quinta-feira, 15 de novembro de 2018

POLTERGEIST (1982)


«They're here!»

1982 foi talvez o melhor ano de sempre.... Sim, foi nesse ano que nasceu a figura que aqui vos escreve. E se isso não fosse razão suficiente, eis que no cinema também surgiram clássicos da nossa vida, senão vejamos: 1982 foi o ano que nos deu o primeiro Rambo (nasceram muitos pêlos aos miúdos ao ver este filme), ET fez chorar toda a gente, Blade Runner fracassou nas bilheteiras mas é hoje um dos maiores clássicos da ficção-científica, John Carpenter aterrorizava com The Thing, Rocky andava à chapada com Hulk Hogan e Mr. T, Dustin Hoffman andava a disfarçar-se de mulher em Tootsie, Jason Voorhees arranjava a máscara que hoje conhecemos em Friday the 13th Part 3, viajamos quase até ao sol em Aeroplano 2, etc etc... Ah, e trouxe o filme que nos traz hoje. Poltergeist era "realizado" por Spielberg. O mestre não podia assinar contratualmente nenhum filme à custa de ET, por isso meteu lá o Tobe Hooper... Mas o filme respira Spielberg por todos os poros.

E será que o filme merece o estatuto de clássico?

Confesso que já vi este filme tarde na minha vida. Deveria ter uns 12/13 anos. Mas vi-o nas melhores condições possíveis: sozinho, de madrugada, e com mau tempo lá fora. E devo dizer que não cheguei a borrar as cuecas, mas andei lá perto. Principalmente com uma cena que me marcou: a filha da puta da árvore que ataca o miúdo enquanto há ali trovoada. É que o build-up dessa cena é do caraças. Começa com o puto com medo da trovoada, e onde o pai lhe ensina como ver se a tempestade se aproxima ou afasta. Depois a presença da árvore ao lado da casa que mete medo ao puto. Não gosta das formas que ela tem. A acrescentar a isto tudo, o puto tem medo de um palhaço que é dele. (Bem, o puto também é um medricas do caralho que tem medo de tudo).


O filme em si, segue a linha dos filmes de casas assombradas. Fenómenos estranhos começam a acontecer numa casa. Depois as coisas agravam-se. Normalmente existem crianças que são mais afectadas: aqui é uma miúda loira que é raptada para dentro da televisão. Entretanto aparecem uns caça-fantasmas/espíritos/exorcistas. Resolvem a situação, ninguém morre e fim da história. Sim, a receita é sempre a mesma, mas aqui é diferente. Nem que seja porque foi feito com o bom gosto e savoir faire de Spielberg. E mais, este é o paizinho de todos os Conjurings, Insidious ou Actividades Paranormais que existem hoje em dia.

De realçar ainda a banda-sonora do filme do Jerry Goldsmith. O tema principal é tão melódico e parece que estamos num filme familiar mas com um tom que apoquenta, pelo menos a mim. (Também acontece porque devo associar esta música ao filme, pelo que sei o que se passa).
E engraçado pensar que isto se passava num tempo em que a televisão encerrava a emissão ao som do hino americano. 

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