sexta-feira, 15 de junho de 2012

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ciclo Spielberg - War Horse (2011)


Resumo

«Cavalo de Guerra começa com uma comovente amizade entre um cavalo de nome Joey e um rapaz de nome Albert, que o doma e treina. Quando são forçados a separar-se, o filme segue a extraordinária viagem do cavalo e o seu percurso na guerra, mudando e inspirando as vidas daqueles que com ele se cruza - a Cavalaria Britânica, soldados alemães e um agricultor francês e a sua neta - antes de a história atingir o seu clímax em pleno campo de batalha em Terra de Ninguém. A Primeira Guerra Mundial é vivida pelos olhos deste cavalo - uma viagem de alegrias e tristezas, amizade verdadeira e aventura. Cavalo de Guerra é uma das grandes histórias de amizade em tempos de guerra - um bem sucedido romance transformado num espectáculo que invadiu as salas de teatro internacionais com grande sucesso e que já está na Broadway. Uma adaptação épica de um dos melhores realizadores da história do cinema.» in cinema.sapo.pt

E que brilhante forma de terminar este ciclo dedicado a um mago do cinema moderno. Confesso que estava reticente em relação a este filme. Histórias de animais não me cativam, por isso fui de pé atrás ver este filme. E não poderia estar mais enganado. Pegando (mais uma vez) na guerra como pano de fundo, Spielberg filme de forma brilhante uma história tão simples quanto comovente. A história de um cavalo, que cavalgou nos dois lados da guerra, e o seu dono, incansável na sua procura. Cenas que saltam para o lote de cenas marcantes do cinema (o cavalgar nas trincheiras, a cena na Terra de Ninguém). 
Um épico (na verdadeira acepção da palavra) à moda antiga. Não o achei assim tão lamechas como muitos o pintam. Destaque óbvio para a fotografia, que é genial.
O maior ponto negativo é mesmo a língua. Para quê falar sempre em inglês?? Se são alemães, falem alemão. Se são franceses, falem francês. Pelo menos não teríamos sotaques esquisitos durante o filme.
Resumidamente, para mim, um clássico instantâneo.

Nota: 4,5/5 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Ciclo Spielberg - The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn (2011)


Resumo:

«O mundialmente amado jovem repórter Tintin e o seu impetuoso e fiel cão Milou - personagens icónicos criados por Hergé - ganham vida neste sucesso internacional, As Aventuras de Tintin. Depois de descobrir o modelo de um barco que tem dentro de si um segredo explosivo, Tintin e os seus amigos descobrem-se nas malhas de um diabólico vilão. Do alto mar às areias dos desertos do Norte de África, cada volta e reviravolta da história envolvem o espectador num nível cada vez maior de excitação, perigo e aventura para toda a família.» in dvdpt.com

Antes de mais devo dizer que sou um seguidor acérrimo do universo criado por Hergé. E como fã da BD, estava em pulgas para saber o que seria desta adaptação. Sabia que estava em boas mãos, aliás, quando se tem Spielberg e Jackson à cabeça, sabemos que não podemos ficar indiferentes, eles que são dos realizadores mais minuciosos e perfecionistas no detalhe que conheço. E o que me apraz dizer depois de ter visto, primeiro no cinema e agora em DVD, sobre o filme. Ficou muito perto da perfeição.
Quando comparam Tintin a Indiana Jones não é à toa. Isto é aventura pura do melhor que se fez este século. Só faltou, em certas cenas, ouvir a música icónica do Indiana
Depois, tecnicamente o filme está um must. O detalhe da animação (nem sei se poderemos dizer que é animação) é assombroso, tal a perfeição. 
É uma adaptação muitíssimo fiel às obras e ao espírito de Tintin.
O maior ponto negativo (se é que posso apontar algum) é mesmo a língua. Mas isso é para mim. Eu cresci a ler os livros em francês, a ver a série animada em francês, a reconhecer os nomes dos personagens em francês. Por isso, ouvir chamar o Milou de Snowy, os Dupond e Dupont de Thomson e Thompson é estranho. Mas é um ponto negativo que se perdoa, pois da mesma forma que eu cresci a ler em francês, quem fez o filme cresceu a lê-los em inglês.
(Já não perdoo é na edição em dvd não ter a opção de o audio ser em francês (até porque tem numa série de línguas).

