segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

SIGNS (2002)


Lembram-se quando o Shyamalan (acho que é assim que se escreve e não me apetece ir ao Google) fazia bons filmes? Pois, já lá vão uns anitos. Mas sejamos sinceros, se o gajo já nos deu The Sixth SenseUnbreakable ou o The Village (e este Signs - já lá vamos), bem pode fazer a merda que quiser actualmente. 
Era eu um caloiro em Coimbra, e numa das tarde que não me apeteceu ir à aulas, lá fui ao velhinho Avenida ver este filme. Sozinho, porque ainda era muito verde em Coimbra, e não havia muito pessoal que quisesse ir ver este filme ao cinema comigo. Copos era à noite. As manhãs para dormir. As tarde eram para ir à Faculdade passear os "apontamentos" (duas folhas em branco).

Deste Signs apenas uma coisa para começar: se não é o melhor, é um dos melhores filmes sobre invasões extra-terrestres.
- Banda-sonora a fazer lembrar Hitchcock;
- Elenco impecável. Os dois adultos (Mel Gibson Joaquin Phoenix) estão sempre bem. Até os miúdos não eram irritantes como é normal. 
- Um conjunto de cenas com um suspense inacreditável: cenas no milheiral; cena na casa do veterinário com o alien preso numa das divisões; cena na cave; cena em que vêm o vídeo do alien; etc etc etc... Não há uma cena que cortasse. Os flashbacks que vão dando pistas para o final. 


Sinceramente, eu queria apontar qualquer coisa de negativo, mas não consigo. Talvez o filme do Shyamalan que mais gosto de ver e rever! Há sempre qualquer coisa, um detalhe a descobrir.

(Se Hitchcock fizesse um filme de ETs, poderia muito bem ter feito este.)

TOP Shyamalan até ao momento:

Signs

(Próximo filme: The Village. O início do fim??)

UNBREAKABLE (2000)


Tempos houve em que o cinema pipoca não estava sobrelotado com filmes de super-heróis. E o ano 2000 foi o nascer de uma nova era nesse género. Porque até aí, é certo que já tínhamos tido Super-Homem e Batman, mas eram coisas esporádicas. 
Ora, no Verão de 2000, surge um filme com super-heróis que deu o pontapé de saída à enxurrada que existe hoje. Era o X-Men. A partir daqui as coisas (para o melhor e para o pior) nunca mais foram as mesmas. E se esse filme era bom (apresentou-nos o Wolverine), não era o melhor filme de super-heróis do ano. Essa honra coube ao "novo filme de Shyamalan". Sim, porque depois do Sexto Sentido, cada novo filme do realizador era um evento. 
Eu acho que as pessoas não estavam à espera do filme que levaram. Foi apresentado como um thriller de suspense e levamos com o filme do gajo que tem ossos de vidro e do outro que é "inquebrável". Ou seja, a estratégia de marketing saiu furada. Porque as pessoas esperavam uma coisa e levaram com outra completamente diferente.

SPOILERS para um filme com 17 anos

O que é que aqui temos? Temos então a "origin-story" de David Dunn (Bruce Willis) e como se torna numa espécie de "vigilante", como descobre os seus poderes. Aqui também há um vilão, o Elijah Price (Samuel L. Jackson), mas que só sabemos que é o vilão no final.

Mas Unbreakable é mais do que um filme de super-herói. É um filme sobre a descoberta, a obsessão. A obsessão do Elijah em descobrir um homem que é o oposto a si, leva-o a cometer os maiores atentados à vida humana. Provoca um acidente de avião, um grande incêndio e um descarrilamento de um comboio. Tudo porque está obcecado. 
Se há filme que nos dá uma perspectiva aprofundada do mundo dos comics e BD/ graphic-novels, este é o filme indicado. Uma espécie de lição para esse universo. 


Goste-se ou não de Shyamalan, há algo que temos de lhe tirar o chapéu. O gajo tenta ser sempre inovador (ou pelo menos diferente do padrão). Veja-se o seu trabalho com a câmara e os seus takes. Gosta de fazer uso das chamadas "one-takes" (cenas longas sem corte aparente), mas sempre com algum propósito. 
Depois há uma atenção ao detalhe: por exemplo no uso das cores. Já tinha falado deste pormenor no filme anterior (a importância da cor vermelha em Sexto Sentido. Aqui ganha outra importância. Todo o super-herói tem a sua cor: o Homem-Aranha e o seu vermelho, o Batman com o preto, o Super-Homem e Capitão América com as cores da bandeira norte-americana, etc. Neste filme, o herói veste o verde, e tudo o que está relacionado com ele tem essa cor. Já o vilão tem no roxo a sua cor de eleição. 

Uma palavra final para a dupla de protagonistas:
- Bruce Willis volta a ter uma interpretação contida e cheia de subtilezas. A partir daqui nunca mais foi mesmo.
- O Samuel L. Jackson tem uma interpretação também ela muito contida. O oposto de 90% dos filmes que faz. E não largou nenhum "Fuck" a meio do filme, o que não é normal.

Para concluir, dizer apenas que este é o melhor filme do Super-Homem de sempre, cuja água é a sua kryptonite. E como diz o Elijah no final do filme: o vilão é o oposto do herói que muitas vezes são amigos no início. (Isso acontece na série Smallville: Clark Kent e Lex Luthor eram antes de tudo amigos).

