terça-feira, 21 de novembro de 2023
MAN ON FIRE (2004)
sábado, 18 de novembro de 2023
CAST AWAY (2000)
terça-feira, 7 de novembro de 2023
EL DORADO (1966)
quinta-feira, 27 de julho de 2023
A Nightmare On Elm Street (1984)
Lembrar-me de como era a minha vida antes de conhecer Freddy Krueger é tarefa impossível. É personagem que sempre esteve presente na minha memória. Aliás, lembrar-me quando foi a primeira vez que vi qualquer um dos filmes também não é fácil. Nos anos 80 não havia muito cuidado com os filmes que as crianças podiam ver. É certo que o acesso aos filmes era mais complicado. Ou era através da televisão, e não havia uma box para voltar atrás, ou então através de vídeo: ou alugávamos ou havia alguma VHS perdida com os amigos (que poucos tinha). A primeira imagem que tenho na cabeça do Freddy nem é do filme original, mas da sequela (se bem que na altura eu sabia lá qual estava a ver). E era a cena do autocarro (não sei se a cena inicial ou final).
No campeonato dos "big 3" (entre Halloween, Sexta-Feira 13 e Elm Street) o Freddy nem era o meu preferido. Sempre fui mais team-Michael Myers. E hoje continuo a ser. Mas Freddy Krueger é especial. Para já, é o único com "personalidade" e fala (se excluirmos os Halloween do Rob Zombie).
Mas centremo-nos no filme original, aquele que apresentou Freddy ao mundo. (Porque nunca ninguém falou que chegue dos filmes, nem há milhares de podcasts que esmiúçam o filme ao detalhe. É sempre preciso mais uma opinião).
E o que faz este filme o clássico do género e tido como um dos melhores slashers de sempre?
O filme começa como um filme de terror adolescente banal: temos um grupo de amigos que são o cliché - o casal mais sexual (Tina e o Rod), a menina mais puritana (Nancy) e o gajo mais cool (Glen).
E se no início começamos por pensar que a final-girl vai ser a Tina, até porque é ela que acompanhamos logo e são dela os primeiros pesadelos. Isso é-nos contrariado quando é morta na primeira parte do filme (a fazer lembrar Psycho ou Scream). E que morte!!! Assim vale a pena ver uma miúda ser trucidada. Depois disso percebemos que a protagonista é mesmo a Nancy (Heather Langenkamp). E quem é que não teve uma crush pela Nancy?? Aquele ar de menina que não faz mal a uma mosca mas que deixávamos fazer tudo.
E vale a pena elogiar a personagem da Nancy: se no início ela aparenta ser uma banal vítima de um qualquer slasher, ela evolui de tal forma que no final se torna numa badass, capaz de rivalizar com o Macaulay Culkin no Sozinho em Casa. A forma como derrota o Freddy é disso prova.
Mas a estrela do filme é claro o Krueger. E o gajo tem no máximo uns 8 minutos de tempo de ecrã. E a evolução dele é também notória. Ele aparece inicialmente como um palhacito: a forma como corre, todo desengonçado, e persegue a Tina. Os braços que esticam, etc. Mas à medida que as pessoas vão acreditando nele e tendo mais medo, ele vai ganhando força. E ainda hoje é aterrador.
Depois o filme é todo ele conceptualmente e visualmente deslumbrante. Aquelas transições entre sonho e realidade são qualquer coisa... Tudo isso acompanhado de uma banda sonora com aquelas notas de piano que tornam tudo mais sinistro e transporta-nos para o onírico. Injustamente não se fala muito da música deste filme, até porque o rival de Halloween tem uma que ficou mais na história.
Resumidamente, e em bom português: é um filme do c@r@lho, que vou gostando cada vez mais.
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
HALLOWEEN H20 (1998)
EM DEFESA DE HALLOWEEN H20
Não é que tenha qualquer autoridade para ser o advogado de defesa de qualquer filme, mas caramba, parece que este se perdeu no esquecimento, e não merece. Ainda mais com esta nova trilogia, que vem reescrever ou introduzir uma nova linha narrativa à saga.
Vendo o copo meio cheio, já são três as linhas narrativas que têm por base o filme original do Carpenter. E há para todos os gostos.
H20 ignora o 4, 5 e 6, ou seja, a personagem central anterior, a Jamie (que era filha da Laurie Strode) foi com os cães.
Aqui passamos directamente da noite do massacre do 1º e 2º filme e saltamos para 20 anos depois. E aproveito este salto para passar em revista os pontos positivos que me levam a argumentar que este é um dos melhores filmes do franchise.
