umas palavrinhas sobre o filme aqui.

UNBREAKABLE (2000), O Protegido


Um belo filme de super-heróis.

SIGNS (2002), Sinais (ex-aequo)


Já falei do filme aqui. Um dos melhores filmes sobre invasões alienígenas. Se Hitchcock tivesse feito um filme de ficção-científica, seria mais ou menos assim.

THE SIXTH SENSE (1999), O Sexto Sentido (ex-aequo)


Entrar pela porta grande nos grandes filmes mais mainstream. Estamos o filme inteiro com um arrepio na nuca.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

STAR TREK: THE MOTION PICTURE (1979)


Star Trek: 13 filmes e mais de 800 episódios de várias séries televisivas. Não sou do "team-Trek". Não sei porquê, aquele universo nunca me cativou. Sempre fui mais admirador das odisseias de Star Wars. E não sei se é possível gostar dos dois franchises ao mesmo tempo. Deve mesmo estar cientificamente provado que não dá. 
Sobre o Star Trek, a minha ideia pré-concebida da coisa é que era uma valente seca. Até há uns dias atrás, a única coisa que alguma vez vira sobre Trek era mesmo só dois filmes. Há uns dias, decidi mergulhar nisto e já vi meia dúzia de episódios da série original e corri os filmes todos (a comentar no futuro). 
Comecemos então pelo princípio (no cinema e não na televisão).
Um realizador bué famoso dos anos 50, o Robert Wise, decidiu pegar na marca e levá-la ao grande ecrã. O gajo já tinha feito uns clássicos de ficção científica. Quer dizer, um clássico, o The Day the Earth Stood Still (1951). Também fez mais uns clássicos mas de outros géneros, como o terror e filmes a armar ao pingarelho como o The Sound of Music
Bem, pegou no Star Trek e o que é que ele quis fazer? Armou-se em Kubrick e quis fazer um novo 2001 A Space Odyssey. E quais são os pontos comuns entre este Star Trek e o filme de Kubrick? São os dois uma valente seca. Se o Manoel d'Oliveira tivesse feito um filme de ficção científica era mais ou menos isto que sairia. Tudo no filme é lento. Um exemplo disso é a primeira aparição da nave Entreprise. Quando o Kirk vai para a nave para partir em missão, essa cena parece que dura duas horas. Vemos todos os planos e mais alguns da nave. O olhar embasbacado do capitão. E a cena culmina com uma visão de frente da nave. Mas é tudo tão lento que passei o tempo com a expressão: "AVANCEM CARALHO".
Depois, o filme tem lá uns diálogos um bocado horríveis e com problemas de argumento. Então o Cap. Kirk é o maior mas no início do filme só toma decisões erradas e com consequências. 
O elenco vem todo da série original. O Shatner ainda tinha carisma. O personagem do Spock (Leonard Nimoy) é chato, e confesso que não gosto muito do Sulu (George Takei).
Resumidamente, acaba por ser o filme que se aproxima mais dos primeiros episódios da série. É basicamente um filme de sci-fi dos anos 50 mas realizado em finais da década de 70.