I'M NOT OLD. I'M OBSOLET!
Finalmente... Eis que cheguei ao último (até à data) Terminator. E pelo que li e ouvi por essa internet fora, este era uma grande bosta, quase insultuoso em relação ao legado. E o que tenho eu a dizer sobre o filme: não é a maior merda que já vi. Aliás, consegui ver todo de uma vez sem me vir o sono. É que, surpreendentemente ou não, foi conseguindo manter-me entretido.
O filme começa onde o primeiro começa: a história de como e porquê o Kyle Reese viaja até 1984. E é nesse prólogo que conhecemos o novo John Connor (sempre ele). Aqui é interpretado por um tipo com cara de quem não se pode confiar, e completamente desajustado aos outros actores que fizeram o papel.
Depois o que realmente interessa: estamos em 1984, e o realizador quis recriar cena a cena o primeiro filme. Pareceu só estranho. Aquela cena do Schwarzenegger com os punks soube a falso. Aqui dá-se um confronto entre um Schwarzzie novo e um velho. Repetem mais uns clichés da saga. como o polegar para cima. E depois, quantas vezes é preciso alguém dizer, ao longo dos filmes, "Come with me if you want to live".
E é então que conhecemos a nova Sarah Connor. Confesso que curto esta nova encarnação. Tem um ar doce mas capaz de me dar uma carga de porrada. Entretanto também tem lá um T-1000, mas em vez de ir buscar o Robert Patrick, foram buscar outro actor. Está mal...
O filme é, no geral, uma grande salganhada, confuso. Aquela treta das duas linhas temporais foi muito mais bem explicada (e de forma mais simples) no Back To The Future 2.
Depois, a Sarah e o Kyle saltam de 1984 para 2017, e têm lá o Schwarzzie à espera deles. Ah, e o John Connor, que a certa altura diz: "Trust no one". E vocês sabem o que isso quer dizer. Vem nos livros. Quando alguém avisa outra pessoa para não confiar em ninguém, é porque essa pessoa é má. E assim dá-se o "twist" (revelado em todos os trailers): o John Connor virou para o Lado Negro da Força. Enfim....
Em jeito de conclusão, posso dizer que me ri por diversas vezes nas piadas que iam soltando. E isso acaba por ser o melhor do filme. Isso e claro o velhinho Schwarzenegger. Foi sempre um must vê-lo no ecrã. A acção, propriamente dita, não foi nada de especial. Não há nenhum momento que fique na memória. Ah, e que desperdício do J.K. Simmons. Tinha um personagem porreiro e que dava pano para mangas, mas acabou por estar quase inexistente.
E está feita a maratona Terminator. Deu para valorizar um pouco mais os filmes que odiava. Os primeiros dois não mexeram comigo. Mas isso é culpa minha. Percebo o porquê de tanto amor pelos filmes. Mas a mim não... É aquela coisa da arte ser subjectiva e tocar nas pessoas de forma diferente.
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