sexta-feira, 13 de novembro de 2015

SPECTRE (2015)


24 filmes e 6 actores depois, a saga de James Bond continua fresca. Claro que há filmes merdosos lá pelo meio. O Roger Moore tem uns quantos. O Pierce Brosnan fez uma rasia quase completa. Tirando o excelente Goldeneye, todos os outros são uma bosta. É preferível levar com um barrote nos cornos do que rever aquele que tem a Halle Berry.
Não sou daqueles que tem um Bond preferido. Em 50 anos não podemos comparar o Dr. No com o Skyfall. Épocas diferentes. Estilos diferentes. Preocupações diferentes.
Claro que gosto de Sir Sean Connery que trouxe o charme ao personagem. O George Lazenby trouxe aquele que é talvez o melhor filme da saga. O Timothy Dalton, com dois bons filmes, é o gajo que mais se aproxima daquilo que o Fleming escreveu. O Brosnan teve azar com os filmes, mas enquanto Bond também está bem. O Craig é o durão de serviço e o que vai contra tudo o que estávamos habituados com os outros. Começou ao melhor nível com o Casino Royal. Teve o acidente grave com o Quantum of Solace. E recuperou com o Skyfall.
Chegamos então a este Spectre.

O filme começa logo com uma cena espectacular. Não sei o termo técnico, mas é uma longa cena num só take. 
Sem querer revelar muito do filme, basicamente é um gajo que quer acabar com o MI6, criando uma agência universal. Ao mesmo tempo que é "criada" a famosa agência de vilões, usada em muitos outros filmes da saga: a Spectre

Coisas a apontar sobre o filme:

- É demasiado longo e vai acabar por ser mais "esquecível" que por exemplo o Skyfall.
- Gosto deste Q. Não é o velho dos filmes antigos. É um puto com ar de nerd. E com ele trouxe os momentos mais bem humorados do filme. E andou aquele gajo a matar meninas virgens no Perfume.
- Sou daqueles que acha que quando temos actores do calibre do Christoph Walz, então temos de fazer uso dele. Foi pouco aproveitado. Se bem que, e sejamos sinceros, o tipo de vilão dele é sempre o mesmo. O registo já o conhecemos. Culto e com o dom da eloquência. Mas gostamos e por isso deveria ter havido mais "Blofeld". Suponho que seja para utilizar em mais filmes do Bond.
- Finalmente temos um vilão secundário que é durão. Daqueles que só aparecem nos filmes do Bond. Lembram-se do gajo que atirava chapéus para matar, ou o tipo com dentes dourados. Dave Bautista é esse tipo de vilão. Durante o filme todo ele diz, literalmente, uma palavra. E é precisamente antes de morrer. Um seco "Shit". 


- Uma Bond girl que tem obrigatoriamente de ser para o olho. E quando aparece naquele vestido no comboio, um gajo fica abananado. Mais sensual que por exemplo a saída do mar da Halle Berry em biquíni. A Monica Bellucci está lá só para encher.

E basicamente é isto. Tem os seus defeitos. Quando estava no cinema, a certa altura estava sempre a olhar para o relógio, e isso não é bom. Mas é um filme que se vê muito bem.

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