quarta-feira, 24 de agosto de 2016

THE JUNGLE BOOK (2016)


Ah, filmes com animais a falar que não são de animação.... costumam ser uma linda merda. Poucos são os casos em que isso é aproveitável. Sim, eu sei que o Babe é um caso à parte, mas essa é a excepção. Até agora.
Vamos lá ser sinceros: das pessoas que viram esta nova adaptação da história de Mogli, quantos é que tinham quase a certeza que iria ser uma bosta? Quase todos, não é? Eu incluo-me nesses que pensavam que ia perder tempo a ver este filme. No final do filme, quantos de vocês mudou essa opinião? Pois, quase todos. O filme é bestial. Uma surpresa. Daqueles filmes que vou mostrar aos meus filhos enquanto crescem, para alternar com os Rambos e Commandos desta vida. O cinema não pode ser só porrada. (Quer dizer, pode mas não deve).

Mas o filme tinha tudo para ser daqueles que não gostava. Montanhas de CGI, historieta da Disney, etc. Acontece que o filme é isso mesmo mas em bom. 
Todo o filme é CGI, à excepção do puto que faz de Mogli. E tenho de tirar o chapéu ao puto. Não deve ser fácil representar para nada. E sendo o primeiro filme dele, ainda mais difícil é. Mas o miúdo safa-se muito bem, tendo em conta essas limitações.
Costumo ser o maior crítico do uso do CGI. Gosto mais dos efeitos práticos. Esses sempre me pareceram mais reais. Mas aqui, atrevo-me a dizer que é o filme que melhor sabe usar a tecnologia disponível. Foda-se, os animais eram "reais". Desde o primeiro minuto que parecia que estava a ver um documentário da SIC de manhã da vida selvagem. As paisagens eram autênticas. Parece que foi mesmo tudo filmado em sets, e nem uma imagem real. Mas uma pessoa sentia-se na África profunda.
E como se trata de um filme típico Disney, tínhamos de ter momentos musicais. Neste filme existiram dois. Dei por mim a cantar o "Necessário" em sotaque brasileiro, pois foi a versão com que cresci. Muito fixe. Mas mais fixe ainda foi ver o macaco Christopher Walken a cantar. He's the man.
E por falar em Walken, que dizer do elenco de vozes? O Ben Kingsley (a pantera) tem a voz mais autoritária; o Bill Murray (urso) a voz mais engraçada; basta a Scarlett Johansson (cobra) falar - sem mostrar o corpo - para um gajo ficar cheio de tesão; e o Idris Elba (o tigre) consegue ser ameaçador como poucos. Até agora é sem dúvida o melhor vilão do ano.


No geral, é o melhor filme com animais falantes que me lembro. O melhor uso do CGI. Basicamente, o filme que não esperava nada e no final deu tudo.

Nota final: parece que daqui a uns dois anos sai nova adaptação desta história. A minha pergunta é: Porquê? 

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