terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

FRANKENSTEIN (1931)

O universo dos monstros da Universal sempre me fascinou. Os meus preferidos são os menos icónicos: o Monstro da Lagoa Negra e o Homem Invisível. Frankenstein sempre foi posto de parte. Não lhe achava grande piada, mas o meu gosto por ele foi crescendo. E o que é certo é que cada vez que revejo o filme original, gosto mais dele. Vou sempre descobrindo detalhes, tomando atenção a coisas que antes não tomava. Depois de ter sido obrigado a ler o livro na faculdade, pois fazia parte do currículo de Literatura Inglesa, ainda gostei menos nessa altura. Deu dores de cabeça. Se fosse hoje, tirava 20 nessa disciplina.  
Sobre o filme, bem.. é um clássico do caraças. Pode não meter medo aos olhos de hoje, mas na época deve ter feito tremer as perninhas de meninas indefesas. 
O que eu vi hoje, ao rever Frankenstein, é que é um filme bonito. Que fotografia, que jogos de sombra... James Whale, o realizador,  a ir buscar a inspiração toda ao Expressionismo Alemão. Vejo ali muito do Caligari. 
Depois temos um elenco impecável com Colin Clive a fazer um Henry (??? E porque não adoptar o nome do livro, Victor?) tremendo sempre na fina linha de "cientista louco" e uma pessoa normal. 
E falar de Frankenstein e não referir Boris Karloff é no mínimo injusto. Que desempenho num papel que poderia cair numa caricatura. Karloff transmite uma inocência num personagem que facilmente poderia cair para o lado "monstrengo" da coisa.
Ficou na história e merece lá ficar por tudo o que representa. 

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