sexta-feira, 19 de junho de 2015

SPEED (1994)


SPOILERS, DUH!

Ah que saudades dos anos 90. Essa década com filmes de acção como deve ser. Se calhar ainda hoje os há. Mas a aura dos anos 90 era única, principalmente para a minha geração. Porque são os filmes que vemos na nossa infância e adolescência que ficam guardados. Por vezes podem ser um valente pedaço de bosta, mas nós não nos importamos. E o que digo da década de 90 é válido para os anos 80. No entanto os filmes eram diferentes.
Ora, ali para meados dos anos 90, um gajo estreia-se em grande na realização. Jan De Bont antes era só director de fotografia de muitos filmes. O que é certo é que o tipo arriscou e saiu-se optimamente. Speed era o seu filme. Convocou uma ainda jovem Sandra Bullock, a típica "girl next door" que qualquer macho queria levar para casa. E Keanu Reeves, que antes disto já tinha alguns sucessos (Drácula, Point Break ou o Bill & Ted). Ora Keanu Reeves era o equivalente da Bullock mas para o sexo feminino. O problema do Keanu é só um: não é grande actor. Mas isso não interessou. Este filme acaba por ser o seu grande papel na carreira. Um action-hero à anos 90! 


O filme em si, são quase duas horas de pura adrenalina. É que é de início ao fim. E enganem-se aqueles que que o filme é só "cena do autocarro". Aliás, para chegarmos ao autocarro propriamente dito, temos de passar toda um resgate de pessoas de um elevador. E até isso é cool! Ah, junta-se ali o Jeff Daniels, mas ele basicamente está lá só para dar alguns conselhos de como desarmar bombas, levar um tiro do Keanu, e depois morrer numa explosão. E a expressão dele no segundo antes da dita explosão é impagável.
Passa meia-hora de filme e entramos no autocarro. Aí encontramos um grupo de pessoas, cada uma com a sua característica. O normal neste tipo de filmes. Tudo cliché, mas nós papamos isso sem problema nenhum. E pronto, é uma cena que demora quase uma hora. Ora, aguentar um filme em que uma hora se passa dentro de um autocarro tem de ter os seus méritos. 
Acaba-se a cena do autocarro, e o filme ainda não acabou. Há mais para nos oferecer. 
Resumidamente, começamos no elevador, continuamos no autocarro e vamos terminar no metro. E no metro temos a morte do vilão. Aquele arrancar de cabeça não sei se é muito plausível, mas que é engraçado lá isso é!


E fim de filme, que mal nos deixou respirar!
Vamos entretanto esquecer que existe um Speed 2, que é das coisas mais ridículas que alguma vez se viu no cinema! Não, a sério, NÃO VEJAM! Vejam antes vídeos de gatinhos ou assim!

Nota final: se os anos 80 tiveram o Die Hard... o mais próximo que existe nos anos 90 talvez seja este Speed.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

JURASSIC WORLD (2015)

Jurassic World ou o vídeo de casting de Chris Pratt para Indiana Jones.


É capaz de haver SPOILERS.
Foram precisos 22 anos de espera por mais uma sequela do primeiro filme. O que pensaram os produtores, realizador, argumentistas? Vamos cagar para o 2 e o 3, e vamos fazer uma espécie de sequela que serve de reboot
Dúvida principal: valeu a espera? 
Valeu pois!
Sejamos sinceros: não comparemos este World com o filme de 1993. São tempos diferentes.
A idade de um puto que ficou maravilhado em 1993 com o Jurassic Park não é a mesma idade em 2015. E um puto de 11 anos em 1993 é diferente de um puto de 11 anos de 2015. 
Os putos de agora já não ficam maravilhados com algo que vêm no cinema. Vêem hoje um filme. Amanhã já o esqueceram, porque entretanto já sacaram outra coisa qualquer para ver. Os putos de agora não ficam meses a falar de um filme que vai chegar ou que acabaram de ver. É triste (na minha opinião) mas é a evolução dos tempos. Tenho pena que um filho meu não vá sentir esse deslumbramento numa sala de cinema. 
Pequeno aparte:
No ano passado, durante a reposição do Jurassic Park nos cinemas, desta vez em 3D, fiz um exercício curioso. Fui ver a reposição duas vezes ao cinema. Das duas vezes havia miúdos na sala. Experimentei ver as reacções dos miúdos em cenas que achava que deslumbravam, como por exemplo a cena onde aparece o primeiro dinossauro. Não houve a mínima mudança nas caras desses miúdos. Os pais pareciam mais entusiasmados que os filhos. De certa forma fiquei desiludido, mas tive que me resignar. Os tempos são outros.