Um filme que tem envelhecido bem, do jeito que os grandes filmes são.

TOP Shyamalan até ao momento:

1º The Sixth Sense
Unbreakable

(Próximo filme: Signs. Um dos melhores filmes de invasões extraterrestres que conheço.)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

THE SIXTH SENSE (1999)


Tenho de começar o texto por avisar que tem SPOILERS, desta vez porque é realmente falar deste filme sem falar da história. Mas sejamos sinceros, tenho a certeza que os 3 indivíduos que acompanham o blog conhecem e viram este filme. 
Há aí um filme a estrear que se chama Split e parece que o filme é mesmo bom. O que nos dias de hoje, dizer isto de um filme do Shyamalan é coisa rara. No ano passado, o realizador já tinha dado sinais que ainda estava vivo com o filme muito simpático The Visit. Como fiquei mesmo interessado neste novo, decidi meter mãos à obra e rever a filmografia (pelo menos a que tinha lá por casa) do gajo. Porque Shyamalan já foi consensualmente um gajo com talento. Rei dos twists, apelidado de "next Spielberg". Uma espécie de Hitchcock dos tempos modernos.

Por isso, vamos lá ver. Em 1999, a internet era coisa que ainda estava um pouco atrasada (pelo menos para mim). A informação que tinha dos filmes vinha toda da revista Premiere (francesa e portuguesa). Mas acabava por ser informação limitada. E ainda bem. Hoje em dia, temos de lutar estoicamente para não ter informação a mais que nos possa tirar o prazer de ver um filme. Eu bem sei a luta que foi em 2015 conseguir ir ver o Star Wars sem nenhuma informação sobre a história do filme. E sei bem que não está a ser fácil aguentar até ir ver este Split.
Em 1999, essa tarefa era mais fácil. Por isso, chegar ao fim do Sexto Sentido e ficar com a típica expressão "WTF" era normal. Porque aquilo foi realmente inovador. E não digo que o Shyamalan tenha inventado a roda. O chamado twist sempre existiu no cinema, mas as pessoas não estavam preparadas para um twist assim. Ainda para mais pela forma como foi contado. 


Volto a avisar: SPOILERS

Mas o que é que trata este filme? Temos o Bruce Willis que é um psicólogo infantil que leva um balázio no bucho no início do filme. O filme avança um ano (creio eu), e ele começa a tratar um miúdo com problemas, o Haley J. Osment. O miúdo é introvertido, passa a vida com medo, os colegas fazem dele gato-sapato. Na verdade, o problema dele é que vê pessoas mortas. A frase "I see dead people" já faz parte das enciclopédias do cinema. E esse é o primeiro twist, a primeira grande revelação do filme, que só acontece a meio. Até ao momento da confissão do miúdo ao psicólogo, percebemos que alguma coisa vai mal, mas não propriamente o quê. A partir daí passam-se uma série de situações, e começamos nós (público) a ver os mortos. Até que chegamos ao final e dá-se o grande "twist". Bruce Willis descobre que afinal ele próprio também está morto (desde o início do filme). E nós descobrimos com ele. Ou seja, durante, praticamente, toda a duração, vemos o filme pelos olhos do Bruce. O que temos ali não é, afinal, um twist. Aliás, todas as situações do filme nos dão provas que ele não está vivo. O gajo não contracena com ninguém, a não ser com o puto. Nunca nos é escondido de alguma forma essa situação. Ao contrário, são-nos dadas tantas pistas para essa revelação final, que a mestria do Shyamalan reside aí mesmo. É que só faltava ao Bruce ter um papel na testa a dizer "eu estou morto" desde que levei o tal balázio no bucho. Acontece que o espectador está tão formatado para um padrão que fica ofuscado. E aí, eu levanto-me e aplaudo o Shyamalan pela ousadia de fazer de nós parvos. 
E por causa disto, o filme só ganha com uma segunda, terceira visualização. Depois de sabermos o principal, já vemos o filme com outros olhos. 

Tecnicamente o filme está do melhor. Desde a banda-sonora do James Newton Howard, que nos deixa com um arrepio na nuca o filme todo, até à própria fotografia. E depois pequenos detalhes que só conseguimos reparar depois de ver várias vezes. Por exemplo, o uso do vermelho, cor associada muitas vezes à morte. Só em casos específicos é que o vermelho é utilizado: camisola do puto; a cena do balão vermelho e escadas com tapete vermelho; o vestido de uma mulher numa cena importante; a maçaneta da porta para a cave que o Bruce tenta abrir várias vezes durante o filme. 


Uma palavra para a dupla principal do filme. Os filmes do Shyamalan (este e o Unbreakable) devem ter sido os últimos em que o Bruce Willis esteve bem. Aliás, não me lembro de uma interpretação dele com tanta subtileza como aqui. Já o Haley Joel Osment deve ter aqui uma das melhores interpretações infantis que me lembro. Os putos no cinema têm a tendência para ser muito irritantes. E com este personagem isso era muito fácil de acontecer. Só que o puto tem uma interpretação de alto nível, digna de prémios e Óscares e tal.

