quinta-feira, 29 de agosto de 2024

ALIEN: ROMULUS (2024)


"Alien: Romulus" é um daqueles filmes que tem tudo para dar certo, mas acaba por tropeçar nos seus próprios clichés. Não que o filme seja mau – aliás, eu curti muito e mesmo de todo o fan-service. Há muitas piscadelas de olhos aos filmes anteriores da saga que farão os fãs mais antigos sorrirem com nostalgia. Aliás, é quase como se o realizador tivesse uma checklist: Facehugger? Confere. Alien na ventilação? Confere. Personagem aleatório que diz "get away from her..."? Confere. O Ian Holm, apesar de estar morto há 4 anos? Confere.

A banda-sonora, por outro lado, é quase um personagem à parte, e um daqueles que está desesperado por atenção. Em vez de ajudar a criar uma atmosfera claustrofóbica e de medo, ela às vezes parece ter saído de um concerto de heavy metal com uma queda para o drama exagerado. Em momentos cruciais, quando deveríamos estar a suster a respiração, o compositor parece achar que estamos a assistir a uma batalha épica de "Star Wars".

Mas nem tudo é mau! A atriz principal rouba as cenas com um desempenho que nos faz lembrar a velha e boa Ripley. Ela carrega o filme às costas e, sejamos honestos, quando um alien esfomeado está na sala, é bom ter uma heroína que saiba o que está a fazer. Isto tudo com a ajuda do ajudante/meio-irmão/andróide Andy.

Agora, o ato final... Ah, o ato final. Desde o momento em que uma mulher grávida é introduzida na história, adivinha-se que estamos a caminhar para um desfecho um pouco descabido. É como se o argumento dissesse: "Esperem aí, ainda não fomos longe o suficiente!". E quando chega o momento culminante, não podemos deixar de rir e revirar os olhos ao mesmo tempo. Era previsível, claro, mas mesmo assim, não deixa de ser uma decisão de guião muito arriscada. E eu sou daqueles que acha que em sequelas/remakes se deve arriscar. Mas caramba, aquele híbrido....

Em resumo, "Alien: Romulus" é uma mistura de nostalgia, comédia involuntária, e momentos genuinamente bons. 


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

DEADPOOL & WOLVERINE (2024)

Deadpool 3, ou será antes um roast à Disney, Marvel e Sony?

"‘Deadpool & Wolverine" é basicamente o que acontece quando deixamos dois dos personagens mais carismáticos e sarcásticos do universo Marvel tomarem conta da história, e o resultado é gloriosamente caótico. A química entre Ryan Reynolds e Hugh Jackman está mais afiada que a mini-knife do Wade. Depois só a presença do cão (Dogpool) vale o preço do bilhete — uma verdadeira estrela, que rouba as cenas todas onde entra.

Mas mais a sério, Morena Baccarin aparece muito pouco. Nós precisamos de mais Vanessa na nossa vida! E, sim, já esperávamos as meta-referências à cultura pop, mas desta vez eles foram além do limite, onde até o Deadpool parecia questionar-se se não estavam a ir longe demais. Mas, no fim, é impossível não rir e divertir com tudo o que acontece no ecrã.. Afinal, quem é que precisa de subtileza quando se tem Deadpool, Wolveri8ne, e um cão no ecrã?