Nota: 4,5/5 (mas chega facilmente ao 5/5)

domingo, 10 de junho de 2012

Como Desenhar Mulheres, Motas e Cavalos


Não é fácil fazer uma apreciação crítica a um espectáculo que não se enquadra num género específico. Não é teatro, não é stand-up. Basicamente é um tipo (com o auxílio de um músico) que rabisca uns cartoons enquanto vai contando umas cenas acompanhado de uma, vá vamos chamar-lhe banda-sonora. Ou seja, o tipo de coisa que tinha tudo para correr mal. E fosse um tipo qualquer e teria corrido tudo mal. Acontece que esse tipo é o "cromo" Nuno Markl (quem não conseguir pronunciar o apelido é melhor mesmo ficar-se por "o tipo da Caderneta de Cromos"). E depois de Lisboa, o espectáculo de rabiscos veio até à Figueira subir a moral a todos os presentes depois da injusta derrota de Portugal com a Alemanha no Euro. 


E devo dizer, foi giro que se farta. Não nos ensinou a desenhar nem mulheres, nem motas, nem cavalos, mas conseguiu deixar-nos um sorriso na cara durante hora e meia, e isso nos tempo que correm não é assim tão fácil. É o tipo de espectáculo que segue com uma fluidez assinalável, ou seja, os vários temas tinham uma linha condutora (a vida do "tipo da Caderneta de Cromos"). Outro ponto positivo é a sua "atualidade". Acredito que cada sessão de rabiscos seja diferente. a Imagem que escolhi para ilustrar o espectáculo do casino prova isso mesmo (quer dizer, pensando melhor talvez não. A Alemanha já nos anda a "coiso" há uns tempos... pois, se calhar essa da atualidade não se adequa aqui.).
 Sobre o músico, Miguel Araújo, creio que toda a gente conhece e reconhece o seu talento para a Arte da Música, seja como cantor ou compositor. E de certeza que se não fosse ele, as coisas poderiam descambar facilmente!




(PS. Peço desde já desculpa por utilizar alguns dos rabiscos feitos durante o espectáculo, até porque não pedi autorização. Por favor não me processe que eu agora até estou desempregado...)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Prometheus (2012)


Chegou finalmente aquele que era um dos mais aguardados filmes deste ano. O desejado regresso de Ridley Scott à ficção-científica pura (depois de Alien e Blade Runner). E parece que está a fazer maravilhas aos aficionados. Eu não fico tão extasiado. Não desiludiu, é mesmo dos melhores sci-fi do ano, mas não é aquela maravilha que muitos pintam ou esperavam. Um dos maiores pontos negativos é a falta de carisma dos protagonistas. E nem mesmo a Charlize Theron me satisfez completamente. Faltou-lhe qualquer coisa para convencer como a "bitch" da tripulação. Bem mesmo esteve o Fassbender e o quase irreconhecível Guy Pearce.
Visualmente o filme é um espanto. Isso é recorrente em Scott. É notória a tentativa em tornar o filme numa prequela de Alien, mas ao mesmo tempo em se distanciar, uma vez que já muito tinha sido feito nos outros 3 filmes (vamos esquecer aqui o Alien Vs Predator). E essa tentativa resultou muito bem. Não temos um alien propriamente dito, como já conhecíamos, mas temos alguns elementos que os adeptos da saga irão reconhecer. 
Resumindo, quem vai à espera de encontrar aliens e monstros poderá sair desiludido. É um filme que provoca sensações sem mostrar! Confesso que esperava um final diferente, no entanto este deixa já antever a sequela!

Nota: 3,5/5

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ciclo Spielberg - The Kingdom of the Crystal Skull (2008)


Resumo:

«Steven Spielberg e George Lucas trazem-lhe o maior aventureiro de todos os tempos numa "montanha russa de entretenimento" (Jorge Pinto) recheada de "cenários sensacionais e impressionantes" (Roger Erbert). Em Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, Indy (Harrison Ford) procura superar uma bela e brilhante agente (Cate Blanchett) numa demanda pela mística, todo-poderosa, caveira de cristal de Akator. Juntamente com um rebelde jovem motoqueiro (Shia Laboeuf) e o incontornável grande amor da sua vida, Marion (Karen Allen), Indy leva-o numa aventura repleta de acção ao estilo sempre entusiasmante  dos clássicos filmes de Indiana Jones in dvdpt.com