Finalmente, digo só uma coisa: este é um verdadeiro filme de terror. Não que tenha monstros, sangue, gore ou jump-scares. Este vai à raiz do medo. Basta-me uma cena para exemplificar isso, e nem envolve directamente os personagens principais. A dada altura, durante um funeral, o pai da defunta assiste a um vídeo de como a filha foi morrendo envenenada pela madrasta. Essa cena provoca tal sentimento que é de horror primário. Um pai que perde a filha, que foi envenenada pela companheira. Querem algo mais terrífico? 

E como o texto já vai longo, concluo apenas dizendo que mais do que um filme sobre um miúdo que vê pessoas mortas, este é um filme sobre fé, arrependimento, mágoa, pesar, mágoa. Um filme que envelhece como o vinho do Porto, e que foi uma entrada pela porta grande ao grande público de Shyamalan

TOP Shyamalan até ao momento:

The Sixth Sense

(Próximo filme: Unbreakable. Um filme de super-heróis sobre super-heróis.)

PS. Antes que me esqueça: ide ver a cena em que o puto revela ao psicólogo que vê mortos. A forma como está filmada. A sério... ide lá que vale tanto a pena. Depois digam-me se não sentiram os vossos pêlos do corpo eriçarem-se.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

CAPTAIN AMERICA / AVENGERS: CIVIL WAR (2016)


E começa assim a chamada "Phase 3" da Marvel Cinematic Universe (MCU). No entanto, este parece ser um filme de final de ciclo, em vez de início. Mas isso sou eu que não percebo nada desta saga e deste universo. 
Antes de mais, o título. Porque raio se chama "Capitão América" se estão ali todos os Avengers e mais alguns (à excepção do Thor e do Hulk)? Sim, eu percebo que a história segue um pouco os eventos do Winter Soldier, com o enredo que envolve o Bucky Barnes, mas caramba, também sucede a todos os eventos anteriores e ainda por cima mete todos os Vingadores. Mas isso é um preciosismo meu. Não vou falar mal (e bem) do filme por causa do título. São opções que os entusiastas do universo Marvel perceberão melhor que eu. E se a opção foi essa, deverão ter a sua razão para tal. 
Mas esse facto complica-me a análise. Não gosto nem mais nem menos do filme, mas se por um lado acho este filme o pior da trilogia Captain America, por outro, acho o melhor filme da trilogia Avengers (se é que me faço entender). Ah, e lá por achar que é o pior do Capitão América, não quer dizer que ache um mau filme. 

O filme até pode ser facilmente resumido: depois de todos os conflitos dos anteriores filmes, as Nações Unidas acham que os Vingadores são importantes para a manutenção da paz no planeta mas que devem ser "contidos, ou seja, deverão deixar de ser uma organização privada e só poderão agir quando e onde a ONU entender. Dentro da equipa surgem duas facções: O Tony Stark concorda com esta "imposição". Do outro lado está o Steve Rogers que não está totalmente de acordo com isso. 

O maior problema do filme é todo o sub-enredo. Há ali vilões, que a bem dizer já nem me lembro bem quem são (e só vi o filme há dois dias). E depois toda a história com o Bucky Barnes, que é uma espécie de catalisador de toda a trama que vemos nos trailers, nomeadamente, a luta entre Iron Man de um lado e do Captain e Bucky do outro. 
Para mim, isso é um problema: é demasiada coisa a acontecer. 

Mas vamos lá aos pontos positivos do filme, que ainda são alguns.
- A forma como o conflito entre os dois lados da barricada é contado está muito bom. Confesso que antes de ver o filme, sempre pensei que iria estar do lado do team-Captain. Acontece que as coisas são contadas de tal forma que é impossível tomar partidos. Conseguimos entender as razões de ambas as partes e isso torna a famosa cena do aeroporto ainda mais emocionante. 
- Em última análise acaba por ser um filme sobre a amizade com o Steve Rogers no centro das atenções. Por um lado deve fidelidade ao grupo, mas por outro, Bucky é quem quer salvar (aqui eu percebo por que razão está "Captain America" no título).
- Gostei de ver o lado mais contido, mais humano e menos egocêntrico do Tony Stark, o que ajudou a que pudesse torcer (também) por ele.
- Se no filme anterior dos Avengers, havia cenas de acção muito más, com péssimo CGI, aqui isso não acontece. Aquela cena no aeroporto está muito boa porque conjuga quase sempre bem o CGI com o "stunt-work" ou trabalho dos duplos. E depois foi positivo terem juntado pitadas de humor nas lutas. Algumas one-liners caíram muito bem. Foi um autêntico Royal Rumble (os fãs de wrestling deverão entender o termo).
- Dos Avengers "secundários", destaque para o Ant-Man. Não me lembrava que se podia tornar gigante. As cenas com ele são sempre boas pois tem a vantagem visual do encolhimento, o que dá boas imagens.


