sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

MIRACLES (1989)

THE GODFATHER GOES EAST

Os anos 80 são talvez o auge da carreira de Jackie Chan. Este Miracles (o título português que me lembro era A Rosa da Sorte) não sendo dos mais conhecidos ficou na minha memória desde o dia que o vi. Lá pelo ano de 1997, foi quando descobri Jackie Chan. Foi amor à primeira vista. A partir daí, as minhas passagens pelo videoclube tornaram-se mais fáceis: em vez de passar horas a escolher um ou dois filmes, procurava logo por algo do Jackie que ainda não tivesse visto. Num desses dias foi a vez deste Miracles. Tornou-se num dos meus preferidos. Leio hoje em dia que há pessoal que não gosta porque não tem tanta acção. Basicamente tem 3 grandes cenas e chega. Mas o filme é bem mais que isso. Tem intriga, tem comédia, tem acção (com selo de garantia Chan). 
Mas depois há mais um detalhe: é, para mim, o filme mais bem realizado por Jackie Chan. Eu sei que ele vai ser sempre conhecido como o mestre, o maior, nas artes marciais, nas cenas sem duplo, etc. E isso faz com que as pessoas se esqueçam que ele é também um óptimo realizador. O que é pena... No futuro ele merece ser lembrado também por isso.

domingo, 3 de dezembro de 2023

THE EXORCIST: BELIEVER (2023)

Que merda se passou aqui???!!!
Será que os criadores desta bosta viram o Exorcista original?? Ou leram só uma sinopse e decidiram que tinham sequer o direito de fazer uma sequela?? 
Mais valia terem dado a realização do filme ao Rob Zombie..
Ora, afinal o que há de mau nisto??? 
- o principal é que me estou completamente a cagar para as vítimas do Pazuzu. Não houve tempo para criar qualquer laço de empatia para com nenhuma das miúdas. Logo, quando são possuídas, a minha reacção é de uma neutralidade abismal.
- um dos pontos fortes do filme original era o ambiente criado... desde o build up todo, até ao exorcismo propriamente dito. Aquele quarto da Reagan deixava o coração aos pulos. O ambiente frio e cru de todo o filme. Aqui não há pingo de suspense, é tudo limpinho com medo de afugentar as novas gerações de espectadores. 
- eu gosto de fan-service, ou seja, quando nos tentam assaltar as emoções porque nos encaixam coisas que conseguimos reconhecer. Aqui atiram-nos com momentos à cara, só porque sim... cães à luta só porque isso aparecia no primeiro. Depois fazem o marketing todo do filme com a Ellen Burstyn, e no fim aparece lá um pouco para ser despachada em 5 minutos e voltar no fim só para vermos 2 segundos da Linda Blair. Se excluir essas cenas, o filme era praticamente o mesmo.

Mas eu gosto de ver o copo meio cheio: nunca fui contra sequelas, remakes, reboots. Se funcionarem, óptimo. Se não funcionarem, o que é o caso, que sirva para que novas pessoas vejam o filme original, que se volte a falar dele. Não é à toa que muitos dizem tratar-se do filme mais aterrador de sempre (eu incluído). Ah, e a cena em que o padre é morte com a rotação da cabeça.