segunda-feira, 24 de abril de 2017

THE FATE OF THE FURIOUS (2017)


Ou Velocidade Furiosa 8

Chegar ao oitavo filme de uma série de filmes chunga, e nunca haver um "direct to video" é obra. Chegar ao oitavo filme de uma série de filmes chunga e continuar a facturar milhões como poucos é obra. 
Chegar ao oitavo filme de uma série de filmes chunga e conseguir manter o mesmo elenco (em quase todos os filmes) é obra. 
Chegar ao oitavo filme de uma série de filmes chunga e conseguir arranjar "proezas" e stunts cada vez mais loucos é obra. Ou pelo menos é imaginativo.

Comparo estes filmes com o franchise do Sharknado. Começa com uma ideia parva, e nos filmes seguintes conseguimos sempre aumentar a idiotice. Há algum mal para isso? Por mim não. Há espaço para tudo.

Esta saga virou de "forma" ao quinto filme. Deixamos o street-racing de parte. Passamos a ter uma espécie de heist-movie. Assim ao jeito de Ocean's 11 mas para labregos, pessoal do tunning, e malta de camisola de cava (estou a habilitar-me a levar nas trombas, mas não é para ofender ninguém). O que é certo é que estamos perante um tipo de filmes em que desligamos o cérebro durante duas horas e voltamos a ligar no fim do filme. E volto a dizer, por mim não há mal nenhum nisso.

Eu sei ao que vou quando pago bilhete para ver um filme deste franchise: quero ver porrada, piadas clichés, mulas com belos rabos, carros. E é isso que tenho em cada um dos oito filmes. A partir do quinto, as coisas melhoraram bastante porque temos contado sempre com a presença do Dwayne Johnson. E ter o The Rock é sempre bom. 


Este oitavo atinge níveis quase estratosféricos de ridículo, mas who cares. É impossível uma pessoa não soltar um sorriso quando vê o The Rock como treinador da equipa feminina de soccer da filha. E ver a fazer uma espécie de "waka-waka". 
Depois é toda aquela previsibilidade que mete submarinos, tanques e carros topo de gama a perseguirem-se no gelo. É toda a previsibilidade dos discursos sobre a importância da "família".
É ver o Tyrese Gibson que só lá está para mandar umas piadas. É que não faz mais nada. Pelo menos os outros têm uma função. 

Confesso que por mim bastava ter o The Rock com o Jason Statham. Ver os dois juntos é o melhor do filme. 
E sim, é um filme vazio de conteúdo. Mas por vezes, estes filmes são bons para nos abstrairmos de tudo o resto. Se vão à procura do sentido da vida nesta saga, tirem o cavalinho da chuva. Mas se o fazem, é porque não percebem nada de cinema. 

Nota final: se há mulher de quem tenho medo (além da esposa), é de Michelle Rodriguez. Mas se tiver de levar uma carga de porrada de alguma, pois que seja dela. Consegue ser sexy de uma forma que assusta.

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