sexta-feira, 5 de junho de 2015

STARSHIP TROOPERS (1997)


O ser humano é muito esquisito. Há uns tempos surgiu nessa internet a "polémica" sobre a cor de um vestido: uns diziam que era azul, outros que era dourado. Como é que havia pessoas que viam aquilo dourado é que eu não sei. Aquilo era azul e ponto final. Parece que há uma razão científica para isso acontecer, mas não me apeteceu ir investigar, e também não é importante para o caso. Ora, serve este exemplo do vestido azul (ou dourado) para servir de uma espécie de analogia com este filme de Paul Verhoeven. Uns "lêem" o filme de uma forma e outros de formas completamente opostas ou diferentes. Uns dizem que Starship Troopers é um filme todo ele pró-militarista, outros dizem que tem de ser visto como uma sátira política. Seja lá qual tenha sido a intenção do autor da história, o que é certo é que o filme foi completamente trucidado pela crítica em geral na altura em que saiu. Pelo menos foi a ideia que guardei na memória. Poderá até estar errada. (Hoje o filme tem um sólido 63% no Rotten Tomatoes e um bom 7,2 no imdb). 
Bem, o filme saiu em 1997. Provavelmente só o terei visto em 1998, nessa instituição que é (tempo presente) o VHS. Ora, em 1998 eu tinha uns 15/16 anos. E eu estava-me completamente a cagar para sátiras políticas em filmes. Eu queria ver mamas, acção, gajas boas com as mamas de fora, ficção científica, tiros e mais mamas. Ora, Starship Troopers tinha disso tudo. Eu queria lá saber se os actores eram fraquitos. O que interessava é que a Denise Richards era a boazona, apesar de aparecer sempre vestida! Já disse que eu queria era ver mamas?
Resumindo esta primeira parte: este foi um dos meus filmes da adolescência. Via-o regularmente, fosse na televisão ou na velha VHS gravada da televisão. 


Acontece que ao longo dos anos vai acontecendo essa coisa chata de envelhecer. começamos a gostar de coisas novas. A perder o interesse de outras. Mas uma coisa manteve-se: o gosto por mamas (acho que já começo a parecer um tarado). Outra coisa que se manteve foi o gosto pelo filme. Mas lá está, com o envelhecimento serviu para começar a reparar noutros pormenores do filme.
Vejamos então alguns desses pontos: 
- elenco bonito como que a querer fazer entender que estamos numa sociedade idílica;
- filme claramente anti-fascista;
- será coincidência, grande parte dos actores serem loiros (a roçar o ariano)?
- está lá o filho do Gary Busey. Se não podemos ter o pai (devia ser obrigatório ter o Gary Busey em todos os filmes), então que apareça o filho;
- é impressão minha, ou os efeitos ainda hoje são top? 
- eu queria dizer qualquer coisa sobre o facto dos militares aderirem aos banhos comuns entre homens e mulheres;
- mulheres de armas (a Dizzy joga futebol americano com os homens e no entanto tem aquele corpinho que dá vontade de lhe saltar em cima), ou seja, mulheres e homens estão ao mesmo nível, seja como militares ou desportistas.


Um filme obrigatório dos anos 90, que encaixa bem na filmografia do Verhoeven. Um gajo que antes já nos tinha brindado com Robocop, Total Recall ou Sharon Stone no Basic Instinct, tem de merecer um cantinho especial no nosso coração.

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