terça-feira, 1 de outubro de 2019

RAMBO: LAST BLOOD (2019)


Tem Stallone? Check; Tem o personagem Rambo? Check; Estão reunidas as condições para ter aqui o melhor filme do ano. Podem fechar as urnas.

Sim, Stallone está velho, se considerarmos 73 anos velho para fazer de Rambo. Mas podem trazer o velho John Rambo de andarilho, a sofrer incontinência, que vai para as filas dos centros de saúde reclamar das maleitas que tem, que eu vou ver, vou curtir e vou sair da sala de cinema com um sorriso na cara. E foi isso que aconteceu neste quinto filme da saga.

É possível que dê algum SPOILER.

E desde já digo: este é o filme Rambo menos Rambo de todos. Falta-lhe a vibe Rambo, se é que me faço entender. Mas isso não faz deste filme mau. Nunca na vida. Mal começou o filme e no ecrã aparece apenas a palavra RAMBO, senti logo um arrepio na nuca. Depois é o enquadrar da história, na primeira parte do filme, para depois sermos recompensados na segunda. 


A história é simples: Rambo vive descansado da vida e chateiam-no, e quando chateiam Rambo, podem encomendar o caixão. Neste caso, a "filha" é raptada no México para ser vendida como escrava sexual e isso é uma situação chata. Estão a ver o Liam Nesson no primeiro Taken? É mais ou menos isso que acontece. A diferença aqui (e confesso que não estava à espera) é que quando ele recupera a rapariga, esta morre. E temos a justificação ideal para o que se vai passar depois. Rambo prepara a sua casa com armadilhas dignas de um Kevin McCallister (referência óbvia a Home Alone) em modo psicopata, e é o banho de sangue que faz corar qualquer slasher-movie dos anos 80. 

Nesta altura do filme eu estava com um sorriso na cara e só me apetecia gritar no cinema YEAHHHH, cada vez que algum bandido perdia a cabeça ou algum membro. 

Em jeito de conclusão, acho que vai faltar coragem à Academia para Oscarizar este filme. O típico feel-good movie.