Do lado negativo, além da história do sub-plot (que é importante), mais uns apontamentos:
- A introdução de novos personagens/ heróis, que pareceram metidas a pontapé. O Black Panther caiu ali de pára-quedas. Mas curti muito o fato dele. E acho que deve dar um bom filme a solo.
- A introdução do Spider-Man pareceu um fan-service. O Homem Aranha é (creio eu) o super-herói mais querido da Marvel, e como só agora conseguiram os direitos cinematográficos, acharam por bem enfiá-lo neste filme. É certo que não está em cena muito tempo, mas confesso que me pareceu desenquadrado. Ah, mas acabei por gostar das cenas com ele, só que não achei que coincidissem com o resto do filme. Ah, mas a tia May (Marisa Tomei) é uma autêntica milf, que vai acrescentar muito ao filme que aí vem do Peter Parker

Nota final: sempre fui crítico da maioria dos filmes da MCU. Continuo a ser. No entanto, tenho-os achado melhores, apesar de achar que se levam demasiado a sério. Percebo o fascínio pelos filmes, mas acho que esse fascínio é na generalidade das pessoas que já conheciam todo o universo das bandas-desenhadas. Eu vejo os filmes como alguém que não conhece praticamente nada do material de origem, e para quem o género não é o preferido.

TOP MCU até ao momento:

3º Captain America: The Winter Soldier
4º Ant-Man
Captain America: Civil War
7º Thor
9º Iron Man
13º Iron Man 2

(Próximo filme: Doctor Strange. Mais uma introdução a outro herói. É impressão minha, ou alguns vão ter de começar a morrer para dar lugar a outros?)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

TOP 2016 MOVIES

Epa, já vou atrasado nesta coisa dos tops de melhores do ano. Mas queria ver mais uns quantos (que acabei por não ver). Sim, muitos vão ficar de fora e que se calhar deveriam estar aqui. Por isso este top, é daqueles que mostra os filmes que mais me entreteram de alguma forma. Os mais "divertidos", aqueles que eu acho que foram mesmo bons, mesmo que para a maioria possa ser merda. Não há nenhum filme do cinema de leste, por exemplo. Por isso, a maioria dos filmes podem ser daqueles que toda a gente viu e não, necessariamente, os mais "artísticos" (à falta de melhor palavra). 
E do melhor ao menos bom, estes são os 10 "melhores" filmes de 2016, dos cerca de 50 filmes que vi o ano passado.

DEADPOOL, de Tim Miller


«Depois tem uma banda-sonora que é a antítese dos filmes de super-heróis, a culminar no Careless Whisper. Mas que funciona tão bom. Tem sexo, sangue, piadas porcas.» (ver comentário aqui)

TRAIN TO BUSAN, de Yeon Sang-Ho


«É claramente o melhor filme de terror do ano, e um dos melhores filmes.» (ver comentário aqui)

HELL OR HIGH WATER, de David Mackenzie


«Conhecem aquelas mulheres que dizem: não é o que tu dizes, mas a forma como o dizes"? Aqui é mais ou menos isso: não é a história do filme mas a forma como esse filme é contado.» (ver comentário aqui)

10 CLOVERFIELD LANE, de Dan Trachtenberg


«A minha forma de vos tentar convencer a ver o filme é isto: se gostam da série Twilight Zone, pensem neste filme como um episódio alargado da mesma.» (ver comentário aqui)

THE JUNGLE BOOK, de Jon Favreau


«No geral, é o melhor filme com animais falantes que me lembro. O melhor uso do CGI. Basicamente, o filme que não esperava nada e no final deu tudo.» (ver comentário aqui)

ROGUE ONE: A STAR WARS STORY, de Gareth Edwards


«Acaba por ser o filme mais triste da saga. Nós já sabíamos (mais ou menos) o desfecho, mas as cenas em que os personagens principais vão morrendo TODAS, acaba por nos deixar melancólicos. » (ver comentário aqui)

THE NICE GUYS, de Shane Black


«O que tiramos deste filme: quase duas horas de riso constante; uma dupla com uma química que já não via há algum tempo no cinema; como o filme aborda assuntos do mundo da pornografia, temos ali algumas mamas; um filme diferente desses blockbusters que poluem todas as semanas as salas de cinema.» (ver comentário aqui)

THE CONJURING 2, de James Wan


«Mas aqui, digo desde já que não é esse o caso. Este é um filme bem melhor que o antecessor. Começo a achar que James Wan é o novo mestre do terror.» (ver comentário aqui)

DEEPWATER HORIZON, de Peter Berg


«E os gajos da BP? Aquilo é gente para barrar o corpo com petróleo e largá-los numa fogueira. (Atenção que não quero incitar à violência. Não leiam as coisas de forma literal).» (ver comentário aqui)

10º DON'T BREATHE, de Fede Alvarez


Filme claustrofóbico e cheio de suspense.

MENÇÕES HONROSAS

The Shallows, The Magnificent Seven, War Dogs, Neighbors 2...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

ANT-MAN (2015)


(Texto escrito aquando da estreia do filme, a 20/07/2015, reaproveitado para esta maratona.)