Poderá não ser melhor que qualquer um dos três filmes anteriores, mas é melhor que qualquer filme de aventuras actual. Venham lá Tesouros com Nicolas Cage ou Tomb Raiders, etc e tal, que Indy ainda dá lições, mesmo que a idade não lhe perdoe. Este Indiana tem tudo o que os outros tinham: muita aventura acção, enigmas, fantasia, comédia...  Enfim, tudo aquilo que se espera de um filme do personagem. Ouvi e li comentários de pessoas bastante desiludidas com o filme, porque este tinha muitas cenas impossíveis, além de que os extra-terrestres não caíram no goto de muita gente. Para esses, eu lembro que o que não faltou nos filmes anteriores foram cenas assim: era um insuflável a cair de um avião, um vilão que arrancava corações, fonte da eternidade guardada por um cruzado com centenas de anos, combates em linhas férreas, etc. Em relação aos extra-terrestres, convém lembrar que o filme se passa na década de 50 e os vilões já não poderiam ser os Nazis ou assim. O que estava na moda era os aliens, ou esquecem-se da polémica de Roswell e da Área 51? (além de que neste filme não serão propriamente extraterrestres propriamente dito).

E depois há umas piscadelas aos filmes anteriores: a Arca Perdida lá tem o seu cameo, a cobra do costume, a Marion está de volta. 
O Shia Laboeuf parecia um T-Bird (aqueles do Grease) sempre com o seu pente e cabelo cheio de brilhantina. 

É assim, eu nunca tinha visto um filme na saga no cinema, mas só o facto de poder ouvir o tema criado pelo John Williams numa sala vale bem o bilhete. 
No final é que Spielberg (ou terá sido mão do Lucas) se entusiasmou e ia descarrilando, mas com tudo o que se tinha passado anteriormente, está perdoado. 
Em suma, é Spielberg old-school, para ensinar a esses realizadores da nova geração como se faz um filme que é pura aventura e entretenimento.

Nota: 4/5

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Ciclo Spielberg - Munich (2005)


Resumo:

«Inspirado em factos reais, Munique revela-nos a intensa história da equipa dos serviços secretos israelitas encarregue de localizar e assassinar os 11 Palestinianos presumivelmente responsáveis pelo massacre de 11 atletas israelitas dos Jogos Olímpicos de 1972 - além das implicações pessoais que esta missão de vingança acarreta para a equipa e aqueles que a lideraram. Aclamado como "tremendamente empolgante" (Peter Travers - Rolling Stone), o explosivo thriller de suspense de Steven Spielberg granjeou cinco nomeações aos Academy Awards, incluindo Melhor Filme e Melhor Realizador.» in dvdpt.com

Antes de mais, convém dizer que o filme é uma obra de ficção. Sim, é inspirada em eventos reais, grande parte dos personagens é inspirada em personalidades da altura, seja o caso da Primeira Ministra Golda Meir, militares e outros líderes políticos. Spielberg teve depois o engenho de utilizar clips de noticiários da altura.
Apesar de ser visto como um thriller, outro ponto importante é o drama por que passa Avner (Eric Bana), e percebemos as suas alterações psicológicas ao longo do filme.
O que Spielberg faz recorrentemente nos seus filmes (e bem) é lançar questões de ordem ética. Aqui questionamo-nos sobre o tipo de resposta dada por líderes de países a este tipo de massacre/terrorismo (um pouco à la Jack Bauer). E poderemos perguntar: será que actualmente o tipo de resposta ao terrorismo é o mais adequado? 
Neste filme continuamos a ter os bons e os maus. Mas os bons também têm o seu "lado negro", assim como o oposto, o que só torna a fita ainda mais "humana". 
Trata-se acima de tudo de um filme que pode gerar polémica, porque se formos a ver bem no conflito israelo-palestiniano, nenhum dos lados é defendido. 
Finalmente ajuda-nos a perceber como o mundo funciona, porque existe a violência (no sentido mais lato do termo).
Tecnicamente o filme é irrepreensível, o que já é normal no realizador. 