O ponto principal é mesmo a Laurie. É certo que continua "assombrada" pelos eventos de 1978, mas conseguiu levar uma vida "normal", ainda que com uma identidade nova. Acho esta versão da personagem bem mais realista que a versão destes novos filmes. Aqui ela conseguiu viver para além do Myers: tem uma carreira de sucesso, é divorciada mas tem um filho com quem tem uma relação saudável, tem namorado. Ou seja, mantém uma vida dita normal, apesar de numa noite, quando era jovem, a terem tentado matar. Vive com o trauma, bebe uns copitos às escondidas, mas vive. É um retrato, volto a repetir, bem mais realista que a versão mais bad-ass da nova trilogia.
Depois a mudança de local foi uma lufada de ar fresco. Chega de Haddonfield e passamos para um campus de ensino privado na Califórnia. Há ali alguns cenários porreiros para umas cenas de suspense.
Uma das coisas boas deste filme é a realização do Steve Miner (já tinha estado ligado à concorrência do Friday the 13th). O gajo enche o filme de pequenos easter-eggs, homenagens aos filmes do género e à própria saga. Mas nunca são enfiados a martelo. Surgem de forma tão fluida que muitos nem nos apercebemos deles. O meu preferido é a inclusão da Janet Leigh (a estrela do Psycho) com um pequeno papel, e numa cena com ela ouve-se a música do clássico de Hitchcock. Perfeito.
Ah. e o elenco. Cheio de caras conhecidas, alguns a começar a carreira. Joseph Gordon Levitt, Michelle Williams, Josh Hartnett, LL Cool J.
Outro dos argumentos que uso para defender o filme é a sua duração. É curto e grosso. 82 minutos com genérico incluído. Não perde tempo com coisas desinteressantes.
No entanto, o filme tem um grande senão: o maior ponto negativo do filme é mesmo o Michael Myers. Não sei o que se passou na produção que a máscara não resulta. Não percebo. Um adereço tão básico e falham redondamente. Numa ou outra cena, até uma máscara digital utilizam. ??????? Também o actor é muito "lingrinhas" para fazer de Myers. Queria um actor mais imponente.
Em jeito de conclusão, é um filme de terror feito naquela senda do terror pós-Scream. E pode ter surgido muita merda depois do Scream. Mas quando é bem feito (como neste caso), os filmes envelhecem bem.
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
TOP 2021
Vamos lá recapitular o ano. Num ano em que vi uns 20 filmes.
- MELHOR DUPLA: TOM & JERRY (menção honrosa para Malignant)
- MELHORES PRIMEIROS 10 MINUTOS: MORTAL KOMBAT
- PERSONAGEM MAIS FOFINHA: SEBASTIAN EM SUICIDE SQUAD
- MELHOR FATO DE SUPER-HERÓI: ANA DE ARMAS EM NO TIME TO DIE
- MELHOR CAMEO: CHARLIE COX EM SPIDER-MAN NO WAY HOME
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
THE BEATLES: GET BACK (2021)
Antes mais, tenho de informar que tenho uma nova trilogia preferida do Peter Jackson.
The Beatles são aquela banda que não precisa de apresentações e que irão perdurar nos anais da história. Mais depressa os humanos se extinguem que esta banda seja esquecida.
Ora, parece que existiam centenas de horas de filmagens de um suposto documentário. Horas essas, filmadas em 1969 naquele mês que levou ao famoso concerto no topo de um prédio e à gravação do álbum "Let It Be".
Confesso que quando entrei neste épico de mais de 7 horas, pensei ir ver os 4 génios à bulha entre si, pois isto antecede a separação. E por mais teorias que possamos ter sobre as verdadeiras causas da separação, muitas caem por terra. E a menos que a edição deste documentário seja tão "aldrabona", o que vejo aqui são 4 tipos que se adoram, com perspectivas diferentes sobre muitas coisas, mas que no fundo só se querem bem. Não vejo nenhuma rivalidade entre McCartney ou Lennon. Vejo só um tipo (McCartney), que depois da morte do seu produtor por overdose optou por tomar as rédeas e ser quase o líder da banda, até porque o Lennon estava mais interessado na Yoko (figura que aparece SEMPRE ao lado do músico), o Harrison queria voar a solo, e o Ringo era mais um conciliador.
Sobre este documentário em si, o maior elogio que lhe posso dar é que as mais de 7 horas de duração passaram a correr. Uma montagem impecável. E se a imagem super limpa pode tirar a magia, a mim não me incomodou. Aliás, só nos aproximou àquelas lendas. Durante aquelas horas, vivemos as alegrias, dúvidas, tristezas e amarguras daqueles que são e serão os maiores entre nós.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
IN THE NAME OF THE KING (2007)
Uwe Boll.... Sim, vou gastar um pouco do meu tempo a escrever sobre um filme do Uwe Boll.