Bem, a minha ansiedade para este filme era muita. Depois da saída do primeiro trailer, a ansiedade foi-se mantendo.
E começo pelas conclusões: saí satisfeito do filme. Gostei do rumo que as coisas iam tomando, apesar da normal previsibilidade das coisas.
Por um lado, nota-se que foi feito por fãs e para os fãs do primeiro filme. Existem tantos pequenos "easter-eggs" ou pequenas "homenagens" ao primeiro que tive dificuldade em apanhar todas. E na maioria das vezes  notou-se que não eram metidas a pontapé, como muitas vezes acontece noutros reboots. Essas "pequenas homenagens" faziam sentido (ainda tenho de voltar a ir ver para conseguir apanhar todos esses detalhes).
Bem, da história já se leu muito nessa internet: temos agora o parque a funcionar, cumprindo o sonho de John Hammond. Em vez da meia dúzia de personagens do primeiro filme, temos aqui 20,000 pessoas, que são potenciais refeições às dezenas de espécies de "animais".
Temos um Indominus Rex, que tem mais dentes que qualquer outro dinossauro e com a capacidade de um Predator, ou seja, camufla-se tal e qual um camaleão.
Uma das questões que afligiu os fãs foi o facto de nos trailers termos uns raptors amestrados. Epa, o rumo que isso acabou por tomar funcionou. Desde o primeiro filme que se fala da inteligência acima da média destes personagens. E convenhamos, se já no primeiro filme os Velociraptors eram os dinossauros mais cool, aqui isso não foge à regra. Mas lá está, neste há um "too much CGI"... Mas pronto, mesmo esse CGI não soou tão a falso como noutros filmes actuais.
Outro dinossauro em destaque foi o Braquiossauro doente. Talvez o único dinossauro a ser representado por um boneco real, construído pela equipa de efeitos especiais.
Finalmente, o T-Rex. Há pouco T-Rex neste filme, mas ele aparece (tal e qual no primeiro filme) para salvar o dia e mostrar quem é o verdadeiro Rex! Mesmo na cena final, é ele que aparece em grande plano com vista para toda a ilha, como a mostrar que é ele que ali manda.


Dos actores, Chris Pratt é digno sucessor de Sam Neill. Impecável, até porque já conhecemos o lado mais cómico que ele consegue incutir nos personagens. Aposto o meu testículo esquerdo em como ele será o próximo Indiana Jones!
De resto todos cumprem!

Pontos negativos:
- a cena do beijo, enquanto muitos morrem por trás!
- a gaja passa o filme todo a correr e fugir de saltos altos!
- Muito CGI, ainda que o CGI seja bom!
- Falta uma "kitchen scene".

Nota final:
Irei rever o filme no cinema, desta vez em 3D, mas só daqui a umas semanas para apanhar a sala vazia, e não levar com os pipoqueiros! Eu sei que é um filme-pipoca, mas caramba, não precisam de fazer tanto barulho!

quarta-feira, 10 de junho de 2015

TOP DINOSAUR MOVIES

Parece que hoje (dia 10 de junho) estreia um pequeno filme de uma pequenita saga, que começou em 1993 com um filme que pouca gente viu que era o Jurassic Park (Ide lá ver o filme que parece que o Spielberg fez um trabalhito porreiro).
Ora, trata-se de um filme de um tema que agrada à pequenada e mesmo adultos, que são os DINOSSAUROS.
Por isso, quais são os melhores filmes/séries de dinossauros que conhecem? Eu conheço alguns. Estes são os meus favoritos.
(sem ordem específica como é meu apanágio)

- JURASSIC PARK (1993)


- LES AVENTURES EXTRAORDINAIRES D'ADÈLE BLANC-SEC (2010)


- THE BEAST FROM 20,000 FATHOMS (1953)



- DENVER, THE LAST DINOSAUR (1988-90)


- DINOSAUR (2000)


- DINOSAURS (1991-94)


- GODZILLA (1957)


- KING KONG (2005)


- KUNG FURY (2015)


- THE LAND BEFORE TIME (1987)



- THE LOST WORLD (1925)


- THE LOST WORLD: JURASSIC PARK (1997)


- JOURNEY TO THE CENTER OF THE EARTH (1959)


- SUPER MARIO BROS (1993)




- CARNOSAUR (1993)



Estava só a brincar, quando coloquei este Carnosaur... Talvez o pior filme de todos os tempos.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

STARSHIP TROOPERS (1997)


