sexta-feira, 13 de maio de 2016

THE ROCK (1996)


Num tempo antes do tempo, Michael Bay era um realizador, podemos dizer, respeitável no que a acção diz respeito. Provavelmente vocês já não se lembram, mas antes da merda dos Transformers. É acção "over the top", mas era acção que nos fazia vibrar. Pelo menos fazia vibrar o puto de 15/16 anos que eu era. A bem dizer, o currículo não é assim tão vasto. O gajo começou nos telediscos e entrou pela porta grande no cinema. Fez o Bad Boys e a partir daí o cinema nunca mais foi o mesmo. E se Bad Boys o pôs no mapa, no ano seguinte dá-se a confirmação. Speed e Die Hard: With a Vengeance tinha um sucessor. E estes são os 3 dos melhores filmes de acção pura e dura dos anos 90. E se alguém me contrariar pode ir encher-se de moscas. 
Mas o que faz deste The Rock (não confundir com o gajo do wrestling) um filmaço do carago? O filme tem tudo que um gajo poderia querer num filme deste género. Só não tem mamas. Tem a testosterona toda, mas falta mamas, apesar da gaja que fazia de namorada do Nicolas Cage ter potencial.
Como em todos os filmes, a qualidade de um filme é directamente proporcional à qualidade do vilão. Está mais que comprovado. Se o vilão for uma merda, o filme vai ser uma merda ainda maior. 


Aqui o caso é especial. E começamos logo no genérico de abertura: ao som de uma música dramática, os slow-motions característicos do Bay, vamos percebendo a motivação que leva o General Hummel (Ed Harris) a ser o "vilão". Basicamente, o Hummel mais uma série de mercenários tomam de assalto Alcatraz e tornam reféns umas dezenas de pessoas. Ameaçam lançar umas bombas em São Francisco se não fizerem o exigido. A causa pela qual Hummel luta é nobre. E sejamos sinceros Ed Harris é um vilão do caraças. O gajo consegue que estejamos praticamente do lado dele ao longo do filme inteiro. E é isso que o distingue dos vilões corriqueiros. Este é um herói de guerra que não viu serem reconhecidos os seus homens que morreram na guerra. 
Por isso, eu considero, sem querer ser polémico, que Ed Harris está ao nível de um Alan Rickman/ Hans Gruber no Die Hard.
Do lado bom da fita temos uma dupla improvável: um novo Nicolas Cage e um velho Sean Connery.
Nicolas Cage, que uns meses antes de estrear este filme estava a receber um Óscar, faz de... Nicolas Cage. Meio goofy, algum humor e a tomar as rédeas como action-hero
O Sean Connery é o senhor que se conhece. Mas eu dava o meu terceiro testículo se ele fizesse o filme todo com o cabelo comprido. Isso sim seria bad-ass.


O resto do filme é repleto de cenas espectaculares, desde a perseguição nas ruas de São Francisco. A cena do Nicolas Cage a comer a mulher que é meio apalermada. Tem momentos de tensão: a cena do massacre aos Marines; a cena onde o Hummel morre. Tem as explosões do Bay. Etc etc.... 

Quanto a vocês não sei, mas este filme é do caralho.

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