Dicas para apreciar um filme do Uwe Boll:
Dica 1: ter as expectativas lá muito em baixo... assim no lodo.
Dica 2: ver o filme acompanhado de uma garrafa de aguardente. Mas daquela rasca. Nada acima de 2€ o litro.
Seguindo estas dicas, estão criadas as condições para se vir a apreciar uma obra cinematográfica do Rei Boll.
E como toda a gente gosta de malhar (cascar, falar mal) dos filmes do gajo, eu vou ser diferente e apontar porque curti o filme.
Ora, o filme começa com Jason Statham a apanhar nabos da terra (sim, não é engano, a apanhar nabos) e o Ron Perlman a passear um porco de trela. Dois dos gajos mais machos de Hollywood a fazer coisas "machas". A partir daqui eu só disse para mim mesmo (já que ninguém quer ver isto comigo), que este filme vai ser do caraças.
Se o filme pode ser uma cópia barata (apesar dos 60 milhões de dólares de orçamento) do Lord of the Rings? Epa, talvez... Mas este ao menos não perde tempo com 560 historietas que não interessam. #chupaTolkien
Sim, o filme tem uns Orcs marca branca, mas também tem ninjas (onde estão os ninjas nas 10 horas de Senhor dos Anéis?). Tem guerreiras que andam nas árvores em trajes provocatórios (onde estão as gajas boas no LOTR?). Tem feitiçaria, onde o Ray Liotta roubou o casaco ao Keanu Reeves do Matrix. Tem lá pelo meio o Matthew Lillard a fazer exactamente o mesmo papel que fazia no Scream. Tem cenas que são uma autêntica comédia slapstick, por exemplo a cena da ponte (quem viu vai saber do que falo).
O único ponto negativo do filme é mesmo a banda sonora. Senhor Uwe Boll, nem todas as cenas precisam de música a acompanhar.
Se o resto da trilogia for metade disto já fico contente.
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
THE RETURN OF THE JEDI (1983)
Então não é que me dei conta que nunca tinha escrito nada (exclusivamente) sobre este filmaço. Durante anos andei a dizer que este era o menos preferido da trilogia original. Seguia as multidões dizendo que era o Império Contra-Ataca e no meu ranking "oficial" até pus o primeiro em primeiro. Este era sempre o "eterno terceiro". Mas uma coisa é certa, hoje não faço distinção e vejo os 3 como um único filme (à semelhança do Regresso ao Futuro). Mas se tivesse que eleger um, como o melhor, é provável que hoje dissesse "O Regresso do Jedi é o melhor de toda a saga".
Sim, eu sei que este filme inclui Ewoks (criaturas fofinhas) a combater um exército de Stormtroopers, e qual é o mal disso??
Mas este filme tem tanta coisa boa, desde a mais profunda à mais supérflua. Para um tipo básico como eu, umas das coisas boas deste filme é a Leia enquanto "escrava" de Jabba. Sim, podem dizer que objectifica a mulher, mas aquele biquíni é de me benzer e não dizer o que se fazia com aquela mulher. Em mais nenhum filme da saga há alguma coisa tão sensual e sexual como a Leia naqueles preparos.
Depois temos uma cena cheia de adrenalina na perseguição com os speeders (hoje em dia pode não parecer tão bem feita, mas desde sempre me fascinou).
Mas o que faz deste filme superior a qualquer um dos outros, é o acto final, desde que Luke se encontra com Vader e o Imperador. A carga dramática, o duelo entre Luke e pai, a tentação de passar para o Lado Negro, e o Imperador. A juntar a isto, toda a batalha espacial e na Lua de Endor. E sou dos poucos que defende os Ewoks (neste filme... não nos filmes próprios). Quase que solto uma lágrima quando vejo um dos Ewoks atingido (e morto) e o outro a tentar levá-lo. Acho que as pessoas é que têm pedras no coração por isso não gostam deles. Mas o clímax sentimental é quando Vader salva o filho da morte certa às mãos do Imperador e se sacrifica. Foi um fechar perfeito para a personagem do Anakin. Se por amor se juntou ao Lado Negro (Episódio III), por amor saiu de lá.
E aquele final com a celebração da vitória deu um quentinho no coração (seja na versão original ou na versão alterada com os povos de toda a galáxia). A música em harmonia com o reencontro de todos, inclusivamente Yoda, Anakin e Obi-Wan) foi um fechar com chave de ouro uma trilogia (para mim perfeita).
(Nota final: em que momento (específico ou não) o Boba Fett ganhou a popularidade que tem para todas a gente não ter gostado da forma como morreu neste filme? Ele mal está presente nos 3 episódios.)