Hoje em dia a Marvel é uma fábrica de fazer dinheiro. Não percebo porquê... ou se calhar percebo. Mesmo que 90% dos filmes sejam uma autêntica merda, a verdade é que todos os putos e mesmo pessoal mais velho adere em massa. De há uns tempos para cá, decidiram criar o chamado "Marvel Cinematic Universe". Ou seja, um esquema para sacar dinheiro aos espectadores. Fazem uma série de filmes sobre cada super-herói deste universo, mas  que de certa forma estão interligados entre eles... Juntam depois tudo nos Vingadores, e depois com a desculpa que temos de ver tudo para entender os Vingadores. Tem sido de tal forma lucrativo que a DC Comics já imitou e começou o seu universo. 
Sempre fui crítico dos filmes novos da Marvel. Aborrecidos, muito barulho e pouco conteúdo. Claro que dos novos há excepções e gostei bastante do Captain America: The Winter Soldier ou do Guardians of the Galaxy.
Confesso que fui com algumas expectativas para este Ant-Man. Sou fã do tema do "encolhimento" (à falta de palavra melhor) e gosto do Paul Rudd.
Para estes filmes o que eu quero é passar um bom bocado, sem apanhar grandes secas. E quanto a isso missão cumprida. Não se perde grande tempo com a origem do herói. É só um tipo que é ladrão, sai da prisão e que ter contacto com a filha. Depois o Michael Douglas contrata o tipo que é ladrão para roubar a tecnologia que o vilão conseguiu criar. Por isso, basicamente é um "heist-movie". 
O bom que este filme tem é o não querer ser maior e mais barulhento que os anteriores da Marvel, o que normalmente acontece em sequelas. É só um filme de assalto, que mete as normais cenas de treino, uma mulher para fazer ali o objecto de interesse amoroso, um vilão com ideias megalómanas e humor, que é o que falta normalmente aos outros filmes.
Dos efeitos, tenho de dizer que gostei. Não me pareceu o falso que é  maioria dos blockbusters actuais. Mesmo as formigas criadas digitalmente estão bem esgalhadas. As proporções também, o que é um problema de grande parte dos filmes deste tema. 
O elenco esteve competente. Michael Douglas é sempre Michael Douglas. E se no ano passado o Chris Pratt era o herói de acção inesperado, este ano esse papel fica com o Paul Rudd. Um habitué de comédias românticas ou só comédias, o tipo vai bem como estrela de acção, mas porque "impôs" (tal como o Pratt) a sua característica de humor. E sabe-se que no humor o timing é a chave. E isso o Rudd sabe-la toda. Também o Michael Peña esteve impecável. Teve dos melhores momentos do filme.

É um filme pipoca, que entretém, mesmo que não vá ficar na memória ou história do cinema. 
No que respeita o encolhimento, nenhum se aproxima da obra-prima que foi The Incredible Shrinking Man.

TOP MCU até ao momento:

6º Thor
8º Iron Man
12º Iron Man 2

(Próximo filme: Captain America: Civil War. Para ver se a trilogia se torna na melhor trilogia de super-heróis de sempre, a seguir à do Dark Knight.)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

AVENGERS: AGE OF ULTRON (2015)


Há uns tempos já tinha escrito aqui sobre este filme. Fui o maior crítico e nesse comentário apenas disse: "Comecei a ver e dez minutos depois estava a dormir". Como ando nesta fase de rever por ordem todos os da MCU, tive de passar por este. E começo já por dizer: a minha opinião em relação ao filme mudou.... para melhor. Desta vez consegui ver o filme todo sem adormecer, e mesmo achando que tem coisas más (basicamente as mesmas dos filmes anteriores), também tem coisas positivas.

É POSSÍVEL QUE A PARTIR DAQUI HAJA UM OU OUTRO SPOILER

Uma das coisas positivas é que começa logo pelo pior. Aquela cena antes dos créditos iniciais, numa batalha na floresta onde andam todos atrás do ceptro do Loki, é tão má, que não compreendo como conseguiram fazê-la. Mau CGI, uma salganhada de todo o tamanho, que é como quem diz: todos ao molho e fé em deus.
Passa-se isso, recuperam o ceptro, e depois o Stark decide criar (inadvertidamente) uma espécie de programa, a partir do Jarvis, que se torna no vilão principal do filme: o Ultron. Ganha forma  e recruta dois irmãos gémeos, que pouco depois viram para o lado bom: o Quicksilver e a Scarlet Witch (acho que estes nomes não são referidos no filme).

Uma coisa boa neste filme é que é dada mais importância e relevo ao personagem do Hawkeye. Para uns poderá até parecer que esta "side-story" da família dele é uma desculpa para explicar a razão dele fazer parte do grupo. Sinceramente, gostei dessa história paralela. 
Já o caso meio-amoroso entre o Banner e a Natasha pareceu-me completamente fora de tom e sem lógica. Um pouco como na série Friends tentaram encaixar a Rachel com o Joey (só alguns vão perceber esta referência). E o Banner é tão conas que tinha uma Scarlett Johansson a querer saltar-lhe para cima e ele nada. Devia estar com medo de ficar verde e aleijar a moça.

Entretanto, e com a equipa pouco unida, decidem que sozinhos não conseguem derrotar o Ultron. E o que é que fazem? Criam mais um "monstro", que ao fim ao cabo não me pareceu assim tão poderoso, o Vision
Ah, e parece que neste filme também há mais uma "infinity-stone", neste caso, a "mind-stone". Estas pedras fazem-me lembrar as bolas de cristal do Dragon Ball, que quando são todas reunidas, isso vai dar algum tipo de poder. E por falar em Dragon Ball, este filme tem mais destruição que uma batalha na série japonesa. Ainda criticavam o Man of Steel por toda a destruição causada.

