sexta-feira, 3 de agosto de 2018

TERMINATOR 2: JUDGMENT DAY (1991)


Continua o meu castigo de rever a saga do Exterminador Implacável. Chegamos ao segundo, aquele que era para mim o pior. Porquê? ...................... Porque sim. 
Mas sem grandes demoras, vamos lá às minhas notas sobre o filme. Ah, e tem SPOILERS. Convém avisar, pois apesar de ser um filme com 27 anos e que toda a gente já viu, há sempre alguém chato.

Sim, eu sei que o filme trata de uma maneira geral uma guerra de Homens contra Máquinas. E vamos ser sinceros: as Máquinas mais parecem uns clones do C3PO mas com problemas de atitude e sem o ar de mariquinhas.
O filme começa com Schwarzzie, novamente como um robot que veio do futuro, desta vez com novo penteado. Nova década, novo estilo... Os robots também seguem tendências. Aqui, já não lida com punks (quer eram tão anos 80), mas com motards a quem rouba roupa e..... uns óculos de sol. E isto à noite. Porque faz isso? Qual foi a opção artística e narrativa do realizador? Who cares? Trata-se de estilo. Ah, esqueci-me de realçar que neste segundo filme o Schwarzzie é agora o robot bom, vindo do futuro para proteger o John Connor. Confesso que não percebi porque razão ele (ou a figura dele) era mau no primeiro e agora o bom. Não sei se isso foi explicado no filme. Pelo menos eu não apanhei. Deve ter sido na parte em que passei pelas brasas. Imagino a surpresa das pessoas na altura da estreia. É que pelos vistos, na promoção do filme esse pormenor não é revelado. Well played..
Depois vem a apresentação do vilão: outro Exterminador vindo do futuro para matar o Connor. Um Robert Patrick, com ar de mau e com super-orelhas. Digo desde já que este vilão é altamente. 
É então que conhecemos John Connor, ainda puto. E tenho um grande problema: mas quem é que acredita que o Connor tem 10 anos??? É que se ele tem essa idade, então eu sou o Pai Natal. Com dez anos, acho que nem pentelhos eu tinha, quanto mais andar a roubar multibancos com uma maquineta e andar de moto... Eu até posso aguentar aquele penteado "à foda-se", mas não façam de mim parvo. 
É então que conhecemos a nova Sarah Connor. Sim, porque esta é uma versão 2.0 da anterior. Como é que ela ficou assim tão bad-ass, especialista em armas, ainda por cima trancada num hospício, isso eu não sei. E como é que ela se apresenta tão durona? A fazer umas elevações com uma camisola de cavas, de modo a poder ver os músculos realçados. Lembram-se da Vasquez do Aliens (curiosamente também do Cameron)? Era a "machona" (termo tão sexista da minha parte) que fazia elevações ao pé dos homens. 


Vamos lá ver, o filme continua a ser fraquinho para mim, mas melhorou em relação à minha ideia anterior. Tem momentos tão aborrecidos, que eu cortava na boa. E todas as cenas no hospital são uma seca. A certa altura há lá uma cena em que a Sarah tem uma visão do Kyle (o gajo que era o bom do primeiro e pai do John) e onde têm um diálogo e amor. Para quê??? Aliás, o filme passava bem sem todas as cenas do futuro. 

Mas não desesperemos: o filme compensa logo com o primeiro embate ente os dois Terminators e o John. Aquela perseguição em mota e camião é muito boa, principalmente porque aquilo não tem cá efeitos digitais. Poderiam era disfarçar melhor a cara dos duplos. Se fosse hoje em dia, faziam aquilo num computador e não tinha metade do impacto que tem na realidade.
No meio há lá umas cenas engraçadas. A certa altura o puto descobre que o Terminator faz tudo o que ele pede e gera-se ali um pequeno sketch cómico. 
Aliás, devo dizer que a relação entre o John e o Schwarzzie é muito boa. Gosto dos pequenos "confrontos" entre eles. A forma como ele o educa e ensina coisas básicas do ser-humano. 
Entretanto no hospital, a Sarah lá se tenta escapar. Até faz uso de um clip para abrir fechaduras. No cinema parece muito fácil. Eu às vezes nem dou bem com a chave no buraco da fechadura, quanto mais abrir uma porta com um clip. Mas é isso que se aprende num hospital psiquiátrico. Só que apesar dessa cena toda, é mais fácil quando é resgatada pelo Terminator bom. Passamos para uma sequência demasiado longa no deserto, onde vos 3 vão ter a casa do Enrique. Quem é o Enrique? É só um velho que tem muitas armas, porque é isso que eles precisam. Há sempre um tipo a quem recorremos para ir buscar armas de todos os tipos. Quem não tem um amigo para nos desenrascar. 
Eu confesso que nunca tive grande simpatia pela personagem da Sarah Connor, mas depois ela faz uma coisa que me dá uma certa razão. Vai tentar matar o Miles Dyson, o tipo responsável por inventar aquela tecnologia que no futuro pode ser o fim da humanidade. Sim, eu percebo as motivações dela, mas caramba, os bons da fita não são assim. 
No entanto, é a partir daqui que o filme melhora bastante. Quando o trio de junta ao Miles e vão à Skynet para destruir tudo, a partir daqui é sempre a escavacar. 


A acção é do melhor que há, mas alguém me explica a razão da cena em que o Schwarzenegger vai dar uma data de tiros à polícia (I'll take care the police) e não mata, propositadamente, nenhum? Até poderia ser  numa de atrasar, mas exactamente logo a seguir, a polícia entra no edifício e mata o Miles

Em jeito de conclusão: para mim o filme seria basicamente o início, onde conhecemos os personagens e os últimos 45 minutos. A história continua a não me cativar. Não sinto grande empatia pelos personagens. Percebo que a generalidade das pessoas gostem do filme, mas não fez o clic comigo. Rever o filme fez-me apreciar algumas cenas e a valorizar ainda mais a forma como se fazia cinema de acção na década de 80/90. 
Venha o 3...

Nota: este comentário é em relação à versão do realizador, a chamada "director's cut", do filme.

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