terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

THE INCREDIBLE SHRINKING MAN (1957)


Se um dos dias vos perguntarem quais os melhores filmes de ficção-científica de sempre, não se esqueçam de incluir este Os Sentenciados. Porque este filme é do caraças. É pena que tenha vindo naquela fase em que o género trazia filmes em catadupa, com todos os temas, monstros, etc. Mas este destaca-se dos demais. 
Aparenta ser um filmezinho banal de um tipo que vai encolhendo, mas é muito mais que isso. Aborda tantos temas, e isto num filme de hora e um quarto. 
Antes de mais, é um filme que vai directo ao assunto: nos primeiros minutos de filme, o personagem principal leva com um nevoeiro esquisito e a partir daí começa a encolher. Pumba, não há cá grandes prólogos que não interessam nem ao menino Jesus. E o filme é completamente revolucionário nos efeitos especiais: é ver os décors, os jogos de perspectiva. Tudo impecavelmente feito, e imagino o que terão sentido os espectadores na década de 50 a ver isto no cinema. 
Depois, este filme trata a solidão e sobrevivência como poucos. Uma espécie de "Cast Away" (aquele do Tom Hanks) mas dentro de casa. 
No essencial é um filme sobre a condição humana, o nosso lugar na Humanidade, e o que raio andamos a fazer neste Universo infinito. 
(Vou ignorar a parte religiosa da coisa, porque disso não percebo nada. Mas a figura do personagem faz lembrar uma espécie de Jesus Cristo.)

«To God, there is no zero. I still exist.»

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