quarta-feira, 19 de agosto de 2015

LETHAL WEAPON (1987)


Sabem aqueles filmes que juntam dois polícias? Dois polícias diferentes, antagonistas, que não se dão bem ao início, mas no final são os melhores amigos.. Pois... Parece que existem milhares de filmes assim. Uns melhores, outros piores. Mas para todos os géneros há um "pai". O "pai" dos chamados "buddy-cop movies" foi este Lethal Weapon. Talvez não tenha sido o primeiro, mas foi o que fez disparar o género. Ora, quase 30 anos depois do primeiro filme, Arma Mortífera continua a ser copiado, falado. E sejamos sinceros, desafio alguém a dar-me um título melhor. Não há. Podem vasculhar nas vossas memórias. Aqui sou um autoritário quando digo que NÃO HÁ. 
Riggs e Murtaugh fazem parte das nossas vidas. É como se fizessem parte da família. 
E porque é que este filme é mesmo bom? Porque é. Aqui também sou um autoritário.
Tudo funciona aqui. E atenção, o filme não é a comédia que muitos se calhar têm na memória, à custa das 3 sequelas. Primeiro, o filme começa logo ao som de uma música natalícia, o que poderia fazer antever um início relaxado, mais familiar. Acontece que que somos logo confrontados com uma moça novinha (com cerca de 18 aninhos), com a camisa aberta para se verem as maminhas bonitas, e a tomar umas drogas. Logo, algo muito natalício. A juntar às drogas, a moça de maminhas à mostra atira-se de um arranha-céus. É este o motor de arranque da suposta "comédia". 


Depois é-nos apresentado o Murtaugh, no papel da vida de Danny Glover. Um pai de família em plena crise de meia-idade cujo lema de vida é "I'm too old for this shit". Lema repetido até à exaustão ao longo dos 4 filmes da saga.
Depois de Murtaugh é a vez de conhecermos Riggs. A primeira imagem que temos de Mel Gibson no filme é do seu rabo. Um tipo à beira do abismo, que só pensa em suicídio, e que não o fez devido ao trabalho. Também um tema muito natalício: a primeira cena do gajo é só ele a acordar em pelota de cigarro na mão, a viver numa caravana, ir ao frigorífico e tomar um pequeno-almoço nutritivo que consiste numa cerveja. 


O que posso dizer deste filme é apenas isto: há poucos filmes que consigo ver vezes sem conta. Este é um deles. 
Mais um desafio: pago um doce a quem me der uma dupla que tenha tanta química como Mel Gibson e Danny Glover. É impressionante a naturalidade com que os dois contracenam. 
E o que poderia ainda tornar o filme melhor? Apenas duas palavras: Gary Busey. Qualquer filme que tenha Gary Busey como vilão fica automaticamente melhor. E que ninguém me contrarie porque esta é só uma verdade absoluta.

Por isso em vez de perderem tempo a ver estas palhaçadas de agora, ide lá rever os 4 filmes. 
As sequelas são mais viradas para a comédia, até porque juntaram ao elenco um Joe Pesci. E Pesci é sempre uma mais-valia para qualquer filme. 

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