quinta-feira, 11 de maio de 2017

BROKEN ARROW (1996)

GODDAMN, WHAT A RUSH


John Woo antes de fazer o clássico de acção Face/Off (1997), andou a testar John Travolta um ano antes, neste Operação Flecha Quebrada. Confesso que já não me lembro da primeira vez que vi este filme. Pela simples razão que já o vi umas dezenas de vezes. Devo ter visto quando saiu em vídeo, e sei que passou a ser, para mim, mais um dos campeões do VHS. 
Duas razões principais para gostar do filme: John Travolta, que a seguir à sua ressurreição no Pulp Fiction andou a fazer filmes como se não houvesse amanhã; e Samantha Mathis, que era a minha maior crush do cinema na altura. Sim, eu apaixonei-me por ela no Super Mario Bros. Aqui, volta a fazer parelha com o Christian Slater. Uns anos antes tinham feito juntos o Pump Up the Volume, filme que ficou na memória pelas maminhas dela. 


A história segue uma fórmula básica e muito utilizada no cinema americano de acção: americano da Força Aérea rouba uns misseis nucleares para pedir uns trocos em troca. O americano aqui é Travolta. E o que eu gosto de o ver a fazer de vilão. Às vezes a pisar a linha do over the top, mas caramba, é muito estilo. Foda-se, na altura eu achava a forma de ele fumar no filme a transbordar de coolness. O herói é Slater que se junta a Mathis para tentarem neutralizar os vilões. Ao início ela parece muito frágil, mas vai mostrando que é capaz de ser uma durona. O tempo das donzelas em apuros já lá vai, se bem que ela vai precisando de ser salva de vez em quando.
O filme vai seguindo os clichés todos do realizador. Só faltou uma coisa: as famosas pombas brancas. Também era difícil enquadrá-las no meio do deserto. O resto está lá: belas coreografias de saltos e tiros em pleno ar, as câmara-lentas tão características. E tudo acompanhado pela banda-sonora do Hans Zimmer que fica no ouvido. Ainda hoje a vou trauteando.
No geral, é um filme que só podia ter sido feito nos anos 90. Hoje dificilmente seria bem sucedido. Mas é um filme que se vê bem. Não requer muita concentração. Não é isso que pretende. Vem de um tempo em que eu pensava que os aviões usados no filme (os famosos Stealth) eram do mundo da ficção-científica.

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