quinta-feira, 28 de abril de 2016

AMERICAN CRIME STORY (2016)


"O julgamento do século". É desta forma que muitos apelidam o julgamento do O.J. Simpson, acusado de matar a ex-mulher e namorado. 
Nos anos 90, ainda antes da proliferação da internet e onde os smartphones eram coisa de ficção-científica, um caso abalou a América, tal e qual um reality-show. Aliás, o gosto das Kardashian por este formato deve ter vindo daqui. Ver o pai Kardashian envolvido a defender o presumível assassino mais famoso do país deu para isso. 
Bem, do caso eu sabia muito pouco. Na altura deste julgamento era um puto meio parvo, e estava mais interessado em ver os Power Rangers do que os noticiários. Por isso, nem sei bem se teve algum realce por cá. OJ Simpson conhecia basicamente dos filmes do "Aonde Pára a Polícia". E eram uns belíssimos filmes.
E se calhar a melhor forma de ver esta série é mesmo essa, ou seja, não ter grande informação do caso. Não partimos para comparações e vemos como se de pura ficção se tratasse. E como série ficcionada, tenho de ser sincero: que série do caraças. Como se consegue fazer uma série tão apelativa só com pessoas a falar? É só isso. Um julgamento e os seus bastidores. Pois... para conseguir cativar a atenção das pessoas ao longo de 10 episódios recorre-se àquilo que falta em 90% das séries e 99% dos filmes: um bom texto e bons actores. Basta isso. Além disso, havia a desvantagem de já sabermos o final da história. SPOILER ALERT: o veredicto é "not-guilty".
Outro dos pontos positivos desta primeira temporada é o facto de os guionistas/realizadores/actores conseguirem colocar o espectador na posição do júri. A certa altura estamos a torcer para que seja culpado (mesmo sabendo o final da história), mas também conseguem colocar-nos do lado dos advogados de defesa que jogavam com o espectáculo e as emoções. 
De realçar ainda o trabalho de caracterização. Foda-se... o "juiz actor" é a cara chapada do "juiz a sério". E o mesmo acontecia com os outros personagens. Só aquelas sobrancelhas do John Travolta mereciam um Óscar.
E convenhamos que esta é a série ideal para os actores brilharem. Não me vou pôr com comparações com as personalidades que cada um está a representar. Mas caramba, será este o comeback que o Cuba Gooding Jr precisa para voltar à ribalta? E o mesmo para Travolta? Até o David Schwimmer pode ser que se consiga soltar da pele do Ross do Friends e comece a ser conhecido como o "pai da Kim Kardashian".


Confiem em mim quando digo que vale bem a pena guardarem um tempinho para 10 episódios da série. Já agora fico curioso para saber que caso encontrarão para a segunda temporada da série.

Sem comentários:

Enviar um comentário