quinta-feira, 15 de março de 2018

TOMB RAIDER (2018)


Parece que Hollywood não desiste da sua busca do Santo Graal: fazer um filme de jeito baseado num jogo de vídeo. Existem alguns, que gajos como eu, da minha geração, curte ao máximo. Mortal Kombat - acompanhado da banda-sonora que toda a gente conhece - é um exemplo disso, mas convenhamos que o filme era fraquito. O Super Mário, apesar de ser um guilty-pleasure meu, é mau. Dos Resident Evil é melhor nem falar. Os Tomb Raider da Angelina são outros guilty-pleasures. Aqueles mais recentes, Assassin's Creed e Warcraft, são aborrecidos e sem história. E como estes, mais exemplos eu podia dar. 

Desta vez, para voltar a fazer o reboot de Lara Croft, a receita é a mesma: pegar numa actriz Oscarizada recentemente, e fazer dela heroína. A história? A história que se lixe. Mas quanto a isso já lá vamos.

O meu conhecimento do universo de Lara Croft resume-se ao cinema. Nunca fui de jogar os jogos, por isso só conheço mesmo os filmes da Angelina Jolie. Por isso, para mim é impossível não cair em comparações. Mas se a Angelina era baseada numa Lara Croft mais sexy, com mais curvas (a dos primeiros jogos), a personagem da Vikander baseia-se mais no reboot do próprio jogo (creio que de 2013). Aliás, nos tempos que correm, do politicamente correcto e de movimentos como o #MeToo e outros, a Lara Croft da Angelina não se fazia. É que, apesar de ser uma heroína cheia de skills e que dá cabo dos homens, também é vista quase como um objecto sexual aos olhos dos homens. E isso agora, nem pensar. E sim, a Lara Croft da Angelina acompanhou os sonhos molhados de muito gajo tarado (onde eu me incluía). 


Sobre este mais recente, não será este filme a descobrir a pólvora dos filmes baseados em jogos. Mas também não cai na vergonha. Entretém e tal, cai no mesmo erro de tantos outros, que é deixar a história para segundo plano com alguns plot-holes que até uma criança de 6 anos apanha. 
Confesso que nunca tinha ido muito à bola com a Alicia Vikander, mas fiquei 100% convencido e ela foi mesmo o melhor do filme. Claro que as cenas de acção estão todas nos trailers, por isso resta pouco para surpreender. Aqui, ela é mais "humanizada" que nos filmes anteriores, se bem que ela passa por tanto e nunca estica o pernil. Mas isso eu perdoo... 
No geral, preguiça na escrita, muito bom desempenho da estrela, cenas "sacadas" dos jogos. 
No próximo, se se preocuparem mais com a história, pode ser que finalmente façam um bom filme de aventuras baseado num jogo de vídeo.


PS - faltou uma cena com a Lara Croft no duche, e isso é imperdoável.
PS 2 - adorei aquele final-shot do filme com a Lara com duas pistolas e de sorriso na cara.