segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

THE RING (2002) & THE RING TWO (2005)


THE RING 

Muitas vezes, a qualidade de um filme de terror depende da sua cena inicial. Essa cena inicial pode ajudar a transportar-nos para o universo que se quer criar. O exemplo perfeito que me lembro é o Scream (Wes Craven). A cena inicial, além de bem escrita e executada, leva-nos logo a perceber o que aí vem.
Acontece que isso não é o caso deste remake americano The Ring. Começa com uma cena interessante, que nos apresenta logo a premissa, mas o resto do filme não é bem isso. Aliás, a minha maior crítica ao filme é mesmo essa: uma pessoa vai ao engano. Pensamos que vamos ver um filme de terror, e depois levamos com quase duas horas de investigação. Ainda por cima, toda essa investigação é do mais aborrecido, porque não se passa nada de especial além de seguir pistas. E se isso funciona com personagens como o Sherlock Holmes ou séries como o CSI, aqui nem por isso. 
Deste filme, toda a gente conhece a premissa inicial. Uma pessoa vê uma cassete VHS, com imagens aparentemente aleatórias, e quando acaba a cassete um telefone toca para avisar que a pessoa que viu vai morrer dentro de sete dias. O filme realmente começa bem, com a cena que envolve duas garotas a falar dessa "lenda" e onde uma morre por ter visto a cassete. Mas agora eu pergunto: e se a pessoa que vir a cassete não tiver telefone ou telemóvel? E se tiver mas não atender? Morre na mesma? 
Depois dessa cena inicial, conhecemos a personagem da Naomi Watts. Mãe solteira com filho cheio de problemas. Onde é que eu já vi isto?
A Naomi decide investigar o caso da morte da miúda (acho que era sobrinha), e por obra do "acaso" consegue encontrar a cassete e decide vê-la. Depois é o filme todo a investigar o caso da Samara (rapariga com cabelo preto da cassete). Claro que lá pelo meio, o filho também vê o filme e por isso a vida dele também fica em perigo. 
Por alguma razão, ao rever este filme só me lembrava da cena inicial e do final. A famosa cena da Samara a sair do ecrã de televisão e a matar um gajo. E sim, essa cena assustou. Está realmente bem feita. E pronto, tinha ideia que o filme era mais assustador. Mas não. Nem o ambiente criado é "assustador", nem nada. Há uma gaja que investiga. E é isto! Desilusão completa. 

Nota final: não faço comparações com o original japonês porque, à hora que escrevo isto, nem me lembro se alguma vez o vi.


THE RING TWO

E vá-se lá saber como, o primeiro filme teve muito sucesso e por isso teve direito a sequela. Chamaram a Naomi Watts e o puto do primeiro e fizeram uma espécie de filme. Este é mais uma salganhada para chupar uns trocos ao público. Sem perceber muito bem porquê, alguém encontra a cassete, faz uma cópia e por causa disso "acorda" a Samara que estava adormecida no poço. O filho da Naomi Watts fica possuído pela gaja, e lá volta a mãe para mais investigações. Lá para o meio do filme há uma cena com renas, que de tão má que era (aquele CGI não se perdoa em 2005) foi a única cena que tinha alguma recordação. Há lá umas peripécias e tal, conseguiram meter o gajo do Mentalista, e desculpem o spoiler, mas tanta coisa e a solução era só fechar o poço. Sim, fechar o poço. Curiosamente quando se fecha o poço, prende-se quem lá está dentro. 
Enfim, foi um filho da puta de filme confuso e sem sentido. Aliás, fez tanto sentido que a sequela deste ano de 2017 (Rings) o ignorou completamente. É hora e meia que ninguém me devolve. 

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