Nota: 4,5/5


sábado, 2 de junho de 2012

Ciclo Spielberg - War of the Worlds (2005)


Resumo:

«Uma esmagadora aventura, que ao mesmo tempo "prende e impressiona" (Michael Wilmington - Chicago Tribune), Guerra dos Mundos reúne de novo a super-estrela Tom Cruise e o vencedor dos Óscares da Academia, o realizador Steven Spielberg, numa das experiências cinematográficas mais impressionantes de todos os tempos. A versão contemporânea do clássico de H.G. Wells, é um thriller de ficção-científica que revela a extraordinária batalha pelo futuro da Humanidade, através dos olhos de uma família americana. Fugindo de um exército extra-terrestre de Tripods assassinos que destroem tudo à sua passagem. Ray Ferrier (Tom Cruise) luta para manter a sua família sã e salva. Guerra dos Mundos é uma aventura recheada de acção que explode com espectaculares efeitos especiais.» in dvdpt.com

Ao contrário do que se tem dito (eu incluído) este filme não é um remake do clássico dos anos 50 (que não é tão bom como muitos pintam), mas uma nova adaptação de uma história do escritor consagrado H.G. Wells. Confesso que não sei se será uma boa ou má adaptação, simplesmente porque nunca li o livro. Enquanto filme é daqueles que gera controvérsia. Tanto existem aqueles que odeiam o filme como existem os defensores acérrimos. Eu estou ali no meio, mais inclinado para os defensores. Já gostei mais do filme. A primeira vez que o vi, no cinema, foram duas horas das boas. Tom Cruise a correr, Tripods a desfazer em cinzas quem lhe aparecia pela frente, suspense numa cena numa cave com Tim Robbins, Dakotta Fanning a chorar que nem uma desalmada (o início da carreira da miúda era feito muitas vezes às custas das suas lágrimas). Longe de ser dos melhores filmes do realizador (temos sempre a mania de comparar filmes), é ficção-científica pura com o lado familiar (quase) sempre presente em Steven Spielberg

Nota: 3,5/5

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Lockout (2012)


E lá fui com as expectativas em baixo ver este filme. E o que acontece quando vemos um filme sem expectativas? Apreciamo-lo de forma mais descontraída. E devo dizer que foi uma surpresa bem positiva. Um "filme de gajo", que se tivermos espírito livre, é uma espécie de junção de Die Hard com Escape From New York. Temos um Guy Pearce a fazer de John McLane, ups, faz de Snow. A ideia é a mesma, um tipo durão que dá cabo de uma série de bad guys, num espaço fechado, e sempre com uma piada pronta mesmo em situações mais complicadas. O maior ponto negativo será mesmo técnico. É que os efeitos especiais são imperdoáveis em pleno 2012. A cena inicial da perseguição é horrível.
De resto, diverte, tem pancadaria. O que é que se pode pedir mais num filme deste género! Mais um pouco e teríamos aqui um filme de culto!

Nota: 3/5

Dark Shadows (2012)


E para surpresa de muitos, Tim Burton faz um filme com Johnny Depp e Helena Bonham Carter, coisa que nunca tinha acontecido antes (ou será que já?).
Mais uma criação de Depp a cair para o bizarro, coisa que faz com uma perna às costas. Cada personagem que faz é sempre "fora do normal". E isso ele fá-lo muitíssimo bem. 
Uma adaptação de uma série americana dos anos 60, que conta com um elenco de respeito: além dos já referidos, temos ainda a Catwoman Michelle Pfeiffer, Eva Green, Jackie Earle Haley e a estrela do futuro Chloë Grace "Hit Girl" Moretz
Trata-se de um filme divertido e sombrio como Burton sabe fazer. Um pouco um regresso às origens (remember Beetlejuice).

Nota: 3,5/5

Men In Black 3 (2012)


Dez anos depois do fraquinho segundo filme da saga, pensava-se que tinham ficado por ali. Mas nada melhor que deixar passar uns anos para podermos digerir e tentar revitalizar uma saga que teve no primeiro filme (de 1997) uma bela surpresa de verão. Para juntar à dupla de Will Smith e Tommy Lee Jones, foi desta vez chamado um Brolin que é o grande ponto positivo do filme. Dos outros dois já sabemos o que nos espera. Não chegará ao nível do primeiro filme da saga (esse teve o elemento surpresa a seu favor), mas ressuscita-a de forma muito divertida, com cenas muito boas (a Factory de Andy Warhol). E as expressões faciais de Brolin valem o bilhete. 
Do 3D nem vale a pena falar.

Nota: 3/5