quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

STAR WARS: THE LAST JEDI (2017)


Quarta-feira à noite, dia 13 de Dezembro de 2017, estreia do novo Star Wars. Como adoptei o método de não ler nada e ver nada sobre os novos filmes desta saga, o melhor mesmo é ir o mais rápido possível, não vá apanhar um grande spoiler que me estrague a experiência. (Por falar em spoilers, ficam avisados que isto pode estar carregado de spoilers sobre o filme).
Bem, já sabemos que nos dias que correm, vamos ter cada vez mais novos filmes de Star Wars. E há duas formas de lidar com isso. Ou rejeitamos porque nos estragam os clássicos e isto já é uma afronta e forma de nos sacar dinheiro, e assim já vamos de pé atrás ver os filmes; ou, por outro lado, resignamo-nos e aceitamos esse facto. Continuamos a ter a trilogia clássica como os filmes perfeitos, e deixamo-nos levar por este expandir da saga, sabendo de antemão que irão haver filmes bons e outros maus. Eu prefiro a segunda opção. Deixo-me manipular por essa máquina que é a Disney e não me importo com isso, e assim tento apreciar melhor a experiência de ver um filme Star Wars.
E foi com esses olhos inocentes que fui ver este Episódio VIII... Inocentes, mas cansados, porque estar acordado desde as 5 da manhã, ter um dia de trabalho duro, onde não parei, chegar a casa e ter aula de ginástica, jantar, estar cheio de sono e só depois ter sessão de cinema às 22h. Pelo menos era o que dizia no bilhete, porque os gajos da NOS são tão simpáticos que o filme começou às 22:30 (meia hora depois). Já passava da uma da manhã quando saí do cinema. Mas isso não me importou nadinha, porque curiosamente gostei bastante do filme (apesar de ter lá coisas que não apreciei muito).

A partir daqui SPOILER ALERT (depois não digam que não avisei)


Se o filme passado nos apresentou os novos heróis, que estavam em busca do herói passado, o Luke Skywalker, aqui expande-se isso e temos finalmente um Luke em cena. E despachamos já as coisas boas deste episódio:
Em primeiro lugar o Luke. Que bom que é vê-lo outra vez. E aqui está melhor que nunca. Por isso é com tristeza que o vemos "partir". Ainda assim, foi uma despedida condigna, numa cena emocional com a vista do horizonte para os dois sóis. Deu mesmo para soltar uma lágrima. E confesso que não estava à espera que fosse já neste filme. 
E isso ajuda-me  a explicar outro ponto positivo. Apesar de ir beber muita inspiração aos restantes filmes, aqui são tomados caminhos mais inesperados (pelo menos para mim). Vá, confessem lá: quem esperava que o Imper... ou melhor, o Supremo Líder Snoke fosse já com os cães... ainda por cima às mãos do Kylo Ren. Nesse aspecto, o "verdadeiro" Imperador, o Lord "Palpatine" Sidious. E essa cena quase que vale o filme: Kylo Ren a lutar, lado a lado, com a Rey. Das melhores lutas da saga. 
Ainda do lado positivo, o humor. Isso foi algo que esteve sempre presente, mas aqui esteve sempre impecável, mesmo sendo um filme mais negro. Aquela cena inicial na conversa entre o Poe e o General Hux é exemplo disso. Tão bom.


Mas vamos às coisas negativas do filme. Falemos já do elefante na sala, os Porgs. Há quem goste e há quem não goste. Mas aquilo é claramente feito para vender bonecos. Por que na realidade não têm utilidade nenhuma. Estão só ali como comic-relief, com os seus olhos super-hiper-mega-fofos, a fazer lembrar o Gato das Botas do Shrek. Confesso que me distraía um pouco do filme. Mesmo que tenha soltado uns sorrisos quando eles apareceram. Pelo menos os Ewoks, que também eram fofos, derrotaram o Império com paus e pedras. Estes estão lá mais para irritar o Chewbacca
Outra situação que não me agradou: toda a cena da "morte" da Princesa Leia (ou General). Então ela é sugada para o espaço, sem protecção, acorda e "voa" até uma nave para depois recuperar? Sim, eu sei que ela tem a Força do lado dela, afinal é uma Skywalker, mas caramba, foi puxar demasiado pela nossa "suspension of disbelief".
Finalmente, o subaproveitamento de algumas personagens, nomeadamente da Holdo (Laura Dern) e da Cap. Phasma. A Holdo foi lá substituir a Leia, enquanto ela recuperava. Confesso que preferia que ela tomasse o seu lugar a liderar os Rebeldes, até porque com a morte da Carrie Fisher, não sei como vão fazer no próximo episódio. Como a Holdo se sacrificou para salvar os Rebeldes, quem desempenhará esse papel? Se tivesse sido o oposto, seria uma bela despedida de uma heroína que nos acompanhou durante 40 anos. Já a Cap. Phasma não teve grande coisa para fazer. Fez lembrar o Bobba Fett. Os fãs adoram a personagem, mesmo sem ter muito que fazer e morrer assim do nada. 

No geral, claro que adorei o filme, mesmo com todos estes pontos negativos. Ficámos a gostar mais dos heróis e vilões... e ficou claro que o Kylo é o vilão principal. Por momentos pensei que haveria já a dita redenção. Deverá acontecer no próximo episódio. A Rey é a nossa heroína de serviço, e que bem que ela vai. E tanta coisa para saber a parentalidade dela, e para já nada. Aliás, a acreditar nas palavras do Kylo, ela é filha de uns tristes bêbedos. Vamos ver se se confirma daqui a dois anos.

Foda-se... só daqui a dois anos????

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