quinta-feira, 28 de maio de 2015

THE LOST WORLD: JURASSIC PARK (1997)


Quem me conhece sabe que Jurassic Park é um dos filmes da minha vida. É o filme que me fez apaixonar por cinema. Por isso, tudo o que venha desse universo, para mim será especial. 
Quatro anos depois do clássico, o tio Spielberg decidiu voltar à carga com os dinossauros. Claro que desta vez em larga escala. Mais dinossauros, mais personagens, mais tudo. Só não veio mais qualidade, mas isso também era complicado e injusto para com a sequela. 
Não sei porquê mas o filme tem sido ao longo dos anos muito criticado. Para mim injustamente. 
Como vi um crítico dizer esta semana, e eu concordo a 100%, o filme envelheceu muito bem. Normalmente, este tipo de filmes fica logo datado pouco depois de sair. Aqui não foi o caso. 
Senão vejamos: de todos os personagens do primeiro filme, quem é que se foi buscar para repetir o papel? O mais cool de todos, Ian Malcolm (Jeff Goldblum). Só que desta vez como personagem principal. Aqui o personagem ganha em profundidade mas perde em "collness".


Depois temos o principal obreiro no filme que é o próprio Spielberg. Revi o filme agora, e agora, mais adulto, consigo ver coisas que antes não conseguia, e estão relacionadas com a própria realização. Há ali cenas que poderiam servir perfeitamente para dar umas aulas de "film-making".
Seja no trabalho de câmara: experimentem lá ver como foi filmada toda a cena na roulotte à beira do precipício, enquanto os T-Rex atacavam. Desculpem lá, mas não conheço muitos realizadores que conseguissem aquele nível de qualidade.


A conjugação do CGI com a animatrónica está tão boa, que 20 anos depois ainda é melhor e mais realista que a maior parte dos blockbusters actuais. Porquê?? Efeitos práticos! Há ali muitos robots que parecem animais reais.
Alguém me lembrou de uma pequena cena em particular: no início, quando a miúda é atacada por uns dinossauros pequeninos e a mãe dela grita. A passagem desse momento para o Malcolm no metro é excelente. 
A própria cena em San Diego está ótima. Uma espécie de King Kong à solta. E depois aquela cena em que um puto acorda e vê o T-Rex no jardim da casa está qualquer coisa.


Depois o suspense. Se a cena da roulotte está excelente, o que dizer da parte dos Velociraptors quando atacam nos campos de ervas altas. Ou mesmo no centro de informação abandonado.

De resto, são alguns buracos, mas nada de grave!
Agora venha o Jurassic World!



terça-feira, 26 de maio de 2015

DEMOLITION MAN (1993)


Directamente saído dos meus guilty-pleasures favoritos de todo o sempre. Um daqueles clássicos de acção que só pode ter sido feito nos anos 90. 
A minha relação com este filme vem do tempo longínquo do VHS. Este era daqueles que só devo ter alugado uma vez, porque logo a seguir consegui gravar o filme numa "lotação esgotada" da RTP. E depois foi ver e rever e rever outra vez.. Perdi a conta às vezes que vi o filme, até porque, verdade seja dita, sempre que está a dar na televisão (bendito canal Hollywood) lá o fico a ver.
O que poderia querer um puto cheio de borbulhas a meio dos anos 90. Ora, eu deveria ter uns 12/13 anos quando vi o filme pela primeira vez. E nessas idades o que gostávamos de ver no cinema?? Uma palavra: PORRADA. Ora, o tio Stallone era o maior naquele tempo. A rivalidade "Stallone/Schwarzenegger" estava ao rubro. E quem agradecia essa luta eram os putos como eu. Mesmo que os filmes venham com a famosa bolinha vermelha (só para adultos), nós papávamos tudo. 
Ora, era porrada que queríamos ver e era porrada que tínhamos. Neste caso, a porrada vinha apimentada com ficção científica, comédia e ........ Sandra Bullock ainda tenrinha.

PORRADA


A acompanhar Stallone, temos um vilão preto (ou deverei dizer "afro-americano" para não ferir susceptibilidades) interpretado por Wesley Snipes. O gajo é um daqueles bad-guys das artes marciais. Como vem das artes marciais, dizem as lendas que tiveram de abrandar os golpes, pois eram demasiado rápidos. 
A porrada neste filme é da boa. Tudo à grande. Até a explosão no início do filme é das maiores e mais espectaculares que se fizeram em cinema, sem ser na treta do digital!!

SANDRA BULLOCK


Gostamos sempre do ar de "girl next door" que a mulher tinha. Novinha, cheia de sex-appeal, mas com ar de que podia ser nossa vizinha. 