Uma pergunta que me surgiu enquanto via o filme era sobre a relevância do mesmo para o universo geral da Marvel? Será que a MCU não passava bem sem este filme?


Positivo:
- A introdução do Quicksilver. É sempre um personagem cool para aparecer. Pena que não tenha passado deste filme, que se sacrificou para salvar o Hawkeye.
- O decote da Scarlet Witch. É bom ver que há mais girl-power, sem ser apenas com a Black Widow.
- Hawkeye mais badass, mais relevante, e ainda dá uma lição de moral à Witch.
- Se a batalha do início era péssima, já a batalha final vale pelo filme todo. Muito porreira, com momentos de humor.

Negativo:
- Continua a salganhada do anterior Avengers.
- Muitas explicações "científicas" que ninguém quer saber.
- O porta-aviões está de volta.
- O Samuel L. Jackson foi só lá receber o cheque.

Para concluir, tenho de dar o braço a torcer. Não é tão mau como o pintei na primeira vez que o vi. Tem elementos novos muito bons, apesar de caírem nos erros dos filmes anteriores, nomeadamente aqueles que juntam mais heróis.

TOP MCU até ao momento:

Thor
8º Avengers: Age of Ultron

(Próximo filme: Ant-Man. Gostei na primeira vez que o vi. Bastante divertido.)


terça-feira, 10 de janeiro de 2017

PETE'S DRAGON (2016)


Corria o ano de 1989/90 (não sei precisar ao certo, porque já não vou para novo) quando descobri uma VHS lá em casa. Eu tinha uns 7/8 anos mas já sabia utilizar um leitor de vídeo. Para os mais novos que estejam a ler isto, um leitor de VHS funcionava da seguinte maneira: tínhamos um leitor ao qual inseríamos um objecto que chamávamos de cassete. E pronto, carregava-se no play e o filme começava. Aliás, por vezes nem era preciso carregar no play porque o filme começava automaticamente. Hoje em dia, para vermos um filme num leitor de DVD ou bluray, ainda temos de ir às configurações seleccionar as legendas e/ou o audio. E depois há filmes cujo menu não é assim tão óbvio. É coisa que os mais velhos nem sempre conseguem fazer. 
Mas estava a dizer que descobri uma cassete em casa, onde na lombada dizia "O Meu Amigo Dragão". Como era uma cassete gravada, não tinha direito a capa do filme que estava lá dentro. Um dia lá meti a cassete no leitor e fico a ver. O quê?? Um filme brasileiro? Já me bastavam as telenovelas da hora de almoço e jantar que tinha de ver porque não dava mais nada. Esses primeiros segundos afugentaram-me. Um filme brasileiro (não sabia que existiam dobragens, por isso se falavam em brasileiro, então o filme também o era), e ainda por cima não eram bonecos. Nem sei como fui aguentando até perceber o que era. Entretanto aparece um dragão em desenho animado. Ahhh... agora sim. O filme lá me colou. Mesmo com as musiquinhas todas lá pelo meio (afinal era um filme Disney) tinha adorado aquilo. A história de um menino órfão que faz amizade com um dragão. Foram dezenas as vezes que vi o filme.
Passaram uns anos, e o filme ficou adormecido na minha memória até que encontrei o DVD à venda. Não o consegui ver na versão original mas sim a dobrada. No entanto, o filme voltou a adormecer na minha memória. Até ao ano passado.

Parece que a Disney anda numa fase em que quer refazer tudo o que já fez anteriormente. Desde os clássicos de animação, em que Cinderela e O Livro da Selva já foram corridos a remakes, até filmes em acção real. Este já está despachado. Parece que vêm aí mais, entre eles a Mary Poppins. Em vez de voltar a mostrar os clássicos mais antigos, toca a refazer tudo para as gerações mais novas. Porque os putos de agora não vão à bola com cinema antigo.
Este Pete's Dragon é uma revisita a um filme que não era um grande clássico. Muita gente desconhecia o original. Mesmo pessoal da minha idade. 
O filme começa logo com a parte do acidente de carro que deixa o puto órfão e onde o mesmo conhece o dragão a quem dá o nome de Elliot. Desta vez não há cá desenho animado e toca a fazer uso do CGI ultra-moderno para dar vida ao bicho. E o que é certo é que resultou em cheio. Apesar do filme se chamar, numa tradução literal, o Dragão do Pete, o dragão propriamente dito não aparece muito no filme. Aparece no início para nos mostrar todo o convívio com o miúdo, mas a partir do momento em que o órfão é resgatado, pouco aparece, à excepção do final. Isso pode desapontar um pouco, porque todos nós vemos o filme para "estar" com o Elliot e depois sabe a pouco. 


Mas o filme tem coisas muito positivas. Desde logo, é um filme de pura fantasia como poucos. Aliás, actualmente já não se fazem filmes destes. Por isso é bom que algum estúdio arrisca. E este filme respira Disney por todos os lados. Aquela Disney que nos habituámos a conhecer. Mais ou menos ao mesmo tempo que saía este, o Spielberg estreava o seu The BFG
Depois é mais um filme que serve para nos mostrar que os seres-humanos podem ser lixo. Ah, o puto chega a não ser irritante, como qualquer criança do cinema pode ser. 