O ser humano é muito esquisito. Há uns tempos surgiu nessa internet a "polémica" sobre a cor de um vestido: uns diziam que era azul, outros que era dourado. Como é que havia pessoas que viam aquilo dourado é que eu não sei. Aquilo era azul e ponto final. Parece que há uma razão científica para isso acontecer, mas não me apeteceu ir investigar, e também não é importante para o caso. Ora, serve este exemplo do vestido azul (ou dourado) para servir de uma espécie de analogia com este filme de Paul Verhoeven. Uns "lêem" o filme de uma forma e outros de formas completamente opostas ou diferentes. Uns dizem que Starship Troopers é um filme todo ele pró-militarista, outros dizem que tem de ser visto como uma sátira política. Seja lá qual tenha sido a intenção do autor da história, o que é certo é que o filme foi completamente trucidado pela crítica em geral na altura em que saiu. Pelo menos foi a ideia que guardei na memória. Poderá até estar errada. (Hoje o filme tem um sólido 63% no Rotten Tomatoes e um bom 7,2 no imdb). 
Bem, o filme saiu em 1997. Provavelmente só o terei visto em 1998, nessa instituição que é (tempo presente) o VHS. Ora, em 1998 eu tinha uns 15/16 anos. E eu estava-me completamente a cagar para sátiras políticas em filmes. Eu queria ver mamas, acção, gajas boas com as mamas de fora, ficção científica, tiros e mais mamas. Ora, Starship Troopers tinha disso tudo. Eu queria lá saber se os actores eram fraquitos. O que interessava é que a Denise Richards era a boazona, apesar de aparecer sempre vestida! Já disse que eu queria era ver mamas?
Resumindo esta primeira parte: este foi um dos meus filmes da adolescência. Via-o regularmente, fosse na televisão ou na velha VHS gravada da televisão. 


Acontece que ao longo dos anos vai acontecendo essa coisa chata de envelhecer. começamos a gostar de coisas novas. A perder o interesse de outras. Mas uma coisa manteve-se: o gosto por mamas (acho que já começo a parecer um tarado). Outra coisa que se manteve foi o gosto pelo filme. Mas lá está, com o envelhecimento serviu para começar a reparar noutros pormenores do filme.
Vejamos então alguns desses pontos: 
- elenco bonito como que a querer fazer entender que estamos numa sociedade idílica;
- filme claramente anti-fascista;
- será coincidência, grande parte dos actores serem loiros (a roçar o ariano)?
- está lá o filho do Gary Busey. Se não podemos ter o pai (devia ser obrigatório ter o Gary Busey em todos os filmes), então que apareça o filho;
- é impressão minha, ou os efeitos ainda hoje são top? 
- eu queria dizer qualquer coisa sobre o facto dos militares aderirem aos banhos comuns entre homens e mulheres;
- mulheres de armas (a Dizzy joga futebol americano com os homens e no entanto tem aquele corpinho que dá vontade de lhe saltar em cima), ou seja, mulheres e homens estão ao mesmo nível, seja como militares ou desportistas.


Um filme obrigatório dos anos 90, que encaixa bem na filmografia do Verhoeven. Um gajo que antes já nos tinha brindado com Robocop, Total Recall ou Sharon Stone no Basic Instinct, tem de merecer um cantinho especial no nosso coração.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

BEST & WORST..... RON HOWARD

Ron Howard habituou-nos a grandes filmes e alguns que são muito "esquecíveis" (esta palavra não existe, eu sei disso). A fazer cinema há décadas, tem alguns que são autênticos clássicos que ficaram para sempre na nossa memória, seja o Splash (o da sereia), Cocoon (o dos cotas) ou Willow (o do Val Kilmer e do anão). Estes todos nos anos 80. Nos anos 90, continuou e teve mais uns quantos que vejo sempre que passam na televisão: Backdraft (acho que em Portugal é mesmo mais conhecido por Mar de Chamas) ou o Ransom (aquele do Mel Gibson que não quer pagar o resgate do filho raptado).
No capítulo dos filmes mais fraquitos, esses ficaram concentrados no século XXI, se bem que ainda assim tem um óptimo A Beautiful Mind ou Cinderella Man (tão subvalorizado este filme).

BEST

- APOLLO 13 (1995)


Um elenco do caraças, com Tom Hanks à cabeça. Não me venham lá com o recente Gravity, que este dá 10 a 0 a esse. O ambiente naquela vaivém... Enfim... poucas palavras para o descrever.


WORST

- DA VINCI CODE (2006)


Um elenco do caraças, com Tom Hanks à cabeça. Pois, este até dá para começar da mesma forma que o seu melhor. Mas as semelhanças ficam-se por aí. Convenhamos que o material de origem (o livro do Dan Brown) também é fraco. Mas nada desculpa aquele cabelo do Tom Hanks.