segunda-feira, 14 de março de 2016

ELECTRIC DREAMS (1984)


Os computadores nunca foram a minha praia. Aliás, não percebo nadinha, a não ser o básico. Acho que para formatar um computador deve ser necessário um doutoramento em física quântica. E por não perceber nadinha de informática, deve ser por isso que filmes como o The Matrix me dizem muito pouquinho. Ora, eu posso ser um zero na informática, mas tenho um pouco de totó em mim. Um dose aceitável de geekness. Posso não saber desfragmentar o disco do meu portátil mas possuo um pouquinho de cultura pop, que acaba por não servir para grande coisa, a não ser para ter umas conversas de vez em quando. 
No entanto, esta razoável geekness serviu para me interessar por este estranho filme. Quer dizer, foi mais a música (Together In Electric Drams) e o meu gosto pelo cinema dos anos 80. E digamos que, por mais "maluco" que seja o filme, eu gostei. E porque digo que o filme é "maluco"? É só atentar no resumo do filme que está no imdb: "An artificially intelligent PC and his human owner find themselves in a romantic rivalry over a woman". Para quem não entende a língua de Shakespeare, basicamente temos uma espécie de triângulo amoroso entre uma mulher, um homem e um computador.  
E ver hoje este filme é deveras interessante. Ver as tecnologias de ponta que existiam em 1984, desde relógios com calculadora (quem não teve?), as agendas electrónicas, etc. Se eu fizesse uma viagem ao passado com o meu telemóvel, acusavam-me de bruxaria de certeza.
No filme, um tipo meio totó compra um computador para o ajudar a organizar a vida. No primeiro dia entorna champanhe em cima do computador e este ganha uma "personalidade". Engraçado que quando entornei um copo de Moscatel em cima do meu portátil, o máximo que consegui foi ter de comprar outro. Parece que a garantia não cobre este tipo de danos alcoólicos. 
O totó interessa-se pela vizinha, assim como o computador. Há ali uma espécie de rivalidade para ganhar a afeição da menina: uma jovem e arrebitada e bem fresquinha Virginia Madsen.
Depois há ali umas aventuras pelo meio e o filme termina em grande com todas as rádios a tocar a música do Giorgio Moroder, cantada pelo rei dos anos 80, o Phil Oakley.

Chamem-me o que quiserem, mas eu gosto disto.


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