quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

TOP LAMECHICE (aka FILMES QUE ME FIZERAM CHORAR)

Gajo que é gajo não pode ter medo de mostrar os seus sentimentos. Acho que é algo que atrai o sexo oposto. Mas cuidado com as doses de choro: elas também não querem alguém que seja super/hiper/mega-sensível. Uma dose controlada é capaz de despertar nas mulheres, sentimentos por nós, que podem acabar numa boa noite (ou tarde ou manhã) de ramboia. Porque parece que por vezes temos de ceder, e não podemos levar sempre a nossa cara-metade a ver um Rambo (ou algo do género). E convidar uma mulher para ir ver o último filme do Hugh Grant (ou outro nome mais actual dentro do género do "filme romântico) não faz de nós menos homens. Antes pelo contrário, mostra que somos sensíveis, quando na verdade o que nós queremos é "efectuar o coito".
Isto tudo para dizer que eu próprio tenho a minha dose de sensibilidade, e já cheguei mesmo a verter umas lágrimas em alguns filmes. Não muitos, mas não tenho problemas em confessar que já pareci uma Maria Madalena. As desculpas na altura eram as do costume: "entrou-me qualquer coisa para o olho" ou o clássico "esta constipação está a matar-me".
A lista de hoje refere-se a isso mesmo: os melhores filmes que me fizeram chorar. E falo mesmo de chorar (cair umas lágrimas), porque há uns quantos que quase o conseguiram mas não chegaram a tanto. 
(Ah, aqui não entra o "chorar a rir", que também já aconteceu)

PODE HAVER SPOILERS

- Artificial Intelligence: AI (2001) - Inteligência Artificial, de Steven Spielberg


Spielberg conseguiu fazer-me chorar em dois filmes. Um é este e o outro NÃO é o ET. A cena quando a mão abandona o puto-robô na floresta, ou o final do filme (quando finalmente o puto conseguiu concretizar o sonho por um curto tempo) bastaram para eu chorar!

- The Green Mile (1999) - À Espera de Um Milagre, de Frank Darabont


O título português não poderia ser mais acertado. Quem imaginaria que o actor Michael Clarke Duncan conseguiria a proeza de pôr a chorar até as pessoas com uma pedra no lugar do coração? 

- The Lion King (1994) - O Rei Leão, de Rob Minkoff & Roger Allers


Existem as pessoas que choram no Bambi, quando a mãe morre, e depois existem as pessoas que choram quando Mufasa é morto pelo próprio irmão. Eu cresci com o Rei Leão, por isso entro na segunda categoria.

- Marley & Me (2008) - Marley & Eu, de David Frankel


Opa, mete um cão da raça mais fofa. Acompanhamos o crescimento do Scottex, e depois temos de gramar com a morte do cão?? Não há quem aguente.

- My Girl (1991) - O Meu Primeiro Beijo, de Howard Zieff


Um filme que em 3/4 da duração aparenta ser a história de uma miúda (Anna Chlumsky) que não quer crescer e passar à fase da adolescência. Ou seja, uma história bonita mas simples. Acontece que tiveram a audácia de tornar este filme na maior tragédia que assisti em filme. Houve a coragem de "matar" o menino bonito da América da altura (Macaulay Culkin). A morte em si não chegou para me fazer chegar. Só que depois, a cena em que dão a notícia à miúda e o funeral foi algo que não estava à espera. Ainda não há nenhum filme que me tenha feito chorar tanto como este!!

- The Notebook (2004) - O Diário da Nossa Paixão, de Nick Cassavetes


O rei da lamechice na literatura é o Nicholas Sparks. Escreveu este e mais uma série de best-sellers feitos a pensar no público maioritariamente feminino. Este é mais um. Mas confesso que quando o vi pela primeira vez, aquele final dos velhinhos na cama que morrem em conjunto deu cabo de mim.

- Schindler's List (1993) - A Lista de Schindler, de Steven Spielberg


Outro filme de Spielberg, mestre em puxar ao sentimento. O Holocausto já é um tema bastante pesado, mas no final, quando Oskar Schindler (Liam Neeson) enumera tudo o que poderia ter feito para salvar mais uns quantos judeus é das cenas mais poderosas do cinema moderno. Masterpiece!!

- Titanic (1997), de James Cameron


E não me refiro à cena da morte do Jack (Leo DiCaprio). Para mim, foi ainda mais no final, quando a Rose velhinha se dirige à proa (ou será popa) do barco para largar o colar, ao mesmo tempo que temos imagens do "sonho" dos aplausos ao casal, isto com a banda sonora do James Horner por trás revelou em mim uma alma extremamente sensível!


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