Do lado negativo poderia apontar o elenco, ou a forma como é aproveitado. Vamos buscar actores do calibre do Robert Redford ou Karl Urban e depois são do mais superficial que existe. Qualquer actor em início de carreira poderia fazer aquilo. Claro que a culpa não é deles, mas os personagens são muito flat, sem profundidade alguma, à excepção do rapazito.

No geral, é um filme que não ofende, não transcende mas que poderia fazer sonhar qualquer gaiato, mas os putos de hoje em dia não sei se ligam muito a isso. Fosse feito nos anos 80, e talvez tivéssemos aqui um clássico.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

GUARDIANS OF THE GALAXY (2014)


E ao décimo filme da MCU, o melhor de todos. Pode ser coincidência não meter lá nenhum dos heróis que já apresentaram antes. 
A pergunta que se impõe: que drogas estavam a tomar os criadores deste grupo de personagens? E mais, como é que um filme com um gajo branco, uma gaja verde, uma árvore, um gauxinim e um wrestler funciona tão bem? Mas a sério, eu quero uma droga dessas!

O filme começa logo nos anos 80. E se ao início parece que vamos estar perante um drama familiar, até porque ficamos a conhecer o Peter Quill em criança que perde a sua mãe, isso perde-se logo a seguir nos créditos iniciais. E desculpem que vos diga, mas a Marvel nunca mais vai conseguir uns créditos iniciais assim tão cool (é provável que vá utilizar a palavra "cool" cerca de várias vezes ao longo deste texto). Ver Chris Pratt a dançar ao som de "Come and get your love" (ver cena completa aqui) dá logo o tom do filme e corta com o drama da cena anterior. E que tom é esse? É o tom que todos os filmes do género deveriam ter. É o tom relaxado, despretensioso, sem se levar muito a sério. Claro que ajuda ter o carisma do Pratt, o que faz gostar logo do personagem. Entretanto ficamos a conhecer o resto do gang: Gamora, Drax, Groot e Rocket.

A história gira toda ela em torno de um objecto que toda a gente quer, o Orbe, a "infinity stone" que serve um pouco como o MacGuffin do filme. Ou seja, é algo muito pouco original neste género de filmes. E sinceramente é o que menos me importa, porque o que realmente queremos ver é a interacção entre o grupo. Aliás, o vilão é completamente "esquecível". Primeiro, porque o Ronan não é o Loki; e depois porque Ronan é só o número 2, o pau-mandado do Thanos. (Eu sei que o Darth Vader também era o número 2, subserviente ao Imperador, mas nem entremos em comparações).
Portanto ficam já despachados os pontos negativos do filme: história banalíssima e o vilão.


De positivo, todas as cenas com o grupo principal e mesmo isolados, porque é isso que queremos ver e que estamos ansiosos para ver no Vol. 2.
- Starlord é uma espécie de Han Solo e que segundo a Gamora é dono de uma "pelvic sorcery". E Chris Pratt é perfeito no papel. Um gajo da comédia, cheio de timing e carisma, que é impossível apontar algum defeito.

- Gamora é a gaja azul do Avatar que agora é verde. Esta mulher (Zoe Saldana) já passou mais tempo na cadeira de caracterização a ser pintada que um veterano travesti. 

- Drax, ou o gajo que leva tudo à letra. Este filme é tão bom que conseguiu fazer de Dave Bautista, um gajo do wrestling, um bom actor (pelo menos neste registo).

- Groot, ou a árvore que destronou a árvore do Senhor dos Anéis como "melhor árvore do cinema". E mesmo tendo apenas 3 palavras repetidas até à exaustão, consegue ser uma espécie de Chewbacca do grupo.

- Rocket, o guaxinim. Um personagem que poderia ter corrido tão mal (poderia ter sido o Jar Jar Binks da Marvel), e no entanto correu tão bem. Um bad-ass, inteligente, cheio de coolness e com uma resposta para tudo. No final, quando o amigo se sacrifica, consegue ainda ser comovente. Por mim podiam fazer um filme só com ele, se bem que eu gosto mesmo é de o ver inserido nesta equipa.

Fora deste grupo, há ainda lá um gajo azul que usa uma espécie de seta como arma. E a cena onde mata uma série de soldados sem se mexer é muito boa. 

O filme é, no geral, uma boa comédia com cenas de acção e sci-fi. Confesso que tenho pena que se insira no universo cinemático da Marvel, pois isso vai obrigar a que, mais tarde ou mais cedo, se junto à equipa dos Vingadores. Por mim era algo para manterem nas suas próprias aventuras e não se misturarem. Prevejo que vá ser uma grande salganhada.

Duas notas finais para a aparição do Baby Groot. É certo que serve para vender muitos bonecos, mas caramba, é capaz de ser a coisa mais fofa do cinema dos últimos anos. E diz o gajo que é muito macho.

E finalmente uma palavrinha para a banda-sonora, que conseguiu reunir e revitalizar músicas que estavam adormecidas. Afinal, quem é que se lembrava do "Hooked on a feeling"? Ninguém, e no entanto anda em muito leitor hoje em dia, graças ao filme.

