terça-feira, 21 de julho de 2015

POLTERGEIST (2015)


E aquela moda de refazer tudo o que de bom já se fez no passado? Pois... Parece que neste século XXI isso está para durar. A moda dos remakes, reboots, sequelas, prequelas, etc, nunca esteve tão em voga como agora. Claro que os remakes não são de agora. Alguns clássicos do cinema são remakes: The Fly (1986), The Thing (1982), Scarface (1983), etc. E a estes ninguém aponta a falta de qualidade. Acontece que 99% dos remakes actuais são autênticos baldes de merda a cheirar mal. 

Ora, este ano alguém decidiu que era giro pegar no clássico de 1982 de Steven Spielberg (que ninguém venha dizer que o filme é do Tobe Hooper, porque o filme é a cara do Spielberg), Poltergeist, e dar-lhe uma "nova roupagem" - expressão muito em voga. Encheu o filme de efeitos especiais (ai tão fraquinhos) e esqueceram-se de todo o resto. Pensaram que basta meter ali uns efeitos feitos por computador, um ou dois sustos, que só só devem assustar umas pitas desejosas que os putos lhes saltem em cima, e fica-se por aí. 
No original a família era uma típica "middle-class family" que se muda para os subúrbios. A própria miúda que era "raptada" pelos espíritos da televisão era "creepy". O Spielberg optou por levar as coisas gradualmente. Foi criando o ambiente, sem dar tudo numa vez.
O que fizeram no remake?? Pegaram em alguns elementos do original e colaram-nos com fita-cola. Coerência é coisa que não existe. Ora, tem a miúda raptada + miúdo com medo de palhaços + televisão + cemitério + equipa de "exorcistas". Mas é tudo uma grande salganhada que para ali vai! 
A sério, se podem aprender alguma coisa comigo, ou seguir um conselho meu: ide ver e rever o filme de 1982. Vejam como se faz cinema de terror sem grandes artefactos. Caguem para este filme. 

Nota final:
Se não gostam de filmes mais velhinhos porque têm esse preconceito do que é velho não presta, então não merecem que vos sugira algo recente com mais qualidade (termo subjectivo).

Sem comentários:

Enviar um comentário