quarta-feira, 10 de maio de 2017

AIR FORCE ONE (1997)


Continuando a senda de filmes que seguem a fórmula Die Hard, revisito desta vez Air Force One. Um dos campeões do VHS na minha juventude. Papei-o muitas vezes em vídeo. É que na altura achava aquilo espectacular.
E será que o filme envelheceu bem? Será que consegue manter aquela aura de clássico de acção dos anos 90?
Há duas razões para este filme se destacar dos demais: Harrison Ford e Gary Oldman. Tivesse o filme actores banais e não era aquilo que se tornou. 
É que a história já se viu inúmeras vezes: grupo de terroristas tomam conta de avião. Acontece que neste caso, o avião é o Air Force One. O presidente norte-americano fica escondido e vai dando cabo dos bandidos até à resolução da trama. É ele o herói. Em Terra, no fim todos festejam como se tivessem feito alguma coisa. 
Mas se a história é vulgar e cheia de clichés, a forma de a contar destaca-se. Wolfgang Petersen, o realizador, está habituado a essas andanças. E há aqui boas cenas de suspense, ultra-patriotismo (que até enjoa), cliché atrás de cliché que vamos engolindo com tanta vontade tal e qual uma actriz porno (esta era escusada). 
Mas como tinha dito, o que se destaca mesmo é a dupla. Harrison Ford como herói da pancadaria e Gary Oldman como vilão vindo dos países de leste e com sotaque meio esquisito. De resto há ali actores consagrados mas que não se destacam. Aliás, o papel da Glenn Close irrita-me um bocado. E não sei se é culpa dela ou da direcção que ela tem de levar. Depois, o CGI está completamente datado. E não se perdoa, tendo em conta que o filme saiu bem depois do Parque Jurássico (filme que marca a história da utilização dos efeitos digitais). Aqui, nomeadamente na cena final, os efeitos parecem feitos por um Pentium III.

No geral, acaba por ser um daqueles filmes que ficamos a ver (quase obrigatoriamente) se estiver a passar na televisão. E só por isso, é preciso dar crédito ao filme.

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