TOP MCU até ao momento:
Guardians of the Galaxy 
Thor

(Próximo filme: Avengers: Age of Ultorn. Da única vez que o vi, adormeci ao final de 10 minutos de filme.)


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

I SPIT ON YOUR GRAVE (2010)


Bem, há um sub-género de filmes dentro do terror que são os filmes de "violação seguido de vingança". A wikipedia chama o género de "rape and revenge". Nesta categoria temos uma pessoa (normalmente uma mulher) que é violada, deixada às portas da morte, ao que se segue a vingança. O que varia nestes filmes é o grau. Grau de violência das cenas da violação e o grau de malvadez da pessoa que se vinga. Claro que há quem goste e quem não goste, mas quer queiramos ou não, esses filmes são uma realidade.


MUITOS SPOILERS A PARTIR DAQUI

Este I Spit On Your Grave (não tem título em português de Portugal) segue essa fórmula à risca. Temos uma jovem mulher que vai para uma espécie de cabana. Pretende ter paz para escrever um livro. Os labregos da cidade vão ter com ela, violam-na de todas as formas e feitios (não interessa descrever). Ela consegue escapar e semanas depois volta para se vingar de cada um desses labregos.

Claro que o que se pretende com estes filmes não é contar uma boa história. O que se pretende é antes chocar. E como é que se choca um espectador sensível (ou não)? Com cenas macabras explícitas. Pelo menos é o que pensam os criadores e realizador do filme.


Parece que este filme é um remake de um com o mesmo nome dos anos 70. Ainda não vi esse original, mas a avaliar pelas imagens do trailer é um produto daquele tempo. Mais sujo, com actores menos bonecos de passerelle. 
Ainda assim este filme cumpre àquilo a que se propõe. Imagens mais ou menos chocantes e provocadoras e torture-porn ao bom estilo de Saw. As cenas da violação acabam por resultar. O Sheriff chega mesmo a dizer: "Don't worry sweetheart! I'm an ass man". 

Mas se as cenas da violação já eram violentas, a vingança não fica atrás. Temos então quatro homens que vão ser mortos. Cada um com mais ou menos sangue, mais ou menos malvadez. 
Um dos membros é atado a uma árvore. Era o gajo que filmava tudo. Aqui é ele o filmado. Como está imobilizado e de olhos bem abertos, vê os corvos arrancarem-lhe os olhos. Violento e explícito.

Outro dos membros está pendurado e atado, completamente nu. Com uma tesoura daquelas grandes da poda, a gaja corta-lhe a pila. A pièce de résistance vem quando ela lhe enfia a própria pila na boca. Confesso que me ia vomitando quando vi a cena. 


Finalmente a morte final do Sheriff, o ass-man. O gajo acorda debruçado numa mesa, de calças arreadas com uma espingarda enfiada no cu. A gaja depois de abusar do cu dele com a arma, ata um cordel ao gatilho. O quarto membro quando acorda puxa, sem querer o cordel, a arma dispara e mata os dois ao mesmo tempo.
Vingança conseguida e fim de filme.

Claro que ao ver este produto, é impossível não pensar no The Last House on The Left (comentário aqui), que saiu um ano antes. Esse era mesmo um Bom filme do género. Tentaram aproveitar o embalo mas que não resultou nas bilheteiras. Acaba por ser um filme que resulta no formato vídeo (aluguer, compra ou download legal e ilegal).

A saga ainda tem mais dois filmes e uma terceira sequela a caminho. 


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

TOP 5 HORROR 2016

Ficaram muitos de fora pela simples razão que não vi. Ou seja, daqueles que vi, estes foram os meus preferidos. São apenas 5, mas há lugar para as menções honrosas: 
- Ouija: Origin of Evil
- Lights Out
- Blair Witch
- Sharknado 4: The 4th Awakens (não sei se este se inclui neste género).

Mas como só queria escolher 5, aqui ficam os meus de eleição.

5º- DON'T BREATHE - Nem Respires, de Fede Alvarez


Claustrofóbico e cheio de suspense. 

4º- THE SHALLOWS - Águas Perigosas, de Jaume Collet-Serra


«A primeira parte do filme (até ao primeiro ataque) serve para vermos a Blake Lively a desfilar o seu corpo em biquíni. Boas imagens da paisagem, mar e corpo da Blake. E que corpo.»

3º- THE CONJURING 2 - A Evocação, de James Wan


«Antes de mais, tenho de dizer que este filme é tudo menos original. O que não falta por aí são filmes onde temos casas que rangem (check), famílias com filhos (check), espíritos que atormentam a casa (check), espíritos que atormentam um dos filhos (check), "exorcistas" (check). O que se destaca neste filme é mesmo a forma como as coisas são feitas, e aqui honra seja feita ao realizador.»

2º- 10 CLOVERFIELD LANE, de Dan Trachtenberg


«A minha forma de vos tentar convencer a ver o filme é isto: se gostam da série Twilight Zone, pensem neste filme como um episódio alargado da mesma.»

TRAIN TO BUSAN, de Sang-ho Yeon


«Epa, e as cenas dos ataques, seja no comboio, seja na estação em que param pela primeira vez são do melhor que já vi. Os americanos poderiam aprender umas coisitas.» (Melhor filme de zombies deste século.)