COMÉDIA


Quase que me atreveria a dizer que este filme é perfeito no que respeita a comédia. Um problema recorrente de filmes de comédia é não terem graça porque falham numa coisa básica que é o "timing". Existem tantos momentos de comédia e sempre certeira. Até o Rob Schneider consegue ter piada neste filme. E o que o Stallone consegue é gerir esses momentos todos, tendo realmente piada. Vejam a química com o vilão: 5 estrelas. As cenas de tricot. As referências a um Schwarzenegger presidente dos EUA. A cena de sexo. As "one-liners" ao pontapé ( "You're gonna regret this the rest of your life... both seconds of it"). As tentativas da personagem da Sandra Bullock com as expressões idiomáticas do séc. XX. As 3 conchas. A máquina que multa por palavrões. ETC ETC ETC


Por tudo isto e muito mais, vamos esquecer que este filme está carregado de plot-holes. Esses não interessam nada!


quarta-feira, 20 de maio de 2015

BEST & WORST... RIDLEY SCOTT

(Rubrica roubada descaradamente aos Schmoes)

Ridley Scott é um realizador em que se pode apostar sem ter muito medo de perder. Alguns dos grandes clássicos do cinema moderno foram orquestrados por ele. Mas também tem alguma merda que se tem que destacar.
No lado positivo estive para colocar como meu preferido o Gladiator, mas hoje não me apeteceu. Se fosse noutro dia talvez o fizesse. Isto de escolher os preferidos tem destas coisas: um dia escolhemos um e noutro escolhemos algo diferente.
No lado negativo há alguns tiros no pé. O 1492: Conquest of Paradise é uma seca, mas não o pior. O Blade Runner passa-me ao lado. O GI Jane é fraquinho, à semelhança do Domino e Kingdom of Heaven.

BEST

- ALIEN (1979)


Não poderia ser outro. O terror puro no cinema. Muitos acusam o filme de lento, aborrecido, etc.. Sim, o filme é lento. Mas essa aparente "lentidão", serve apenas para nos enquadrar. Essa primeira parte consegue colocar-nos lá. A certa altura, nós fazemos parte daquele grupo, somos nós o "oitavo passageiro" (alusão ao título português). Estamos naquela mesa à refeição, momentos antes do "bicho" sair do peito do homem. A partir daí temos uma definição do que é "terror" e "suspense" no cinema. 
É verdade que a saga toma um sentido diferente, mais virado para a acção, mas aqui temos suores frios!!

WORST

- PROMETHEUS (2012)


Escolhi este porque me senti traído. Um filme que ora se diz que faz parte do universo do Alien, depois afinal não faz. O que é certo é que a expectativa era enorme, mas afinal foi um daquele tiros no pé que não tem salvação! "Boring as hell".

segunda-feira, 18 de maio de 2015

MAD MAX: FURY ROAD (2015)


Comecemos por enquadrar: nunca fui o maior fã dos filmes do Mad Max. Quando era jovem, gostava do primeiro, via o segundo como um médio filme apocalíptico e nem me lembrava de ver o terceiro. Ora, como andava tudo entusiasmado com o o novo filme da série, principalmente depois de terem saído os primeiros trailers, eu próprio fiquei com vontade de ver. Mas antes disso, lá decidi rever a trilogia completa. Continuei a gostar do primeiro, consigo perceber a importância/qualidade do segundo, e coloco o terceiro ali no mediano (não perdoo o cabelo do Mel Gibson na primeira parte do filme).
E porque são tão importantes os filmes da série Mad Max? Sinceramente não sei, mas também não é isso que está em causa.
O que este Fury Road faz é colocar a trilogia toda numa misturadora. E não esqueçamos que são 3 filmes completamente diferentes entre si. O que sai dessa misturadora é este Fury Road, mas num nível de demência que nem se compara.
O argumento é aparentemente básico. Basicamente os "bons" querem chegar do ponto A ao ponto B. E o filme é isso. São duas horas da "road-trip" mais maluca, que não nos deixa respirar. Repleto de ação.


E o que é que diferencia Mad Max de toda a catrefada de filmes de ação, ficção científica, cheios de CGI a soar a falso? É a forma! Um velho de mais de 70 anos, o realizador George Miller, ensina estes Michal Bay, Joss Whedon, etc, como se filma a ação. E filma-se a ação à moda antiga, com os chamados "efeitos práticos". Para quê criar dezenas de carros digitalmente se os posso criar "organicamente". Claro que há CGI neste filme, mas passa tão despercebido, que este mundo pós-apocalíptico parece-nos bem mais real que o mundo presente dos Vingadores.
Visualmente é das coisas mais assombrosas que vi no cinema na última década, ou de sempre. 10 a 0 a qualquer Avatar!
Aquela fotografia, ora com os tons de vermelho ora com o tom azulado... Epa, do melhor.
E depois tem a história propriamente dita. Como disse antes, aparentemente é básica, mas está cheia de detalhes, críticas...
Vá, ide lá ver a fita... merece um ecrã gigante. Eu vi em 3D, porque não tinha outra opção àquela hora, mas também não me arrependi!

E lembrai-vos: o senhor por trás desta demência de filme (no bom sentido) é o mesmo que realizou o "Porquinho Babe"...


segunda-feira, 4 de maio de 2015

CAPITÃO FALCÃO (2015)


Faltava algo assim ao cinema português, para nos deixarmos de preconceitos com o que vem da Tugalândia!
Comédia tresloucada, feita de pequenas homenagens "à la Tarantino"...
Porrada be
m coreografada, gags non-sense, one-liners que nunca mais acabam.... toda uma panóplia (adoro esta palavra) de ingredientes que fazem deste Falcão um filme a reter. Já se sabe que é o típico filme da bolinha preta dos críticos, mas pelo que se nota, os envolvidos no filme estão a cagar-se para isso. Nota-se ali amor à causa! E o elenco está ótimo: nomeadamente o velho que fazia de Salazar (muito bem caracterizado), a dupla protagonista... e temos um cameo de um certo Major Alberto (ou seria Alvega)...
E depois tem uma cena de um jantar que é surreal, tem Power Rangers, tem o Homem do Cigarro, tem uma cena pós-créditos, tem comunas, tem fascistas, tem de tudo!